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Ret 💸

Tava puro ódio, tentando não meter a cara e ter chance de me foder, mas tava um bagulho impossível.

Fui correndo  a cara mermo, era óbvio que os caras já tinham deixado tudo fácil por o único motivo, bater de frente comigo!

Ft: Tá maluco, porra? - Gritou puxando meu braço.

Ret: Eu sei o que ele quer, deixa suave.- Soltei dele, colocando o fuzil pra frente.

Bola: Teu filho tá na praça, tua cria tá na praça.- Falou pelo raidinho geral e eu sorri, saindo de trás da casa.

Ret: Cheguei! Manda o teu papo.- gritei, rindo.- Botei a cara, cuzão!

Bola: Filho da puta.- Falou e eu sentir alguém segurando meu braço.

Os meus chegaram por trás e colocaram as armas na posição, cruzei os braços e finalmente escutei um grito, misturado com choro e soluço

Théo: Papai...- Olhei pra ele que tava no colo de um homem.

Ret: Cadê o homem que tava com ele? - Falei procurando e não encontrei, ele sorriu debochado e eu entendi.

Mataram a porra do pai da Ana, mais uma preocupação, porra menor! Mais uma complicação para aquela mulher.

Bola: Eu te chamei aqui, pra dizer que a guerra se iniciou.- Eu prendi um sorriso.- E que eu sou o melhor, por isso vou vencer.

Ret: O que te faz achar que tu é o melhor aqui, menor? - Cruzei os braços, vendo o homem colocar o Théo no chão e o bola olhou, concordando com a cabeça e meu filho começou a correr na minha direção.

Bola: Eu não tenho fraquezas. Diferente de você, nunca deixei família entrar no meio dos meus corres.- Eu neguei.

Ret: Tu não tem família não.- Peguei o Théo no colo, não mudando a minha postura.- Tu não convive com quem te ama, tu vive no meio de falsidade e mentira. Eu tenho família e isso me apoia, não me deixa mais fraco!

Bola: Isso foi só o começo.- Sorriu debochado.

Eu dei uns passos pra trás e quando entrei no meio da minha tropa, olhei pro patinho e assenti, eles desceram fogo no inimigo e eu saí de perto com o Théo, indo pro carro blindado, vendo ele começar a chorar.

Abracei meu filho beijando a testa dela e não soltei mais, os caras entraram no carro dizendo que tinham matado o chefe e eu fiquei mais alivado, continuei beijando e abraçando o Théo, até a gente chegar em casa com ele dormindo no meu colo, porque ele chorou pra caralho o caminho todo.

Eram poucas as vezes que eu me sentia um merda filho da puta, mas toda vez que eu via meu filho chorando por algum motivo causado por mim, eu nem insistia em lutar contra o bagulho de eu ter errado, porque eu sei que de uma forma, eu que deixei isso acontecer.

Mente De Um Vilão Onde histórias criam vida. Descubra agora