Acordei com o som estridente do despertador, o sol entrava pelas frestas das cortinas e batia no meu rosto. Aquela cama estava tão gostosa, tão quentinha e extremamente confortável, que não me dava nenhuma vontade de levantar. Que ódio! Não sei por que dona Angelina insiste que eu acorde cedo, mesmo eu não estudando mais. Poderia dormir a manhã todo caso o contrário. Mas não, não posso!
Certo, o meu surto matinal já passou! Como você deve estar sem entender nada, deixe-me apresentar: o meu nome é Anastácia walker.
Sou brasileira, tenho 19 anos e sou agere, a minha família me aceita bem, até porque sempre foi assim. Sou adotada e o apoio da minha família é essencial. Por ter passado problemas com a minha família biológica, sempre tive acompanhamentos psicológicos e os médicos logo notaram algumas características minhas que não mudavam ou não evoluíram. Quando descobriram que eu regredia como defesa, foi difícil e bem complicado, depois de muitas conversas com Especialistas eles entendem que era apenas o meu jeitinho de ser ..... meu jeito de lidar com coisas do passando. Nao havia algo errado fisicamente, ou algum mau desenvolvimento neurológico, apenas regredia pois ficava mais fácil de lidar com o mundo.
A minha mãe entregou-me uma cumbuca cheia de iogurte e cereal, eu não queria, mas sabia que não tinha escolha, então apenas bufei e comi quietinha. Apesar do silêncio por minha parte o café foi repleto de risadas e gargalhadas até a hora de eles irem para o trabalho ou faculdade.
Definitivamente odiava ficar sozinha, querendo ou não, eu era extremamente dependente, fui criada assim não conhecia nada além disso! Ainda bem que a tia Nana ficava comigo ... já pensou? Eu sozinha em casa não iria prestar kkkk.
A ajudei arrumar as coisas, lavar a louça e depois fui para sala olhar desenho. titia Nana trouxe a mamadeira ou como costumo falar minha dedela. A mulher de quarenta e poucos anos se sentou no sofá ao meu lado e me chamou pra deitar em seu colo, fui toda animada, deitei tirei minha chupeta e ela levou o bico da mamadeira até meus lábios, eu logo suguei o líquido e senti aquela sensação de estar nas nuvens! Fiquei fazendo carinho na titia até minha dedela acabar, depois passei o resto da manhã olhando desenho até chegar a hora do almoço ...
A titia fez de almoço só o que eu não gosto, não tem um dia nessa casa que eu como o que quero isso é muitao chato!
— titia, eu não vai comer não — falei confiante.
—Anastácia, não torne isso mais difícil, é só você comer — enquanto ela falava eu bufava e revirava os olhos de braços cruzados e com um enorme bico nos lábios.
— não adianta debochar, fazer biquinho nem nada, olha só! Tem franguinho com molho, tem brócolis, tem feijão, tem arroz e tem salada! Meu anjinho, come por favor—, ela pediu quase implorando para mim.
— mas titia eu não gosta nem de brócolis e, nem de salada, me da minha dedela!!
— não Anastácia! Sabe que não, agora senta aqui - ela falou me sentando na cadeira e colocando o babador de unicórnios em mim.
—vamos, abre uma boquinha ....
E assim foi o almoço com muita manhã e drama da minha parte para comer uma salada e a verdura, depois do almoço titia me deu uma mamadeira com suco, e fui escovar os dentes.
Peguei minha chupeta a doutora nuvem e fui pro quarto para ela me colocar para cochilar, era só uma horinha, mas já era alguma coisa e mudava bastante meu humor. Quando acordei, sai correndo para meu armário de brinquedos, peguei minhas massinhas de modelar e sentei no chão, fiquei brincando até dar a hora de lanchar de novo e tomar meu banho, para espera os meus pais chegarem do trabalho.
Por que gosto de receber eles bem cheirosa, já coloquei meu macacão de pijama e minhas pantufas. O macacão é branco com listras lilás e com vários unicórnios. Guardei todos meus brinquedos de volta nas caixinhas e pus de volta no armário. Quando terminei tudo, ouvi a porta lá de baixo ser aberta e fui correndo! sabia que era eles, dei um abraço bem apertado neles e falei:
—mãe eu tava com saudades já e de você também pai!
A —eu também minha pequena, não aguentava mais de saudades de você minha filha. — seus braços me apertavam com vontade.
J —e como foi seu dia anjinho, se comportou? —meu pai perguntou desconfiado
— sim pai. Me comportei e comi toda a comidinha.... já tomei banho, já arrumei o quarto, a sala e ajudei a titia —falei orgulhosa de mim.
J — que bom meu pequeno anjinho, vou subir e tomar um banho, já volto. — piscou um olho colocando algumas balas no bolso do meu macacão sem que a mulher ao meu lado percebesse.
Fiquei na sala, minha mãe dispensou a titia e foi fazer a janta, quando a nossa refeição estava quase pronta ajudei a mãe a arrumar a mesa, chamei meu pai, meus irmãos não estavam em casa então era só nós.
A — então Anastácia eu estava falando com o jake, de nos irmos na cafeteria amanhã, então podemos passear e já fazemos nossas comprinhas — ela disse animando-me, com seu olhar sempre acolhedor.
—claro, mãe! Eu vou sim — já estava animada e com um pressentimento bom dentro de mim, mal parava de sorrir.
J —então tá! Amanhã a uma da tarde vamos sair — o homem de cabelos grisalhos a minha frente falou feliz por eu ir junto e sair um pouco de casa. O que não acontece com muita frequência.
A —vai ser bom você pegar um solzinho, ver a luz do dia e sair de dentro de casa, ver outras pessoas se divertir um pouco. — minha mãe, era quem mais se preocupava com meu jeito de viver, isolada de tudo e todos por escolha própria, dizia que amava o que eu era, amava me cuidar, mas talvez isso não fosse bom pra mim. Por outro lado, era superprotetora.
O resto da janta seguiu com o clima agradável! Me contaram sobre seus casos no hospital, sobre o trânsito e os passarinhos que cantavam. Em alguns momentos meu pai lançava alguns olhares de carinho a minha mãe, enquanto ela me contava algo. Seu olhar para ela era quase sempre assim, de amor e carinho, as vezes de desejo, nunca consegui entender esse tipo de amor! Me parecia distante e exaustivo. Depois de terminarmos a refeição, ajudei a arrumar a cozinha, ela me levou para o meu quarto junto com meu pai, me deu minha dedela e meu pai cantou até eu cair no sono.
Meus dias eram sempre da mesma forma, nada mudava! Era minha rotina monótona e como eu não conhecia nada, além disso, achava um máximo. Fazia grandes nadas o dia todo, tinha sempre alguém comigo e então eu não me sentia sozinha. Não gostava dos filmes onde a menina conhecia um grande amor, até porque eu não via graça nisso, largar toda a sua vida para ficar com alguém? Nah, eu não! minha vida é muito legal assim e dever ser muito chato essas coisas de relacionamentos.
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Little angel (Em Pausa)
RomanceAnastácia uma menina/mulher de 19 anos que vê o mundo com uma inocência enorme , amada por seus parentes mais próximos e encanta a todos que realmente a conhecem Aurora uma mulher de 24 anos que vive sua vida um dia de cada vez, trabalha em u...