Capítulo 5

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P.O.V CAROL

Acordo de bom humor, feliz, porque irei ver a morena hoje. Tomo meu café da manhã simples porém suficiente para me encher, então vou até o banheiro, escovo meus dentes e tomo meu banho, volto para o quarto e visto meu uniforme, estou ansiosa e nervosa para encontrá-la.

Enquanto caminho até o carro eu ligo para Felipe para dizer que hoje terei que sair. 

- "Oi amor". - disse Felipe. 

- "Oi." - respondi. "Então, hoje depois do serviço eu vou ter que sair, tenho uns assuntos da veterinária para resolver, ok?" - menti e fiquei pasma com o meu ato, poderia dizer que sairia com uma amiga e seria sem problemas, mas por que eu não fiz isso? eu não entendo ainda.

- "Tudo bem então, a gente se vê amanhã." - respondeu pra baixo. 

- "Tá bom então." - respondi e logo desliguei. 

Caminho até a veterinária e logo começo a atender, o dia parece ser cansativo hoje, mas tudo bem, irei ver a morena hoje.

P.O.V DAY

Chego no escritório e logo vejo a pilha de papéis que tenho que resolver e só de olhar me dá dor de cabeça. Tenho que ligar para a Bruna avisando que não poderei vê-la hoje. 

- "Bruna?" - perguntei. 

- "Oii" - respondeu.

- "Hoje não vou poder te ver, tenho que sair e resolver algumas coisinhas do serviço" - menti e não entendi o que eu estava fazendo mas prossegui. - "Desculpa" - continuei. 

- "Tudo bem, eu vejo você amanhã" - respondeu e logo desligou. 

Pensei no alívio que foi ter dito isso, mas no quanto fiquei tensa em seguida, eu não sabia o que fazer e a hora parecia me castigar a todo instante e isso era agonizante. Minhas pernas se balançavam o tempo inteiro e eu já não aguentava mais. 

Só então chegou a hora do almoço, e eu estava sem fome de tanto que a ansiedade me invadia, mas não deixei de me alimentar, então fui até o restaurante, me sentei no lugar mais recluso do estabelecimento, perto de uma vidraça que dava para ver a movimentação lá fora, pedi bife com fritas e minutos depois meu almoço chegou, almocei e voltei para o escritório. 

Eu não aguentava mais esperar então pedi para sair mais cedo, segui até o estacionamento do prédio, passando pelo elevador até chegar ao térreo, caminho até meu carro e então entro, dou partida e sigo até a Clínica onde a ruiva trabalha. e então mando mensagem avisando que cheguei. 

"Estou aqui fora aguardando, mas não precisa ter pressa aí não" - enviei. 

P.O.V CAROL

Estou andando de um lado para o outro dentro do meu próprio consultório até que ouço o telefone apitar e logo corro até ele para ver. 

"Estou aqui fora aguardando, mas não precisa ter pressa aí não" - escreveu.

Visualizo e logo abro um sorriso, retiro meu jaleco, corro até o banheiro para ver a minha cara de derrota e antes meu cabelo que estava solto agora está preso em um coque, não sei o porque deu estar tão estar tão ansiosa e me ajeitando inteira para outra mulher, para uma pessoa que mal sei quem é. 

Corro até o estacionamento e procuro o carro, olho para um lado e para o outro, cheguei a cogitar que tivesse indo embora quando vi seu carro andando até onde eu estava. 

- Olá. - disse ela enquanto abaixava o vidro do carro e nesse instante eu quase congelei com tamanha beleza que essa mulher tinha. 

- Oi. - respondi com um sorriso. 

- Entra. - ela pediu e logo entrei. - Onde você deseja ir? - perguntou e fiquei sem resposta. - Tem uma lanchonete que abriu esses dias aqui perto, quer ir lá? - perguntou novamente.

- Vamos então. - respondi. 

Chegamos na lanchonete e eu conseguia ver a inquietação e o nervosismo de Day só não sabia o por que. Logo ela caminhou até uma mesa reclusa, que não é de se admirar que ela prefira assim, e sigo ela, nos sentamos e o garçom rapidamente veio nos atender. Day gentilmente pediu um sanduíche natural acompanhado de um guaraná, resolvi arriscar e pedi o mesmo. Então por alguns minutos ficamos em silêncio até que Day resolve quebrá-lo. 

- Você pretende continuar como veterinária quando ficar famosa? - perguntou me deixando corada.

- Eu nem sei se vou ficar famosa. - respondi e ela me olhou com ar de decepção. 

- Você tem muito potencial Carol. - respondeu e na mesma hora eu senti meu coração palpitar quando ela chamou o meu nome. 

- São apenas impressões suas. - comentei sorrindo. 

- Seu sorriso é lindo. - comentou e eu fiquei vermelha. - Desculpa por isso, não queria te deixar assim. - disse em um tom de decepção e logo passei minha mão na sua.

- Não precisa disso Day, eu que sou tímida mesmo, e aliás você também tem um belo sorriso. - comentei e vi ela se sentir aliviada. 

Depois de muita conversa, muito assunto rolando, eu e Day finalmente estávamos conseguindo nos entrosar, com a timidez de lado, e isso é maravilhoso, por mim eu ficaria horas aqui conversando mas infelizmente a hora não nos convém, passamos incríveis duas horas juntas e em seguida ela insistiu para me deixar em casa e com muita insistência dela, apenas assenti e assim ela fez, me trouxe até em casa. 

- Tchau, Carol. - falou e senti o seu tom de tristeza em ir com o misto de disfarce. 

- Tchau Day. - respondi e ela beijou a minha bocheca e logo dei uma leve fechada nos olhos e abri a porta. - Qualquer coisa me manda mensagem. 

- Digo o mesmo. - respondeu sorridente e logo deu partida no carro e indo embora.


Sempre foi você (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora