𝚃𝚑𝚎 𝚗𝚎𝚠 𝚆𝚘𝚛𝚕𝚍 𝚘𝚏 𝙳𝚎𝚊𝚍 [𝙲.𝙶] - [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]

⚠ 07

Hanna Andrews

Eu estava exausta. Não consigo acreditar ainda que me perdi do Daryl. Mesmo depois de ter aprendido tudo sobre localização, eu consegui me perder na floresta.

Faz mais de cinco dias que eu não como e nem bebo. Fiz poucas refeições nesse tempo que estou sozinha. Eu sinto que estou morrendo aos poucos. Sobrevivi ao inferno todo para morrer por besteira.

— Hey, garota! — ouvi uma voz e me virei na mesma direção. — Está sozinha?

Permaneci em silêncio, apenas seguindo a voz com minha arma destravada.

— Eu não quero te machucar. Mas eu posso te ajudar se quiser. — a voz continuou até que um homem alto de cabelos castanhos apareceu em minha frente. — Não precisa ter medo, eu não quero te ferir.

Permaneci com a arma apontada em sua direção, enquanto o mesmo estava com as duas mãos levantadas.

— Me chamo Aaron. — ele diz calmo. — Eu tenho comida e água... Você parece faminta!

Aaron jogou sua mochila em minha direção e eu peguei. Realmente havia bastante coisa. Apenas peguei uma das garrafas de água e matei minha sede. Me senti viva novamente.

— O que está fazendo aqui do lado de fora? — digo encarando o homem.

— Meu trabalho é ajudar as pessoas.

— Por acaso é Deus agora?

— Não. Mas, eu posso ser se você quiser. — ele diz e eu solto uma risada irônica. — Temos uma comunidade. Tem pessoas da sua idade. Casa, comida, água, escola, igreja. Você pode vir comigo se quiser.

— Não. Eu estou procurando meus amigos. — respondo me sentando no chão e pegando algo para comer.

— Eu posso ajudar.

— Eu não preciso.

— Não é o que parece.

Eu queria muito meter uma bala na cabeça dele, ele não parava de falar e isso me irritava. Porém pensei em Carl, ele odiaria saber que matei alguém apenas por ele ser chato.

— Eu não quero sua ajuda, Aaron. — digo e continuo comendo.

— Qual seu nome? — ele diz se sentando ao meu lado.

— Hanna.

— Hanna... — ele diz pensativo. — Quem está procurando Hanna?

— Meus amigos.

— Seus amigos tem nome?

— Olha... Eles são muitos! — digo já irritada. — Posso comer? Estou morrendo de fome.

— Você pode vir comigo para Alexandria, e eu te ajudo a encontrar seus amigos. Você teria um lugar seguro, e eles também.

— É tão difícil assim pra você entender que eu não quero sua ajuda? Você disse: "Eu posso ajudar se quiser", mas eu já disse que não quero e você continua insistindo!