Capítulo 17

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Asterin... Um nome. Um nome novo para si.

Asterin sorria enquanto Oto saia do ombro de Marlon e pousava em algum lugar no telhados da casa e piava algumas vezes. Olhou para o rapaz de novo.

O ermitão que a salvou tinha ficado os últimos dias quase que silêncio e extremamente incomodado. Abria a boca as vezes para puxar assunto com a moça, mas fechava em seguida, bufando alto. Assim a maior parte das coisas que eles falavam era o clima chuvoso.

De certa forma aquilo fazia ela o achar engraçado e, até, bonitinho. Acrescentou na lista de observações sobre ele próximo à ironia a inabilidade social. De novo ele bufou.

- Onde seu irmão vive?

- Perdão?

- Você me disse que levaria até seu irmão. - ela disse sorrindo - Onde ele vive?

- Ah... - ele disse aliviado - Em uma costa montanhosa, em uma praia de areia negra. Se você tiver uma cicatrização normal vamos poder chegar lá no dia de aniversário de Avalon.

- Zaark comemora isso?

- Sim... - Marlon disse confuso - É uma grande festa de três dias! Assim como qualquer regente anterior a ela.

- Acha que ela está viva?

- Nunca parei para pensar muito nisso. - ele disse dando de ombros - Não vai fazer diferença para alguém no meio da floresta.

A menina acabou por concordar com a cabeça, talvez o seu desaparecimento não fosse de grande importância como ela havia acreditado. Suspirou aliviada com essa constatação, poderia continuar com essa farsa por mais um tempo, com sorte, por toda a vida.

- Você vai gostar da cidade durante a festa. - ele sorria e puxava a cadeira para ficar perto da sua cabeceira - Eles acendem uma fogueira na praça central e iluminam tudo com lanternas, normalmente as pessoas falam que tudo está muito bonito... não posso afirmar, mas não duvido. E...

- E? - ela disse se ajeitando no lugar e cobrindo o torso nu.

- Vai ser melhor eu deixá-la curiosa.

- Ah não... - ela revirou os olhos - Não faça isso.

- Bem, quem sabe assim você não faz mais força para melhorar. - ele deu mais um de seus vários sorrisos brincalhões - Assim despacho você mais rápido.

- Que maldade. - ela respondeu rindo - Acho que estou me acostumando com seu jeito.

- Então tenho aumentar a crueldade. - ele parou para pensar um pouco.

Asterin riu e se ajeitou mais um pouco na cama, mas começou a gemer de dor, os pontos foram puxados ligeiramente. A coruja pousou em sua perna e ficou encarando o seu rosto pálido tentado amenizar a sensação.

- A ferida... - ele engoliu seco - Como está?

- Bem feia. - ela disse com a respiração normalizada - Por favor...

- O remédio de dor? - ele disse já levantando e indo pegar a folha.

Ela concordou com a garganta e pegando as folhas para comer com calma. Refletiu um pouco quanto tempo ficaria assim, de acordo com Genoveva em semanas a dor ia passar e os pontos poderiam ser passado em sua vida, porém ainda teria a cicatriz, uma lembrança.

Princesa de Zaark [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora