Capítulo 9

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P.O.V CAROL

Queria nunca ter saído de perto da Day, queria nunca ter voltado para casa, mas algo me prende ao Felipe, acho que ainda o amo, eu não sei, meus sentimentos estão confusos. Eu sei o quanto o meu beijo com a Day foi errado, mas não consigo tirá-lo da cabeça, o jeito que a Day colocava mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, o seu cheiro, o gosto do seu beijo. 

Entro em casa, abro a porta devagar, sem vontade de entrar, está tudo muito escuro, parecia sombria a minha própria casa que antes havia luz, havia harmonia, mas tudo isso acabou. Entro como um cão com medo, assustado. 

- Posso saber aonde a senhorita estava? - perguntou Felipe porém eu não o enxergava. 

- Eu.. eu estava lanchando na lanchonete. - menti. 

- Estava lanchando ou estava se engraçando com outro homem por aí? - questinou. 

- Felipe eu não estava com homem algum. - respondi. 

- Você é mentirosa, você é uma piranha, isso tudo é culpa sua. - disse ele.

- Vo.. você me machucou. - respondi embolado. 

- Eu não te machuquei Carol, eu te amo Carol, tudo aquilo foi culpa sua. - disse ele calmo e isso me assustava. 

- Eu não fiz nada... - respondi capisbaixa. 

- A culpa é sua, você é imprestável Carol, você não serve pra nada. - disse ele

- Eu não fiz nada. - falei e comecei a chorar, nessa hora senti a raiva de Felipe subir, ele odiava quando eu chorava, ou que eu me encolhesse de medo. 

Em questão de segundos senti algo ser colidido no meu corpo, e foi um tapa, depois puxou meu cabelo e me fez sentar no chão, então apertou meu braço com tanta força que exclamei de dor.

- Ai! - exclamei. 

- Isso é culpa sua Carol. - disse ele. 

Então ele levantou a mão e dirigiu um soco em meu rosto, atingindo próximo ao olho, agora meu rosto sangrava e sangrava muito, depois de me abaixar ele começou a me chutar, e ali eu achei que fosse morrer, ele me chutava cada vez mais e sentia que uma hora minhas costelas iriam se quebrar por inteira e aquilo doía muito, estava prestes a desmaiar de dor. Só então ouvi o barulho da porta sendo arrombada. Vi uma pessoa familiar partir para cima de Felipe, o agredindo com socos até que o mesmo desmaiou. Então vi uma terceira pessoa que provavelmente a acompanhava discando algo no telefone e então desmaiei... 

Acordo e não enxergo nada, a claridade que invade meus olhos me cega, forço os olhos para tentar enxergar e tudo o que eu vejo é apenas o braço tatuado da Day segurando a minha mão enquanto sua cabeça estava apoiada na cama, acho que dormiu, sorrio ao ver a cena e logo apago de volta... 

Começo a ter alucinações, começo a ver Felipe na minha frente e isso me assusta então eu grito.

- NÃO. - gritei acordando, olho pro lado e vejo que a Day não está e isso me deixa triste e com medo então choro, ouço passos. 

- Carol? O que foi? - disse Bruno meu irmão. 

- Só foi um sonho. - respondi. - Viu a Day? - acrescentei e logo o vi com uma dúvida de quem era. - Uma moça alta de cabelos pretos e tatuada. - descrevi. 

- Ah sei, ela me disse que iria em casa tomar um banho e logo voltaria e me pediu para que ficasse aqui. - respondeu. - Ela ficou com você aqui desde que chegou, e faz uns 2 dias. - acrescentou. 

- Não acredito, ela dormiu aqui durante esses dias? - perguntei incrédula. 

- Sim, aliás quem é ela? - perguntou. 

- Uma amiga. - respondi. - Aliás você não contou para a mamãe não né? - perguntei aflita. 

- Não, relaxe. - respondeu. 

Depois de longos minutos, que pareciam uma eternidade e eu apenas queria ver a Day, escuto passos, até que a porta range demonstrando que tem alguém entrando, meus olhos brilham e quando vejo. 

- Ah você acordou. - disse aliviada. - Ah, oi.. - disse pausado. 

- Bruno. - acrescentou o Bruno. 

- Prazer, Day. - disse ela toda cordial. 

- Vou deixá-la à sós enquanto isso vou em casa tomar um banho. 

- Ok meu anjo. - respondi e ele me deu um beijo na testa e assentiu para Day. 

Day caminhou devagarzinho até a beira da minha cama e se sentou com todo o cuidado para não me deixar desconfortável e nem me machucar. 

- Senti tanto medo Day. - disse deixando uma lágrima cair. 

- Não chore, estou aqui agora. - disse e no mesmo instante me senti segura. 

- Promete não me deixar sozinha? - perguntei da maneira mais idiota mostrando a minha fragilidade. 

- Prometo meu anjo. - ela disse e eu sorri sentindo meus músculos doerem ainda. - E o que aconteceu com Felipe? - perguntei. 

- Fugiu antes da polícia chegar. - respondeu. 

- COMO ASSIM ELE FUGIU DAY? - vociferei. 

- Calma Carol. - disse ela assustada. 

- FELIPE ESTÁ SOLTO. - gritei e vi a Day se encolher. 

Sempre foi você (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora