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Hanna Andrews

Rick e os outros já haviam saído da igreja e se dividido para os postos de vigia, porém Carl e eu ficamos lá para conversar sobre a ida para Washington.

— Eugene sugeriu você e Glenn para nos acompanhar, e eu achei que sei pai não aceitaria, mas ele concordou. – começo a dizer sem encará-lo.

— Se ele concordou, então eu vou. – ele respondeu me encarando. – Ir com você é melhor do que esperar aqui. Eu fico impaciente quando você sai, eu não sei se vai voltar e isso me deixa...

— Eu sei. Toda vez que alguém sai pelos portões e eu fico, bate o desespero. Antes tínhamos celulares para ligar, mas agora, é tudo tão complicado.

— Vamos dar um jeito, não é? Eu acredito que você consegue.

— Eu quero muito ser capaz de resolver toda essa bagunça...

— O importante é tentar, e todos sabem que você está se arriscando para tentar salvar a gente. Mas, tenta não se cobrar tanto.

— Obrigado, por aceitar vir.

— Obrigado por me deixar ir.

***

Assim que o sol nasceu, já estávamos de pé colocando nossas coisas no caminhão. Eu sugeri, pois era uma viagem longa e tinha muitas chances de encontrarmos algo pelo caminho.

— Pegou tudo? – Aaron diz se aproximando com minha mochila.

— Sim, eu peguei tudo. Onde está o Eric? – respondo.

— Em casa. Eu tentei conversar com ele mas, você sabe, o Eric odeia despedidas.

— Eu vou ficar duas semanas fora, eu preciso de pelo menos um abraço. – digo pegando a mochila em suas mãos.

— Então vai, eu termino aqui. – ele diz pegando a mochila de volta.

Concordei e segui para casa novamente, encontrando Eric sentado sozinho na cozinha com sua xícara de café em mãos. Me aproximei sentando ao seu lado, e o mesmo permaneceu calado.

— Eu sei que não apoia a minha ida, e sei que odeia se despedir, mas eu vou ficar duas semanas sem o seu "bom dia", sem ter a sua companhia no fim da tarde, sem ouvir sobre suas aventuras gastronômicas, e sem o seu abraço e seu beijo de boa noite. Essas coisas são importantes para mim, e eu me acostumei e me acomodei a tê-las em meu dia-a-dia. – comecei a dizer segurando minha grande vontade de chorar porém falhando miseravelmente. – Vão ser longas duas semanas, vou sentir muita saudade, mas eu sei pelo que estou indo. Estou indo para garantir que terei tudo isso por muito tempo, e que vamos poder nos livrar desses muros e sair como uma família normal. Eu estou fazendo isso, pois amo vocês, todos vocês, principalmente você, o Aaron e o Daryl. Vocês são minha família, e eu preciso pelo menos tentar fazer algo para manter minha família bem. Eric, você sabe que tem que ser eu. Pai, você sabe que tem que ser eu.

— Pai? – Eric disse finalmente me encarando com os olhos marejados. – Ouvir você me chamar de pai me parte mais ainda o coração. Um pai quer manter seus filhos seguros, e eu tenho tanto medo de você lá fora. Eu sei que tem que ser você, e estou muito orgulhoso pelo que está fazendo por todos nós Hanna, mas eu não queria que fosse você.

— Pai. – disse mais uma vez rindo em meio ao choro. – Eu odeio que tenha que ser eu, mas eu prometo, eu vou ficar bem, eu vou voltar. E se tudo der certo, e eu espero que dê, vou voltar com uma solução para o nosso futuro.

— Eu vou esperar ansiosamente.

Por fim, Eric me envolveu em um abraço apertado e caloroso. Resolveu me acompanhar até os portões, e mesmo que odiasse despedidas, aceitou se despedir de mim dessa vez.

— Eu vou cuidar dela. – Glenn diz encarando Aaron e Eric.

— Eu sei que vai. – Eric responde encarnado Aaron com um sorriso.

— Vocês vão ficar bem, só tenham bastante cuidado e atenção. – Aaron diz puxando Eric e eu para um abraço. – Eu amo vocês.

— Fiquem tranquilos. – repondo retribuindo ao abraço e encaro Glenn em seguida. – Eu estou com o Japa.

— Ah, que beleza... Vamos nessa? – Glenn diz revirando os olhos e saindo em direção ao caminhão.

— Pai dois, cuide bem do pai três. – digo encarando os dois após nos separamos do abraço. – Pai três, alimente o pai dois bem enquanto eu estiver fora. Se alguém não brigar com ele, ele pula refeições.

— Hanna! Sua dedo duro. – Aaron diz me encarando sério.

— Pode deixar comigo. – Eric responde sorrindo.

— E fiquem de olho no pai um, o Daryl. Ele é muito teimoso. – digo e o mesmo aparece.

— Para ser pai de Hanna Andrews, tem que ser um pouquinho teimoso não é? – Dixon diz parando ao nosso lado.

— Fugindo um pouco do assunto, acho que já está na hora de eu deixar o sobrenome Andrews para trás. – começo a dizer e os três me encaram confusos. – Vocês são minha família agora, são meus pais. Gosto da ideia de Hanna Dixon Raleigh, e assim que tiver um cartório, mudar meu sobrenome vai ser a primeira coisa que vou fazer.

— Hanna... Tem certeza? – Eric disse enquanto os outros dois me encaravam ainda confusos.

— Claro que sim. Não gostaram? – encarei os outros dois que estavam parados perplexos.

— Raleigh, nosso sobrenome. – Aaron diz sorrindo e abraçando a cintura de Eric.

— Seria bom não ser o único Dixon. – Daryl disse finalmente também sorrindo.

— Ótimo! Está oficializado então. A partir de hoje, não sou mais Hanna Andrews, e sim Hanna Dixon Raleigh. – sorri abraçando Daryl e os outros dois se juntaram ao abraço.

Me despedi dos meus pais, da Maggie, do casal problemático also Liam e Beca, da Judith e de Rick. Glenn era quem ficaria responsável por dirigir o caminhão, Eugene iria com ele na cabine, Carl e eu fomos atrás, porém com a janelinha que dava para a cabine, eu poderia infernizar o Glenn o caminho inteiro.

Eugene deveria estar no auge de seu arrependimento por ter se oferecido para vir nessa viagem. Glenn e eu passamos 80% do tempo cantando as músicas do SuJu e do Big Bang, já que não tínhamos rádio.

— Sério, como você conhece esses grupos? – Glenn diz após terminarmos de cantar V.I.P.

— Meu irmão namorou uma inter cambista sul-coreana e ela me ensinou um pouco de coreano. A gente ouvia Big Bang, SuJu, 2NE1 e 4minute juntas enquanto meu irmão fazia seus trabalhos ou treinava com meu pai. – respondi dando de ombros.

— Por que nunca me falou sobre isso?

— Você nunca perguntou.

— Está bem, qual é a próxima?

Twins!

𝚃𝚑𝚎 𝚗𝚎𝚠 𝚆𝚘𝚛𝚕𝚍 𝚘𝚏 𝙳𝚎𝚊𝚍 [𝙲.𝙶] - [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]Onde histórias criam vida. Descubra agora