Capítulo 20

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P.O.V DAY

Parece que faz milênios que estou dormindo, acordo em desespero e a primeira pessoa que procuro é a Carol, meu corpo está fraco, me sinto tonta e então apago novamente...

Acordo, e então me sinto melhor, procuro Carol novamente, preciso vê-la saber como está.

- Oi irmã. - disse o Danilo.

- Oi. - respondi sem entender.

- Antes que pergunte, estou aqui porque papai pediu e também tive que levá-lo de volta ao hospital. - disse ele.

- Cadê a Carol? - questionei.

- Ei, ei, ei calma, é a aquela ruiva? - perguntou.

- Sim por que? - questionei.

- Quase que dou em cima, mas relaxa, ela estava fazendo exames psicológicos já deve estar voltando pra cá. Bom tenho que ir, se cuida. - disse ele.

A verdade é que Danilo sempre foi egoísta, sempre visou dinheiro e tudo aquilo que fazia bem apenas à ele. O mesmo se desinteressou dos negócios do papai, fez desfeita e a responsabilidade caiu para mim, ele continua o mesmo imaturo, que só vive em farras, esbanja luxos, esbanja mulheres mas sua vida está vazia, por que seu defeito é achar que dinheiro é tudo.

Depois de alguns minutos, escuto passos, meu coração bate mais rápido, só então descubro quem é.

- Ai meu deus você acordou! Como está se sentindo? - indagou Carol ao me ver.

- Bem e você? - perguntei.

- Bem. Achei que não fosse acordar, já se passaram 3 dias. - disse ela.

- Isso tudo? - perguntei e a mesma assentiu, seu rosto estava com menos hematomas. - E o Felipe? - perguntei preocupada.

- Antes de você desmaiar, os policiais haviam chegado e tentaram encaminhá-lo para a delegacia mas ele não resistiu aos ferimentos da facada e morreu. - disse a Carol.

- Fico mais aliviada sabendo que você está segura. - respondi.

- Day? - me chamou. - Me desculpa por ter terminado com você, eu não queria ter feito aquilo mas era isso ou ver Felipe te machucar. - acrescentou.

- Tudo bem, eu entendo. - respondi.

- Eu amo você e tudo o que sinto por você nunca senti, nunca menti sobre meus sentimentos pra você. Não sei se um dia você vai querer voltar comigo, mas continuarei te amando intensamente. - disse ela.

- Ei Carol, eu amo você, não teria feito nada daquilo se não amasse você e sim quero muito estar com você. - falei e Carol logo me beijou se apoiando nas minhas pernas.

- Carol, eu não sinto minhas pernas. - falei em desespero.

- Como assim? Não deve ser engano amor. - tentou ela.

- Não consigo movimentá-la nem sentir. - falei.

- ENFERMEIRA!!! - gritou Carol e eu comecei a chorar.

- Estou aqui com você meu amor, vai ficar tudo bem. - disse Carol.

Depois de alguns minutos a enfermeira prontamente chamou o médico. O mesmo veio correndo até a minha direção.

- Vamos avaliar isso. - disse ele. - Está sentindo? - perguntou apertando a minha coxa.

- Não. - respondi.

- Muito bem, encaminhem ela para a ressonância. - disse ele e os mesmos me levaram.

- Carol! - gritei.

Me levaram para uma sala, as enfermeiras removeram as minhas roupas me deixando apenas com o roupão, e logo me colocaram na maca para fazer a ressonância.

Alguns minutos depois...

- Então. - disse o médico. - A senhorita Day está com o nervo ciático machucado devido a facada que levou e os chutes próximo as costas, essa dor se irradia da coluna até a perna causando dor ou no caso dela não sentindo nada. É aconselhado que a mesma use cadeira de rodas e faça acompanhamento com a fisioterapeuta para voltar a andar. - disse ele. - É isso, deixarei vocês à sós. - acrescentou e saiu.

Permaneci imóvel, me senti vazia, um nada, vulnerável, até que Carol se virou para mim, acariciou a minha mão.

- Amor, você não está sozinha nessa. - disse ela.

- Eu não quero isso pra você, namorar uma sem pernas. - debati.

- Day, estou com você pelo o que sinto, não como você é ou deixa de ser, aliás essa situação pode ser revertida. - disse ela com as mãos na cintura.

Sempre foi você (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora