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Ana ✨

Como tinha que esperar algum tempinho e a hora do almoço tava chegando, eu saí com o Théo e a Clara do lado, mas fui seguida pelos dois homens, enquanto escutava alguma risada do Théo, quando olhei pra trás achando que era o Matheus brincando com ele, mas era apenas o Ret andando e fazendo uma careta suficiente para uma risada sair do Théo.

Mt: Vocês vão almoçar aonde? - Falou parando a gente e Théo pediu pra ir pro chão.

Ana: Acho que no shopping, ele tá precisando de algumas coisas e a gente já aproveita...- Falei colocando o Théo no chão e ele foi correndo pra perto do Ret que não teve muita reação, mas Théo riu ao ver que ele se afastava e acabou tirando uma risada do Ret.

Mt: Ele tá precisando de que? - Falou tirando a carteira do bolso e eu neguei, escutando uma risada da Clara.

Ana: Eu não preciso de dinheiro nenhum, se você quiser dar algo ou comprar para o Théo, compre você mesmo e entregue pra ele. Fora isso não precisa dar dinheiro para mim.- Sorri fraco.

Mt: Independente de ser meu filho ou não, ou eu sou pai ou eu sou tio.- Estendeu as notas.

Ana: Devolve o carro do meu pai, por favor? - Coloquei a mão na cintura, rindo.

Escutei uma risada debochada e olhei pro Ret com um sorrisinho de lado, vendo ele fazer cara de nojo ao me olhar e Matheus riu.

Mt: Nós almoça em um restaurante por aí e depois deixa vocês nos shopping, pode pá? - Falou olhando pro relógio.

Ret: Pra mim não dá, pô..- A gente olhou pra ele, que balançava o Théo no chão.- Eu tenho um bagulho pra fazer hoje.

Mt: Te deixo no morro e tu se vira, depois devolvo o carro.- Deu os ombros.

Balancei a cabeça e olhei pro Théo que pulava com o homem agora, Ret me parecia ser uma pessoa bem bipolar e isso me estressava de cara.

Ele me olhou e encarou por alguns segundos enquanto andava com o Théo agarrado em seus braços, balancei a cabeça olhando pra frente e Clara me olhou deixando um sorrisinho escapar, dei língua pra ela e entrei no carro, vendo o Théo insistir para ir na frente, com seu tio e seu pai.

O exame iria sair em algumas horas e eu estava ansiosa demais, pra isso os meninos que tiraram dinheiro do bolso, porque por mim poderia demorar o quanto for, não iria fazer diferença.

⏰⏰⏰ 

Mt: Quer abrir? - Eu neguei, dando os ombros pra ele.

Ele tinha ido me buscar em casa após umas cinco horas, quando o exame ficou pronto. Estávamos dentro do carro dele sozinho e ele estava com o papel estendido pra mim, ele respirou fundo e rasgou, fazendo um bico.

Mt: Filipe...- Jogou a cabeça pro lado.- O pai é ele.

Ana: Não é, Matheus...- Choraminguei, pegando o papel das mãos dele.

Mt: Eu queria ser o pai dele, eu gosto do molequin...- Falou negando com a cabeça e rindo.- Ret já tem filho, porra, merece não.

Com cara de sofrida confirmei essa droga, olhei pro Matheus que me encarava e respirei fundo, choramingando.

Mt: Como tu vai explicar tudo pro Théo? Ele já teve alguma presença de padrasto ou algo assim?

Ana: Nunca, sempre fomos apenas nós dois. Eu vou tentar falar com ele aos poucos, ele até chegou a chamar pelo pai, mas faz tempo.

Matheus me olhou e eu olhei novamente aquele papel, qual a grande dificuldade do senhor do tempo me ajudar pelo menos uma vez na minha vida?

Mente De Um Vilão Onde histórias criam vida. Descubra agora