11- Sem coração

1.6K 163 123
                                    

Quando Nathan chega para o almoço, Gina atende a porta.

— Olha só quem está de volta!  — eles se abraçam.

Logo que chegamos aqui, Gina e eu conhecemos Nathan e Paul. O que foi incrível na época, conseguimos emprego e eu um namorado.

Ele não se importava por eu ser stripper. Mas imaginei que assassina de aluguel fosse demais para ele.

— O cheiro está ótimo. Imagino que não foi a Lili que cozinhou.

Eles dão risada.

— Ei! 

— Desculpa. — ele me dá um sorriso.

— Compramos comida pronta. Espero que ainda goste de massa.  — digo

— Adoro.

Nos sentamos à mesa e Tequila aparece se esfregando na minha perna.

— Adotaram um gato?

— Essa é a Tequila. Tequila, Nathan. — Gina faz as apresentações.

Nathan estica a mão pra fazer carinho nela e a gata se afasta, mas não sem antes deixar um belo arranhão em sua mão.

— Ai!

— Caramba! — Gina e e dizemos, surpresas.

— Ela não conhece muita gente, deve ter estranhado. — falo.

— É, não tenho muito jeito com animais mesmo.

Nathan vai lavar o corte e quando volta, lhe dou papel toalha pra colocar em cima.

— Esqueci de te perguntar ontem, Felicia. E a sua mãe?

Gina e eu nos entreolhamos.

Na época em que terminamos minha mãe já estava mal. Eu estava tentando conseguir dinheiro para dar assistência a ela.

Dou um gole no meu suco antes de responder.

— Ela tá bem. 

— Conseguiu uma casa de repouso boa dentro do orçamento?

— Sim, ela está sendo muito bem cuidada.

— Fico feliz. Talvez eu possa ir lá fazer uma visita pra ela.

— Claro. Qualquer dia te levo lá. — forço um sorriso, pensando que mesmo se eu pudesse levá-lo, não iria, minha mãe gostava dele e imagino que a síndrome-do Quero-um-neto atacaria forte. 

Passamos o resto do almoço rindo e relembrando coisas, é como uma volta ao passado e é divertido ter Nathan ali.

Antes de ir embora, ele fica de me mandar mensagem pra marcar algo pra gente fazer outro dia.




— E se ele insistir em visitar sua mãe?

— Eu invento algo.

— O que será que ele pensaria se descobrisse que ela está naquele lugar? A mensalidade é quase o preço de uma casa.

— Que eu tô traficando ou algo assim. — dou risada. — seria uma boa desculpa.

— Qualquer coisa é melhor que matar..

Quase tudo. — defendo.

Ela revira os olhos e dou risada.




Gina foi trabalhar. Estou sozinha e com uma decisão difícil pra tomar. O que devo usar nesse jantar? Normalmente eu não ligo muito para roupa, mas imagino que todos estarão bem vestidos e não quero destoar.

A Assassina de Vegas | H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora