Anjinhos Dourados

Filme e Febre - Revisada

-Vocês não vão dormir? - Afrodite perguntou vendo o Deathmask e a Zara sentados no sofá vendo um filme de terror.

Ambos estavam fazendo isso dia todo.

-Sim. - Os dois responderam juntos concentrados no filme.

-Mas isso não é filme para uma criança assistir. - O loiro tentou argumentar olhando para a tela no exato momento em que um dos personagens foi esfaqueado. - Credo...

-Pode ir dormir, rosa. Zara e eu vamos ficar assistindo alguns filmes aqui. - Deathmask falou pegando um pouco da pipoca que estava no pote junto de Zara.

-Nem pensar. Você tem noção do quanto isso é violento? - Afrodite falou apontando para a televisão.

-Mas isso é o legal, papai. - Zara respondeu sorrindo.

-Não Zara, isso não é "legal". Vem, você vai dormir agora. - Afrodite falou sério.

-Mas, papai... - Zara respondeu manhosa.

-Sem mais, agora. - O pisciano retrucou olhando para a menina.

-Pai... - Zara olhou para o Deathmask pedindo para ele falar algo.

-Desculpa, pirralha. Ele que manda... - O canceriano falou sorrindo.

Zara fez um bico e se levantou entregando o pote de pipoca para o Deathmask, indo até o pisciano segurando a mão dele emburrada. Ela só queria saber o final.

-Boa noite, pai. - Ela murmurou começando a caminhar para o quarto com o pisciano.

-Boa noite, pirralha. - O canceriano falou sorrindo. - Te conto o final do filme amanhã...

-Tá. - Ela respondeu olhando para trás sorrindo.

Camus, Milo e Ayla estavam sentados no sofá assistindo um filme infantil qualquer. Nenhum deles parecia realmente interessado, nem mesmo Ayla que estava quase dormindo com um casaco antigo do Hyoga e uma mantinha. Sem a menina perceber acabou dormindo, deixando o corpo cair e se encostando no Camus. Milo olhou para a menina com um sorriso no rosto, mas um detalhe chamou a sua atenção, o rosto da menina estava bastante vermelho e a respiração desregulada. Por um segundo ele se questionou se aquilo era normal.

O fato do sorriso ter desaparecido do rosto do loiro de repente chamou a atenção do Camus, que olhou para a menina notando o rosto vermelho e a respiração dela. O ruivo colocou a mão no rosto dela vendo o quão quente ela estava.

-Ela está com febre. - Camus falou a puxando para o seu colo.

-Eu vou buscar um remédio. - Milo falou se levantando rápido já sentindo o ar ficar mais frio envolta dos dois ruivos.

Camus ficou observando a garotinha no seu colo vendo que a febre estava aumentando de um jeito humanamente impossível. Se levantou colocando ela deitada no sofá e indo encher a banheira. Depois de alguns minutos que ela encheu, ele esfriou a água o máximo que conseguia e voltou para a sala, porém assim que chegou viu o Milo com um olhar assustado, um pouco afastado da menina no sofá.

-O que foi? - Camus perguntou olhando sem entender.

-Não consigo me aproximar... É como se tivesse uma barreira... - Milo falou esticando o braço, mas algo parou seu braço no meio do caminho.

-Como? - O ruivo falou ainda sem acreditar e se aproximou.

Assim que chegou perto do loiro sentiu seu corpo ser parado a força por algo.

-O que vamos fazer? - Milo perguntou o olhando.

-Não temos o que fazer... - Camus falou se afastando um pouco.

-O que? - Olha para ele indignado. - Eu entendo que você não queira cuidar dela e não de a mínima para ela, mas é uma criança... Independente de ser um anjo ou não. É uma criança, Camus, uma criança que está ali com febre alta e desacordada. - Milo falou com raiva.

-E o que você quer que eu faça? Não dá para se aproximar dela. - Camus falou olhando novamente para a menina mais na frente, notando que ela estava murmurando algo.

-Mas que merd...

-Espera, ela está falando algo. - Camus interrompeu olhando atentamente para a menina.

-S-Shaka... - Ela murmurou fazendo os outros dois se olharem sem entender.

-Acho que vou ter que ir na casa de Virgem... - Milo falou sério caminhando para fora da casa.