Capítulo 43

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Na manhã seguinte, Asterin colocou uma tiara feitas de rubis imitando frutas, escolhida por Marlon que segurou várias joias em uma brincadeira, até dizer qual era para ela usar, o vestido era da mesma cor que as joias e um cinto preto com detalhes de ouro pesava em sua cintura. O rapaz aproveitou os dedos da moça em seu cabelo a medida que ela os traçava e cantava músicas antigas.

A princesa aproveitou a deixa dele ter escolhido suas joias para vesti-lo da maneira que ela queria, arrumou uma blusa verde e um cinto de couro, o qual ela mesma colocou e roubou um selinho dele no final. Não queriam sair e enfrentar o dia, mas ambos sabiam que isso não era possível.

- Oto ainda não voltou. - ele disse caminhando pelos corredores.

- Onde ele possa está? - ela respondeu um pouco mais preocupada.

- Tem torres altas aqui? - ele disse sentindo o cheiro da chuva que havia acabado nos primeiros raios do Sol.

- Algumas...

- Ele pode ter encontrado uma namorada. - ele deu de ombros - Mas tarde vou sair por aí assobiando.

Ela sorriu diante da imagem do amado saindo por aí tentando chamar a sua coruja e guia de volta, mas essa expressão não durou muito tempo. Ambos passaram por alguns nobres que comprimentavam a princesa com grande devoção, porém olharam torto para Marlon. Aquela resistência que eles tinham dele parecia está piorando.

- Você tem certeza que quer fazer isso? - o rapaz disse alheio aquela situação.

- Precisamos ver as moças. Elas fazem parte do nosso povo e temos que cuidar deles ativamente e de forma próxima. - ela disse pensando que aquilo era uma das poucas leis sobre a cabeça dos monarcas de Zaark.

- Precisamos, nosso povo? - o rapaz disse com um sorriso torto no rosto.

- Você não disse que iria casar comigo? - ela falou fingindo uma inocência.

O rapaz riu beijando as costas das mãos dela e concordando baixinho. Céus! Ele tinha se metido em uma furada quando salvou aquela garota, mas não conseguia se arrepender.

Chegando no quarto separado para as moças a garota parou um momento, respirando fundo e tentando se preparar para ver os ferimentos no corpo delas. Não era momento para sentir tontura ou estômago prestes a ficar vazio. Contou até três e abriu a porta.

Havia algumas pessoas ali, nobres ou soldados cuidando daquelas garotas. Todas elas ainda tinha o rosto muito inchados, pele muito vermelha ou roxa e gemiam a qualquer movimento. Mas seus piores ferimentos estavam escondidos em tecidos com pastas para evitar uma infecção ou realizar uma cicatrização mais rápida.

- Princesa! - a mais velha delas, com um olho ainda fechado exclamou feliz - Minha princesa!

- Olá... - ela respondeu entrando, sentindo dores nos dedos e frio na barriga - Vim ver como vocês estão.

- Muito obrigada. - outra disse, ela tinha um corte na bochecha - Se não fosse você não teríamos sobrevivido.

- Sabia que você estava viva! - a mais nova disse, mas as palavras saíram abafadas pela boca inchada.

- Quando será coroada? - uma disse com os olhos brilhantes.

- Eu e o Conselho chegou a conclusão que seria melhor esperar até o fim da guerra e a resolução de situações mais urgentes. - ela disse olhando para um nobre preocupada - Queria saber a condição de vocês.

- Elas estão estáveis, minha princesa. - o nobre respondeu com um sorriso gentil - Limpamos os ferimentos e nenhuma apresenta sinais que irão piorar. Apenas a dor que não podemos controlar da maneira devida.

Princesa de Zaark [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora