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Hanna Andrews

Aparentemente havia corrido tudo bem na missão do Rick em acabar com os Salvadores, os tais inimigos de Hilltop. E lá estavam eles de volta a Alexandria, contando mais uma vitória. Fiquei feliz por ver todos de volta, e por mais cansada que eu estivesse, combinei com Carol de fazer um jantar especial com os que haviam saído. Nos reunimos na casa do Aaron, ou seja, minha casa, e foi muito bom. Todos estavam alegres e comemorando entre si, exceto Beca e Liam que provavelmente estavam tendo mais uma DR.

— Parece que eles nunca vão conseguir passar um dia sem ter uma briga. – Carl diz se aproximando com dois copos na mão.

— Eu nem me preocupo mais com a vida desses dois. Eles são tão estranhos. Eu sei que se amam, mas eles esquecem disso e ficam procurando problema onde não tem, ao invés de aproveitarem o pouco de tempo que os restam. – digo e Carl estende um dos copos pra mim.

— É complicado. Só não mais que nós dois.

— Acho que o Oscar de "pior casal do ano" é nosso. – digo dando risadas e pego o copo em sua mão.

— Não acho que somos o pior, acho que fomos precipitados. Talvez não fosse o momento certo para ambos, e acabamos quebrando a cara. Eu não sabia o que queria, e você não tinha confiança em si mesma. Acabou que a sua falta de confiança me deixou confuso com os meus sentimentos, e eu comecei a ver coisa onde não tinha.

— Está dizendo...

— Eu não sinto nada pela Enid, eu só gosto dela como amiga. Quando eu cheguei aqui eu me identifiquei um pouco com ela, e me sentia livre quando saíamos para ler. Eu não senti nada quando ela me beijou, mas aquele dia que colocamos um ponto final em tudo, doeu muito. Mas era o certo, todos me viam como seu destruidor, e eu não queria ser isso para você.

— Eu sei que não...

— Eu já disse várias vezes, mas eu sinto muito por tudo. Sei que não tem como voltar atrás, mas espero que possamos construir algo no futuro...

— Eu também espero...

No final do jantar, Carl me ajudou a arrumar a cozinha. Aquilo me trouxe várias lembranças, era bom ter "paz" com o Grimes, e eu sentia que logo nossa amizade voltaria a ser como antes.

— Carl, eu já estou indo. A Judith dormiu no colo da Beca. – Rick diz aparecendo na cozinha.

— Eu vou depois. – o garoto respondeu enquanto secava as louças.

— Se quiser pode deixar a Judi. – digo encarando Rick.

— Não quero te dar mais trabalho, Hanna. Eu agradeço. – ele responde servindo um copo de água. – Mas eu preciso da sua ajuda pra uma coisa amanhã.

— Está bem, o que é?

— Nos falamos amanhã. Assim que acordar me procura.

— Certo...

Rick tomou sua água e foi embora, os outros começaram a ir também e logo a casa ficou mais calma. Beca, Liam, Carl e eu ficamos um pouco mais para jogar e conversar. O casal até jogando acabava brigando, isso nos rendeu boas risadas.

***

Mais um dia havia começado, e o meu começou bem cedo. Rick queria me mostrar um lugar que Jesus havia encontrado, então saímos os três até lá. Era uma espécie de clínica, haviam muitos quartos e uma boa quantidade de antibióticos. Não entendi o motivo de terem me levado até lá. Se precisavam dos remédios, era só pegarem.

— Com o que eu posso ajudar? – digo encarando os dois.

— Achei uma matéria sobre o CCD, e queria que desse uma olhada. Você comentou uma vez que sua mãe era cientista, então pensei que fosse sobre ela. – Jesus começou.

— A matéria é sobre uma cientista que trabalhava independentemente em uma cidade próxima a Atlanta, mas estava fazendo um experimento junto com o CCD na intenção de criar um antídoto para prevenir algo. – Rick continuou e me entregou os papéis.

— É a minha mãe. – digo após analisar os papéis. – O laboratório da minha mãe explodiu, e tudo isso começou. Eu queria acreditar que não tinha sido culpa dela, mas parece que ela começou com essas coisas. O CCD interviu por medo dos resultados da experiência, estavam tentando controlar o que ela fez, mas o CCD de Atlanta também explodiu, como nós vimos.

— Só havia um único cientista. Mas o que eu não entendi foi que, o laboratório da sua mãe explodiu, logo depois isso começou. Mas no CCD o cientista disse que todos temos o vírus, que ele está em nós. Não foi a explosão que causou isso. – Rick diz alisando sua testa.

— Não, não foi. Seria impossível uma explosão tão pequena causar a contaminação. Acho que pode ter sido arma biológica, que acabou saindo de controle. Só pode ser isso. – digo sentando no mesa de escritório e começo a abrir as gavetas.

— Arma biológica? – Jesus questiona me encarando.

— Sim, elas são capazes de devastar várias sociedades contaminando a água, o ar, a terra e os alimentos. São feitas a partir de toxinas, bactérias, vírus, fungos ou outros micro-organismos que são fabricados em laboratório e prejudicam a nossa saúde. Existiam laboratórios produtores de armas biológicas espalhados pelo Iraque, Irã, Síria, Líbia, Índia, Paquistão, China, aqui nos Estados Unidos, Rússia, Coréia do Norte e Afeganistão. As armas biológicas mais fabricadas antes disso tudo eram feitas a partir do Anthrax, Botulismo, Varíola e Ebola, pois eram baratos, de fácil transporte e de grande potência devastadora, em pouca quantidade destruía grande território. Tais agentes patológicos ao serem inalados, ingeridos e ganharem acesso por meio das vias cutâneas, conseguem agir rapidamente no organismo, tornando-se extremamente letais. Uma vez que se lançadas sobre um território podem, dependendo do agente utilizado na fabricação, matar a sociedade em cinco dias. A questão é, esse vírus é totalmente diferente. Ele está em nós, mas não influencia em nada enquanto estamos vivos. Foi aí que eles falharam, ou melhor, ela falhou. – suspiro abrindo a última gaveta encontrando uma pasta.

— Não entendi muito bem, mas isso faz mais sentido agora. – Jesus diz puxando a cadeira para sentar.

— Arma biológica... Será que eles não criaram nada pra matar esse vírus? – Rick questiona mais uma vez. – Se criaram ele, deve ter algo pra matá-lo.

— Acho que encontrei algo...

𝚃𝚑𝚎 𝚗𝚎𝚠 𝚆𝚘𝚛𝚕𝚍 𝚘𝚏 𝙳𝚎𝚊𝚍 [𝙲.𝙶] - [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]Onde histórias criam vida. Descubra agora