Capítulo 6

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P.O.V DAY

Acordo e logo vejo a diferença que faço na vida de Bruna, ou seja nenhuma, nenhuma mensagem, nenhuma ligação, apenas nada mas sorriso ao ver que Carol havia deixado uma mensagem. 

"Desculpas por ter que vir embora, prometo te dar mais atenção da próxima vez, beijos, durma bem" - digitou e eu sorri ao ver a mensagem que ela havia deixado. 

Me levanto e corro para tomar o meu banho e logo desço para fazer o meu café da manhã, então pego o controle da TV e ligo para ouvir as notícias. Me dou da conta da hora e logo corro até o serviço, já sabendo que o dia seria exaustivo. 

P.O.V CAROL

Ontem foi sensacional com a Day, queria poder ter apreciado mais ao invés de ficar tímida quase que o tempo todo. Mas embora isso tudo foi super ótimo. Me sinto à vontade e me sinto bem com ela e isso é estranho, mal a conheço e eu me sinto assim. 

Hoje Felipe vai lá pra casa e eu não sei bem como lidar, nosso relacionamento chegou à uma parte fria, e que eu não sinto mais nada, apenas fico inerce à tudo. 

                                                                         *          *          * 

Saio do serviço e logo sigo para a minha casa, tomo meu banho e em questão de minutos Felipe chega, com um filme em mãos e pipoca para microondas nas mãos, ele corre até a cozinha para fazê-la, vai até a sala, coloca o filme, se senta e me chama, eu apenas sento e cruzo as pernas no sofá que é imenso por sinal então mesmo sentada as pernas ficam sobre o sofá. Felipe se achega como quem quer fazer carinho e neste exato instante percebo que não é o carinho dele que eu quero, e que o seu carinho agora se torna estranho. 

Tento desviar os pensamentos, estou sendo muito errada, isso só pode ser coisa da minha cabeça, nunca gostei de mulher, não vai ser agora que eu vou. 

                                                                         *          *          *

1 Semana depois

Depois de tanto sair com a Day, dia após dia, eu resolvi convidá-la para jantar comigo aqui em casa, Felipe viajou a serviços, e eu pensei em convidá-la para jantar comigo, fiz macarronada e parece apetitoso, estou nervosa, parece até que nunca a vi antes. O nervoso já estava me tomando por completo até que... 

- Ding Dong. - tocou a campainha e eu corri para atender. 

- Oi. - falei sorrindo de orelha a orelha e ela logo me abraçou fortemente. - Isso é saudades Day? - comentei sorrindo no meio dos seus braços e ela logo riu baixinho. 

- Sim. - respondeu e senti seu rosto corar e logo a apertei em mim. - Vem vamos entrar. - comentei e ela logo entrou. 

- Que cheirinho bom. - comentou e eu sorri. 

Day me acompanhou até a cozinha e eu percebia a sua timidez até para se sentar na mesa, eu nunca havia visto a Day tão tímida como hoje. Servi a comida para ela que agradeceu com um lindo sorriso e logo nos sentamos para comer. Eu comia e observava o jeitinho sereno que ela comia. Terminamos de comer e eu e Day lavamos a louça e logo fomos escovar os dentes. Então sentamos no sofá com a televisão desligada mesmo e começamos a conversar. 

Day me contava sobre seu dia cansativo no seu serviço, onde ficava o seu serviço, sobre o que gostava e o que não gostava, sinceramente? o assunto rendeu. Até que ela tocou no assunto sobre cantar e fiquei pasma que ela sabia cantar, me levantei e rapidamente peguei o violão que eu havia deixado recostado na parede e então..

- Qual música? - perguntei. 

- Give me love. - respondeu e eu olhei surpresa e sorridente. 

Começamos a cantar e ali eu vi o quanto até as nossas vozes se encaixam perfeitamente, pareciam nascidas uma para outra, os timbres se unificavam e eu queria que nós também nos unificasse. Terminamos e eu coloquei o violão de lado e a abracei, senti seu coração acelerado e sorri pra mim mesma. Estava tarde e eu nem havia percebido. 

- Caramba já está tarde. - comentou ela. 

- Dorme ai. - sorri vitoriosa ao dizer. 

- Eu.. eu não quero atrapalhar. - ela disse enrolada. 

- Você não vai, pode ficar. - comentei e ela se deu por vencida. 

Subimos até o quarto e emprestei uma camisa minha e um short para dormir que por sinal caíram muito bem, pedi para que dormisse na mesma cama e mesmo com toda reluta dela, ela se deitou, não me abraçou pra dormir grudada nem nada, eu que puxei sua mão para que grudasse em mim e assim ela fez. Dormimos assim. 

Acordei e logo vi que ela já estava acordada, lendo algo no celular. 

- Bom dia. - comentei com voz de sono. 

- Bom dia. - respondeu sorridente. 

Nos levantamos e fomos tomar o café, começamos a arrumar a mesa do café, ela passava o café e eu apenas preparava o pão. Até que me espanto com o barulho na porta. Abro e me assusto ao ver Felipe. 

- Oi amor. - disse Felipe me dando um selinho antes que eu pudesse desviar. 

- Oi. - respondi e meu coração gelou ao ver a reação da Day. - Essa é a Day, dormiu comigo aqui ontem. - apresentei. 

- Prazer Day, me chamo Felipe. - se apresentou. - Fico feliz da Carol ter amigas. - comentou e eu senti a incomodação da Day. 

- Foi um prazer te conhecer Felipe, mas eu tenho que ir, até, tchau. - disse a Day como um jato e eu fiquei sem reação mas pude perceber o quanto a feição de Day estava em chamas. 

Day saiu da minha casa como um jato e muito mal se despediu de mim, preferi não falar nada na hora, terminei o meu café e logo fui para o meu serviço, meu estômago estava embrulhado, coração gelado com tudo o que aconteceu no café. Pego meu telefone e resolvo mandar mensagem. 

"Desculpa por não ter te contado antes." - escrevi.

Day apenas visualizou e nem sequer me respondeu e aquilo me agoniou por dentro, pensei em ligar, mas preferi deixar as coisas desse jeito mesmo. 



Sempre foi você (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora