Capítulo 12

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P.O.V DAY

Se passou um dia inteiro e nada da Carol, ok posso ter errado? posso mas acho que tudo fica melhor quando resolvido na hora mas parece que a Carol não gosta disso. 

Hoje resolvi visitar meu pai no hospital, meu pai sofre de Leucemia, um câncer, ele ocorre na formação das células sanguíneas dificultando a capacidade do organismo de combater infecções. Não queria fazer isso sozinha mas já que Carol não vem, irei sozinha mesmo. 

Chego ao Hospital e me informo diante a enfermeira como paciente de ninguém mais e ninguém menos do que Dario Limns, ou melhor, meu pai. Abro a porta com delicadeza, e caminho até sua cama e o mesmo abre um sorriso para mim. 

- Oi pai. - falei o abraçando. - Como você está? - perguntei. 

- Oi minha princesa, bem e você? - perguntou. 

- Bem. - sorri e o mesmo arregalou os olhos surpreso. 

- Você está radiante. E como está com a Bruna? - perguntou. 

- Então... - dei uma pausa. - Terminamos. - falei e o mesmo se encontrou surpreso. 

- Mas por que? - perguntou curioso. 

- Por que estávamos brigando muito e por fim ela estava apenas interessada no que nós temos. - respondi. 

- Desde então não conheceu mais ninguém? - indagou. 

- Então pai, conheci uma garota, e estamos tendo algo. - respondi sem jeito. 

- Estão namorando? - perguntou. 

- Não. - respondi. 

- Mas por que? O que está esperando Day? - perguntou. - Olha o amor é complicado as vezes, mas você consegue sentir quando é pra ser, quando é de verdade, se você sente isso minha filha não pense duas vezes. - acrescentou. 

- Eu sei pai, mas não sei tenho medo. - respondi. 

- Não tenha medo, caso contrário você vai acabar perdendo-a. - disse ele. - Quero conhecê-la, disse ele. 

- Vou trazê-la pro Senhor conhecer, queria muito que você ficasse vivo para presenciar meu casamento pai. - falei deixando uma lágrima escorrer. 

- FIlha não pense nisso, estarei com você, do seu lado, mesmo que não seja fisicamente ou pessoalmente. - respondeu e desabei o abraçando. 

Depois de muita conversa com meu pai, sobre o trabalho, sobre Carol, sobre minha vida, sobre tudo o que está acontecendo. Resolvo ir ao PUB para tomar alguma coisa e relaxar a cabeça, é tanta coisa acontecendo que minha cabeça parece explodir. 

Me sento em uma das mesas do PUB e hoje como era dia de Streap Dance estava lotado de mulheres, algumas vieram pra cima de mim mas recusei em respeito ao que tenho com a Carol. Não quero ninguém além da Carol e sinto isso cada vez mais, e eu nunca senti isso, essa necessidade de ter alguém comigo, de ter uma pessoa específica comigo. 

Começo a beber, e então lá se vai, uma, duas, três, quatro, cinco, seis, garrafas e então vejo alguém tomar a sétima garrafa da minha mão e se sentar à minha frente. Reconheço a silhueta, o cheiro, e permaneço de cabeça baixa. 

- Hoje é um péssimo dia para se estar aqui não acha? - disse Carol dando um gole da bebida. 

assenti. 

- Eu sei que você não quis dizer por mal, eu entendo, mas não precisava ter escondido de mim, esse tempo todo, poderia ter me contado Day, eu não ligo pro que você tem ou deixa de ter, eu gosto de você do jeito que você é. - disse e eu logo levantei a cabeça mostrando meus olhos marejados e a mesma arregalou os olhos. 

- Tudo bem Carol, eu não devia mas fiquei com medo, gosto do que a gente tem e não queria que meu "dinheiro" interferisse em nada. - falei.

- E não vai. - acrescentou. - Agora, que essas garotas ai. - disse apontando. - Estão loucas para dar pra você, é verdade, falta pouco esfregar em você. - disse ela e logo desvendei seu tom de ciúmes e ri. 

- Não precisa ficar com ciúmes, eu não tenho olhos para ninguém além de você. - respondi e a mesma corou e acariciou minha mão que estava sobre a mesa. 

Estava já morrendo de dor de cabeça, e não aguenta mais aquele lugar, Carol pegou as chaves do meu carro e logo propôs a me levar em casa. Chegando em casa, ela me ajudou em tudo, me colocou debaixo do chuveiro gelado e tomou banho comigo, e ficamos abraçadas enquanto a água caia, nossos corpos colados um no outro, dessa vez sem maldade, apenas carinho, afeto, paz e amor. 

Colocamos nossas roupas, ou melhor a Carol colocou a minha roupa, e então nos deitamos e me fez deitar de lado colando meu corpo no dela, enquanto sua cabeça se repousava sobre meu ombro e pescoço, dormindo por fim de conchinha e exausta como sempre, apaguei. 

Sempre foi você (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora