Mente De Um Vilão

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Ret 💸

Ana: Olha nego, eu usaria alguém mais gostosa que eu, sabe? - Falou sentando no banco da minha frente e eu olhei sem entender.- Sério, tentar ciúmes com uma menina que parece se creche, não surte efeito.

Ret: Tá se achando importante na minha vida? - Falei sem gracinha nenhuma, vendo ela me encarar serinha.

Ana: Eu não tenho, Ret? - Sorriu fraco e eu encarei ela sem expressão nenhuma, continuei com a minha cara enquanto balançava o Théo.

Ret: Mãe do meu filho.- Ela gargalhou e eu nem entendi.

Ana: Você também não é só o pai do meu filho, Ret.- Neguei com a cabeça.

Ret: Tá se emocionando por quê? Se emociona sozinha, vem querer colocar peso, ou me cobrar alguma coisa não.- Falei fechando a cara e ela parou de sorrir, ficando sem graça.

Brinquei e conversei um pouco com o Théo, até anoitecer e ela levar ele pra casa. Eu nem podia tá dando bobeira assim, mas o clima tava suave hoje e não dava em nada.

Antes de chegar, já passei a visão que queria o Matheus na salinha. Quando cheguei no morro fui direto, tinha alguns caras e eu expulsei todos, me jogando na minha cadeira e Matheus ficou em pé.

Ret: O que tu merece? - Falei bolando a cara.

Mt: Não fiz nada não, Ret! - Bati na mesa.

Ret: Porra Matheus, se eu te drogar e colocar tu pra mamar um viado, tu vai ficar suave comigo? - Falei alto, apontando e ele riu.- Ri não porra, eu tô falando sério irmão!

Mt: Coe Ret, releva! Ana é gostosa pra caralho, até tu no meu lugar iria fazer isso.- Neguei.

Ret: Não preciso, porra. Já comi ela várias vezes e nenhuma precisei drogar ela pra isso.- Falei vendo ele fechar a cara.- Tu é meu irmão, único que eu considero, mas tu vai ser cobrado e eu não posso fazer nada.

Mt: Tá maluco, Ret?

Ret: Tu quer que eu cobre, ou mande pros linhas altas cobrarem? Qual tu acha melhor? - Falei me levantando.

Mt: Qual vai ser? - Cruzou os braços e eu peguei a chave da sala se tortura.- Filipe...

Ret: Um dia sem comer e beber e um mês afastado do poder.- Falei baixo.- Tu sabe que nem é isso que tu merece, mas se chega na boca dos caras que eu fiz menos que isso, nós dois tamo fudido.

Escutei o Matheus respirando fundo e balançou a cabeça, ele me acompanhou e eu levei ele pra casa. Coloquei ele lá dentro e tranquei.

Era como uma garagem, tudo escuro e quando chovia parecia um mar. Nós deixava os cara aí dentro, dias e meses sem comer nem beber, até ele abrir o bico.

Comprei um pacote do grande de pipoca e um copo de água do pequeno e voltei, jogando pro Matheus. Ele riu e eu neguei com a cabeça, indo embora pra casa.