Eu marquei um médico para levar os exames de rotina que eu havia feito, por eu está muito deprimida, eu achei uma boa oportunidade pra saber se há algo de errado com o meu corpo.
Entrego os exames e do Dr. Henning analisa.
- Bem, Senhorita Ketycie. Os seus hormônios estão alterados, talvez por causa das injeções contraceptivos que a Senhorita trocou. Por isso deve causar, enjôo, cansaço, uma confusão de sentimentos, te deixará meio deprimida, mas isso é só nos primeiros meses, logo logo a Senhorita ficará boa.Bem, eu sai de lá mais tranquila, pensei que a causa de eu está muito deprimida fosse psicológica. Uffa! Menos uma coisa pra mim preocupar....
Então, decido voltar a ativa, a me divertir.
Nada de encontro! Hoje será um dia especificamente direcionado a mim.
Pra começar, vou fazer umas comprinhas básicas para casa... Lasanhas, pizzas, biscoitos, hambúrgueres, chocolates, refrigerantes etc...
Tô eu, no corredor dos biscoitos dentro do supermercado quando eu vejo um homem com seu filho, aparentemente pai solteiro e muito boa pinta. Ele me olha de cima e baixo, dá um sorrisinho pois seu filho de aparentemente 4 anos está chorando querendo barra de chocolate. Eu então me aproximo:
- Oi!
- Oi! - Respondeu o homem.
- Seu filho? - Perguntei a ele.
- Sim.Eu então me agacho para falar com o meninão:
- Oie, qual seu nome? - Perguntei ao menino.
- Júnior. - Respondeu o menino.
- Júnior? Nossa... Que nome lindo. Eai Júnior, porque está chorando?
- Meu pai não quer comprar chocolate pra mim. - Respondeu o menino com cara de choro.O pai então diz:
- Ele não pode comer nada que contém lactose, por isso eu não compro.
- Mas existe barras de chocolate sem lactose, sabia!? Aqui óh, essa é muito boa, eu não sou alérgica a lactose, mas eu gosto. - Disse eu, depois de pegar uma barra 0% Lactose.
- Nossa obrigado! Viu filho, vamos levar chocolate. - Disse o Cara.
- Ebaaa! - Respondeu o menino, todo feliz.- Ah! A propósito, meu nome é Diego!
- Ketycie. - Ele então aperta a minha mão, eu então pego minhas compras e vou para o caixa.Depois de sair do mercado, pego um táxi e vou para casa. Ligo o som o máximo, faço uma pizza e começo a dançar enquanto ela está no forno.
Depois que a pizza ficou pronta, eu comi assistindo a minha série favorita. E depois de ver 2 episódios, vou ler minhas mensagens, e é cada encontro e proposta que me aparece que eu desligo o cel e nem ligo em responder as mensagens.
Depois de arrumar a casa, descansar, eu pego minha bolsa e vou para um lugar que me fazia super bem pelo aconchego que eu tinha.
Vou vistar a casa onde tudo começou... A casa está fechada, mas tem coisas lá dentro ainda, e lembranças sem fim.Ao pôr os pés na rua eu sinto uma saudade imensa, mesmo com todos sofrimento, tinha seus momentos bons, antes do Régis aparecer em nossas vidas. Eu então, entro no quintal, vejo a minha antiga bicicleta toda empueirada e enferrujada, vejo as plantas que minha mãe plantava todas murchas, vejo uma história com um final triste.
Quando eu abro a porta da sala, me vem lembranças boas e ruins, da época que meu pai era vivo e eu começo a chorar. Ali há história.
Meu pai amava sentar na sua poltrona assistir as notícias comendo seu prato lotado de comida. Enquanto minha mãe ficava estendendo roupas no varal e eu no quintal brincando sozinha.
Eu então entro no quarto, no meu antigo quarto, onde traumas me causaram, onde eu levarei as marcas para a vida toda, onde há coisas que eu nunca esquecerei. Eu respiro fundo, e naquela cama me deito outra vez, e sinto na pele as sensações daquele dia terrível.
Aquela casa tinha um cheiro estranho, um cheiro passado assombrado, algo inexplicável e que eu teria que deixar para trás. Eu poderia voltar a morar lá, mas a casa é um pouco grande pra mim morar sozinha e assustadora demais pra quem já viveu muita coisa lá.
Eu então decidi arrumar um pouco aquela bagunça, tirei a poeira dos móveis e passei um pano no chão dos quartos, sala e cozinha, até lavei o banheiro e em seguida fui embora. Já estava escurecendo e a noite só estava começando...
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Ketycie
ChickLitOi, meu nome é Ketycie e sou uma garota de programa. Passei por muitas coisa na minha infância e para me sustentar tive que optar pela prostituição. Na minha adolescência sofri bastante com a estrutura familiar e fui psicologicamente afetada depois...