Capitulo 66

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Não sei como Avalon se sentia naqueles dias, as vezes achava que o peso do mundo estava envergando os ombros da moça, outras, que uma leveza havia pairado ao seu redor. Era estranho ver aquela mulher como rainha efetivamente. 

- Temos que fazer com que eles tenham dificuldades de passar por essa área. - ela disse circulando o perímetro do castelo no mapa - Imagino que aqui, Aires deva dividir seu exército para os lados... 

- Então vamos esperar ele nessa clareira mais a frente? - Val disse levantando a sobrancelha. 

- Sei que a ideia inicial era trazê-los mais para perto, só que minha tia chamou a atenção sobre nós sermos emboscados. - a princesa usava uma tiara simples, mas havia deixado os vestidos de lado e adotado as calças - As Guerreiras já saíram para montar o acampamento e... algumas coisas há mais.

- Poderíamos saber o que planeja? - lorde Lillac disse sorrindo. 

- Foi uma ideia de Marlon, creio que ele deva apresenta-la. - ela disse tocando no ombro do amado. 

- A ideia vem da própria floresta ao redor da clareira. - ele suspirou - Esses lugares são sempre difíceis de acessar e manter um fluxo de caminhada, se você não sabe onde esta andando pode cair, enfim, problemas os quais já sofri. Agora, me perguntei se eles não dariam uma volta pela clareira e nos emboscasse mais uma vez, então, pedi para que armadilhas fossem criadas em toda a extensão do local. Buracos, armadilhas, qualquer coisa. A floresta em si, já vai ser problemática, só vamos priorar a situação. 

- Esperto... - o lorde Knightely disse calmo. 

Avalon olhou para o homem surpresa, pela primeira vez em muito tempo ele tinha concordado com algo que eles estavam fazendo. Sorriu aliviada, mesmo que ele estivesse sendo vigiado de perto por ser o possível mandante para a tentativa de envenenamento de Akanta, talvez, só talvez, as coisas poderiam não ficar tão ruins entre eles depois da guerra. Kay não ia querer isso. 

- Bem, quero que todos se preparem para sair do castelo em breve! - ela sentiu os ombros tensionarem - Vamos partir para a guerra! 

O Conselho comemorou e começou a sair da sala, mas Valentina chamou a atenção de todos assoviando. 

- Minha princesa... - ela começou a disser - Acho que a senhorita deveria ir até o seu povo antes de sair... talvez haja quem deseja ajudar. Além disso, faz muito tempo que eles não a vê. 

- Vamos hoje mesmo... - ela disse sorrindo - Minhas coisas já estão quase todas organizadas e se eu for mais tarde, provavelmente, não haverá tempo. Quem puder me acompanhar... 

Mais tarde naquele dia, Avalon usou mais um de seus vestidos elaborados, apesar de não gostar sabia que na frente do seu povo tinha que zelar por uma imagem. Por isso, estava usando um vestido com o tecido tão fino que se não fosse pela camisola de baixo estaria semi-nua na frente de todos, até Marlon quando a abraçou após pronta perguntou se estava de fato vestida. 

Sorrindo para seu povo quando ela e os nobres voltavam para a praça principal da cidade, se sentia bem feliz ao receber palmas, flores e agradecimentos. Pediu com gentileza apoio das pessoas para irem com ela na guerra, mas afirmou que queriam que cuidassem da família acima de tudo e, principalmente, não se arriscarem. 

Quando o Sol se foi e a moça ficou presa no meio do seu povo conversando com todos. Uma fogueira foi acessa, a última do verão e iniciaram mais uma de suas várias festas. Foi uma das melhores, a única que Marlon ficou tonto na vida, tiveram que ceder um quarto para ele e a princesa, pois ninguém seria capaz de carregar os dois. 

Em se lamenta até hoje por não ter ido, mas Liam disse que aquela era a única oportunidade que teriam para invadir o quarto do lorde Knightely. O plano foi simples, ela ia dormir no quarto  do rapaz, para deixar seus pais irem na festa sem preocupações. Mais tarde da noite Ravena passaria por ali apenas para verificar como os dois estavam, se tinham jantado ou se precisavam de alguma coisa.

Princesa de Zaark [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora