Eu não estava quando isso aconteceu, mas dizem o horror que subiu no peito de todos quando Aires apareceu sozinho na visão dos exércitos. Val fala que olhou para Marlon, desesperada pelo o que teria que falar.
Zaark gosta de encher o peito para dizer que desceram as armas, aceitando a derrota e a lei, mas sendo honestos? Acho que estavam mais chocados do que aceitando tudo. Se Avalon não tivesse surgido um pouco mais para trás, sorrindo de orelha a orelha, a guerra ia continuar do mesmo jeito.
Teve uma grande confusão a medida que todos saiam de encontro com seus governantes, tentando compreender o que havia acontecido. Marlon, assim que ouviu sobre a sua rainha, correu ao seu encontro beijando sua testa, rindo. A moça teve que pedir calma a ele e Aires assistiu tudo com o aperto novo no peito.
- Não haverá guerra! - ela disse alto e pegando na mão do rei e a levantando - Vamos negociar um acordo de paz.
- Chega de mortes. - o rapaz disse se permitindo a sorrir.
Os exercitos pareceram bastantes decepcionados, principalmente, o clã Saeb. As Guerreiras, contudo, subiram uma comemoração alta e disse que iam arrumar bebidas para todos, animando um pouco a situação. Mas uma voz indignada saiu no meio de todos.
- O que? - Darlan surgiu perto do príncipe, estava vermelho - Não pode falar sério, Majestade.
- Darlan... - Aires disse tocando no ombro dele.
- Não! - ele gritou de volta - Deixou essa bárbara te enfeitiçar novamente? Sério? Achei que já tinha compreendido a falta de sentimento e consideração que esse povo tem em seus corações!
- Chega Darlan! - Aires disse.
- Vou esperar para negociar depois. - a moça disse pegando a mão de Marlon.
- Olha isso! Vai deixar que a prepotência dessa moça continuar? Que esse povo ridículo continue achando que vale mais?
- Passaram treze anos debaixo da terra... - o rei bufou, viu que sua irmã aproximava de Avalon rindo - Se continuarem orgulhosos mostram apenas sua burrice.
- São bárbaros! - ele negou - Seu pai estaria decepcionado. Se não vai fazer nada, eu vou!
Darlan pegou a espada de Aires e saiu correndo em direção de Avalon, que ainda não estava longe. O som dos passos rápidos dele chegou em Marlon, mas Akanta o viu primeiro.
Se ela tivesse sido um pouco mais lenta, quem daria o golpe seria Marlon. A moça conseguiu tomar o bastão das mãos do cego e acertou com tudo a cabeça do primo, manchando o chão de vermelho. Um grande alvoroço se seguiu e o exército de Zaark e Catalan seguraram suas armas mais uma vez.
- Eles não respeitam um tratado de paz! - Knightley gritava - Tentaram matar nossa rainha.
- Chega! - Aires gritava a medida que ia para perto do corpo do primo.
Avalon ajoelhou no chão e viu sua falta de pulso. Caleb tirou a princesa em choque dali.
- Isso não foi feito em nome de Catalan. - Aires disse olhando para o lorde - Eu sinto muito.
- E quem garante que não vão fazer de novo?
- Fiquem separados como antes. - Avalon bufou olhando para o homem irritada - O sangue que me atacou o foi mesmo que me defendeu. Chega! Já colocamos um ponto final.
- Acha mesmo que vão se tornar amigos assim? - o lorde riu - Avalon, você é estúpida.
- Estúpido é aquele que ofende a sua rainha. - ela disse o ignorando em seguida.
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Princesa de Zaark [Concluída]
FantasyUma contadora de histórias não tem paz, para onde vou encontro com pessoas famintas por novas narrativas de amor, poder e vingança, sempre querendo mais e mais. O que as pessoas normalmente não sabem é que todas as histórias existentes, sejam lenda...