Adeus - Revisado

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-Chega, né? Acabamos de acordar e vocês já estão falado de sangue e morte. - Afrodite falou alto batendo a mão na mesa e quase derrubando a xícara de café encima do Deathmask, se o canceriano não tivesse segurado.

-Mas o pai está me contando o fim do filme de ontem. - Zara reclamou emburrada.

-Deixa eu contar o fim do filme para ela, rosa. - Deathmask falou sorrindo para o loiro.

-Se vocês continuarem eu vou embora. - Afrodite falou sério.

-Tá... - Zara murmurou com raiva.

-Não adianta ficar com raiva, mocinha, mal acordarmos e você já começa a falar essas coisas, bem filha do Mask mesmo. - O loiro falou colocando um pouco mais de café xícara.

-A filha é sua também. - O canceriano falou rindo. - De onde acha que ela puxou essa teimosia?

-Nós não somos teimosos. - Os dois falaram juntos o olhando com raiva.

-Credo...



-Tava aqui pensando... Nós podíamos sair para comprar umas roupas e brinquedos. O que você acha, Levi? - Kanon perguntou comendo um pedaço de bolo.

-Luna, Liam e Zara podem vim? - Levi perguntou olhando para os pais.

-Pode, mas e a Ayla? - Kanon perguntou curioso pelo fato do menino não ter falado dela.

-Ela está mal... Mas o cavaleiro de Virgem está cuidando dela. - O garoto explicou voltando a comer.

Aioria e Kanon se olharam sem entender, mas resolveram ignorar, já que em pouco tempo descobririam o que estava acontecendo.

-Sabe... As vezes anjos não entendem porque as pessoas tem algumas reações e a sua agonia se manifesta de várias formas, seja por lágrimas de sangue ou doenças humanas... - Levi falou sem levantar o olhar, encarando seu reflexo na xícara de café.

-O que isso quer dizer? - Aioria perguntou olhando para o Kanon, que também o olhava sem entender.

-Quer dizer que anjos são sensíveis a reações humanas que não compreendem. - Levi falou suspirando.



-ISSO É SUA CULPA. - Milo gritou olhando para o Camus, que estava sentado no sofá, com raiva.

-Para com isso. Ela não é nossa filha. - Camus falou ignorando os gritos e tentando se concentrar no livro que lia.

-ATÉ QUANDO VOCÊ VAI IGNORAR O FATO QUE ELA ESCOLHEU A GENTE? ELA QUIS A GENTE. ELA VIU EM NÓS DOIS UM PORTO SEGURO PARA ELA. - O escorpiano gritou de novo arrancando o livro da mão do aquariano e o jogando longe.

-Chega. Não sei por que você está tão irritado por conta de uma menina que nem tem o seu sangue. - O ruivo falou se levantando, ficando frente a frente com o loiro.

-O sangue não importa. Ela é a minha criança a partir do momento que apareceu na minha vida me chamando de pai. Ter uma mini cópia sua me chamando de pai parecia um sonho... até você começar a agir como um babaca. Você acha que eu vou ficar quieto vendo essa situação? Não mesmo. Eu vou pegar minhas coisas e vou embora. Eu vou cuidar da Ayla sem você. - Milo falou e saiu andando pela casa de Aquário para pegar suas coisas, ou parte delas pelo menos.

-Você vai terminar comigo? - Camus perguntou seguindo o loiro.

-Se for preciso, com toda a certeza. - O loiro falou e se virou para o ruivo. - Você não tem noção no quanto eu te amo... mas você está me decepcionando demais para que eu simplesmente siga a minha vida sem me importar com isso.

-Milo... você vai mesmo me deixar por conta daquela garotinha? - Camus perguntou mais sério que o normal.

-Não, estou te deixando por conta dos seus atos, Camus de Aquário. - O escorpiano falou se virando e voltando a andar.

O loiro foi até o quarto e tirou de baixo da cama uma mala preta enorme, a jogou na cama e a abriu só para conferir se estava vazia. Assim que viu que a mala estava vazia, o escorpiano correu pelo quarto na velocidade da luz sob o olhar atento do Camus na porta e pegou tudo o que era seu, jogando dentro da mala. Em seguida passou pela porta empurrando o ruivo e correu pela casa novamente pegando tudo o que era dele. Quado guardou tudo na mala, a colocou no chão e foi até o Camus na porta, segurando o rosto dele com a mão livre.

-Eu te amo... - O loiro murmurou e saiu do quarto com a mala, indo para a entrada da casa.

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