Mente De Um Vilão

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Ana ✨

Acho que eu me preocupei tanto com o Filipe, que acabei nem vendo o tempo passar, ou me incomodei com isso.

Já era sábado de tarde e eu tinha vindo pra casa do Ret, na quarta de madrugada.

Ele arrumou roupa pra mim e pro Théo e demonstrou da forma dele, que estava bem com a nossa presença.

Até o Matheus, que era um cuzão da porra, tentou ser melhor pra o irmão, mesmo que ele só tenha chegado sábado de manhã, pois estava em uma missão, que inclusive trouxe muito dinheiro pra casa.

Ana: Preciso ir, de verdade.- Falei novamente, vendo o Ret me empurrar e levantar, balançando a cabeça.

Ret: Ano novo é daqui há dois dias, menorzona. Tu não quer pegar os bagulhos e deixar aqui logo? Pra onde nós vai mermo? - Falou colocando a blusa

Ana: Praia do forte, o que tu acha? - Falei me levantando.

Ret: Maneiro, pô. Tem umas casas lá de uns aliados, pode pá? - Neguei com a cabeça, fazendo careta.

Ana: Ou é só nós três, ou só eu ele.- Dei língua.- É muito importante pra mim um bagulho mais família, tu entende?

Ele apenas balançou a cabeça e eu tirei o celular do Théo, que assistia desenho enquanto eu e Ret assistimos filme no celular dele.

Ele me deixou em casa, na porta. Ele beijou a cabeça do Théo e eu beijei a sua bochecha, vendo ele fazer cara feia e eu descer.

Ret: Toma, teu presente.- Falou tirando uma caixinha do porta luvas e eu sorri, pegando da mãe dele.

Théo deu tchau ao pai e eu abrir a porta, entrei em casa e estranhei totalmente ao ver várias malas pela sala, olhei desconfortável e encontrei meu pai descendo mais uma.

Flávio: Eu abro mão de muita coisa por você e eu nem te pedi muito, Ana. Eu só queria que você avisasse.- Colocou mais uma mala perto e veio se aproximando.- Tá aqui, se você quer sua liberdade você terá. É daquele apartamento que a gente olhou uns tempos atrás, todo seu.

Ana: Pai, me desculpa. Uma pessoa importante para o pai do Théo morreu, era importante pra mim também. Eu esqueci de ligar.- Ele confirmou com a cabeça.

Flávio: E nem atendeu quando eu liguei, incrível.- Mordi meu lábio, lembrando das vezes que ele ligou e eu rejeitei, pois estava ocupada com o Ret, ou brincando com ele e Théo.

Eu nem tive muita escolha, meu pai não queria conversa nenhuma. Ele saiu para o trabalho e eu acabei descobrindo pela Rosa, que ele tinha ido parar no hospital na quinta feira e ficou chateado ao extremo comigo e infelizmente, com pura razão.

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Marília morreu por negligência médica galera, ninguém encomendou a morte, ou matou ela.