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Ana ✨

Encarei ele olhando pros lados e acenando pra os homens que bebiam ali, ele sentou do meu lado e eu respirei fundo.

Ana: Nem sei como te falar isso, mas você deve saber que o meu filho tem possibilidade de ser seu filho também, pela sua cena de ontem, não é? - Falei diretamente, vendo ele respirar fundo soltando um sorriso involuntário.

Mt: Eu sou pai? - Neguei, dando os ombros.

Ana: Então Matheus, você não foi o único homem que eu fiquei naquela noite sem proteção. Eu sempre tomei anticoncepcional e nunca deu em nada, mas dessa vez o destino me proporcionou uma falha! - Respirei fundo.

Mt: Mas eu posso te garantir que sou eu.- Passei a mão no rosto.- O menino tem uma marca na parte de trás do pescoço não é?

Ana: Sim, uma marca de nascença...- Mordi meu lábio inferior e ele virou, me mostrando a mesma marca.

Mt: Tem lógica, tem não? - Me olhou e eu coloquei a mão no rosto.

Ana: De qualquer modo, eu preciso de um teste de dna.- Afirmei.- Eu só posso te pedir uma coisa? Até que esse teste saia confirmando sua paternidade, não se aproxima.

Mt: O filho é meu também, tu não pode impedir nossa aproximação.- Neguei.

Ana: Não, quando eu tiver a prova em minhas mãos eu mesma que voi fazer questão de aproximar vocês. Mas por enquanto, eu não posso permitir que você entre na vida dele, faça ele se acostumar e depois, por ironia do destino, você não seja o pai.

Mt: A gente faz assim então pô, quantos homens podem ser o pai do menino? - Olhei pra ele com raiva.

Ana: Você e outro, tá me achando com cara de que? - Cruzei os braços.

Mt: Se tu não sabe quem é o pai porque transou com mais de um, preciso nem falar o que tu é! - Respirei fundo, segurando a minha mão que iria voar na cara dele.

Ana: Sim, todos sabemos! Sou e era solteira na época.- Ele riu debochado.

Mt: Tomar no cu, pô! Arruma o contato desse cara e nós vai atrás também, se ele tiver a marca nós tenta a sorte.- Debochou.

Ana: Tá exigindo muito, eu vou ver e te aviso. Agora raspa teu cabelo e me dá, para eu fazer o teste.- Ele riu.

Mt: Tu é engraçada rapá! Gostosa pra caralho também, ainda tá solteira né? - Falou passando a mão no meu cabelo.

Ana: Qualquer hora eu ligo pra gente ir resolver isso, Matheus.- Me levantei, ajeitando minha bolsa.

Mt: Matheus é pros próximos, pra você é Mt.- Fiz cara de deboche e dei as costas pra ele.- Ana?

Ana: Oi, Matheus? - Debochei, virando pra trás.

Mt: Deixa eu ver ele pô? Precisa nem encostar ou deixar ele me ver, só de longe mesmo.- Pediu.

Ana: Quando a gente for fazer o teste, você vê ele.- Neguei.

Mt: Eu não vou roubar o menor, porra! Independe de ser minha cria ou não, curti ele demais.- Pediu novamente e se levantou.

Acabei respirando o fundo e concordando, mesmo com vontade de ignorar e sair dali. Ele me levou pro carro e eu pedi pra Fernanda ficar me esperando na porta de casa.

Como era pertinho, a gente chegou e ele estacionou um perto, Théo tava brincando com um avião no colo da Fernanda e eu olhei pro Matheus, que sorria de lado. Desci sem falar nada e meu filho se animou me vendo e pulou no meu colo, beijei ele e entrei junto dele e da Fernanda.

Mente De Um Vilão Onde histórias criam vida. Descubra agora