Capítulo 55

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- Os nativos... - Asterin disse por fim - Como eles são?

- Não muito diferentes... - Blair disse rindo - Relaxa, você só tem que dizer que vai manter a promessa que existe há anos e eles vão ficar felizes.

- Bem, além de não ofender ninguém. - Aloïsia suspirou, guiando o cavalo com um destreza que sua sobrinha tentava imitar miseravelmente - Mas acho que só teve uma pessoa que conseguiu fazer essa proeza. Tiveram que tirar o reinado dessa rainha.

- Você é calma e simpática. - a moça disse rindo - Isso basta.

- Vou crê em vocês. - a princesa suspirou.

A floresta era densa ali, bem mais do que o caminho em que a moça tinha feito até o castelo e a medida que a cavalgada ia avançando a situação ficava pior. No final daquele dia, as mulher pararam em uma clareira que pareceu surgir magicamente na frente delas.

- Sabiam que tinha esse lugar aqui? - Asterin disse saindo do cavalo e tirando suas bagagens para montar seu canto de dormir.

- Conhecemos a floresta como os nativos... - Aloïsia disse sorrindo - Cada clareira, aldeia ou montanha. Assim como os lugares perigosos para os humanos.

- Certo... - a garota riu - Agora está querendo me assustar. Cresci tendo algo parecido com irmãos mais velhos...

- Ela está falando sério... - Blair riu - São lugares conhecidos como Portal das Fadas. Por algum motivo, o nosso mundo e o mundo mágico fica mais próximo, somos mais suscetíveis a encontrar seres ou esbarrar com um Caminho das Fadas.

- Fadas, sério? Achei que iam tentar me assustar com outra coisa. - ela riu - Acho que não ia precisar mais do que um peteleco para me livrar de uma... se elas existissem.

- Primeira lição, então... - Aloïsia disse abrindo um pano no chão - Tema os Filhos da Floresta. Eles nem sempre são pequenos e gentis, podem ser travessos e as vezes cruéis, além de que, as fadas mais poderosas, não são muito diferentes de mim e você.

Asterin decidiu não continuar aquela discussão, fé era algo invisível, contudo, poderoso, então, aquelas mulheres poderiam nunca terem visto uma única criatura mágica, mas defenderia até o fim sua existência. Ela mesma não era muito diferente, poderia não ser a mais religiosa do mundo, mas acredita em um Criador bondoso.

- Irei conhecer um acampamento de Guerreiras? - ela disse já com suas coisas prontas.

- Sim, a tribo tem sua parte de acampamento nosso. Fica mais fácil assim para que você ganhe isso, como recompensa. - Blair disse mostrando uma tatuagem em seu braço - Toda rainha de Zaark faz um juramento e ganha essa tatuagem... bem, não essa exatamente, essa é para as Guerreiras Arqueiras.

- E essa é para a líder das mulheres. - Aloïsia mostrou a sua acima de outra idêntica a de Blair - Isso é uma lembrança da promessa.

A garota concordou um pouco assustada, sabia que tinha que honra todos os seus compromissos. Mas fazer uma tatuagem para aquilo parecia um pouco sério demais. Terminou sua cama e foi ajudar preparar o jantar, pensou em assoviar como fazia com Marlon durante seu tempo na floresta, chamando Oto de volta, mas percebeu que eles não estavam lá, seu coração se entristeceu por uns segundos.

- Sabe como as Guerreiras surgiram? - Aloïsia disse entregando lenha a sobrinha.

- Foi Celina que criou, como modo de manter Aron em paz e prosperidade. - a princesa sorriu - Li quase tudo que você me passou.

- Está meio certo. - Blair disse acendendo o fogo e pedindo a lenha para a moça. - Não foi só por isso, também queria que a mágica nas terras fossem mantidas. Elas acreditava que o sangue de vocês só era dourado devido a abertura entre os dois mundos que permitiu a passagem de dragões e outras criaturas para cá. Sem a natureza, a paz e o equilíbrio, essas coisas se perderiam e seu sangue morreria.

Princesa de Zaark [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora