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POV Katherine Miller.

Estava andando, não sabia muito bem para onde, só sabia que andava sem olhar ao menos para os lados, sem se preocupar com alguma possibilidade de ser atropelada, vi uma neblina entre as árvores da reserva florestal ao meu lado. Essa neblina ou sombra parece estar me espreitando, observando, aperto o passo, como se não bastasse, vigiar-me, aquela sombra muito baixa e até agora sem forma saiu dos arbustos, essa sombra começa a se transformar em uma linda menina de cabelos bem cacheados, pele negra e olhos estranhamente cinzas, ela sem me dizer nada apenas me entregou uma carta com cheiro de baunilha e voltou para uma floresta.

Achei uma atitude estranha da menina que lembra remotamente a minha filha, a mesma que eu não falava e nem via alguns anos, desde que ela saiu de casa na noite em que brigamos por um motivo idiota e fui a errada da história por não apoiar ela. A carta de cheiro doce me chamou a atenção novamente então resolvi le-la. O cheiro de dentro da carta não parecia tão bom quanto antes, algo de errado estava prestes a acontecer, e eu sabia que era com minha filha. Eu senti e sabia. O cartão estava escrito "acidente" e "morte" pareciam ter sido escritos com um líquido viscoso, eu precisava ir atrás da Aurora rapidamente, por mais que eu soubesse que eu de nada poderia mudar, mas poderia ao menos avisar que algo não natural e desastroso estava rondando-a.....

Acordei com meu corpo fervendo, molhado eram 4 da manhã, Martin olha para mim com uma cara de preocupação enquanto passava panos gelados e úmidos pelo meu rosto, havia acontecido de novo depois de anos, eu mal podia crer nisso, outra convulsão e tive um pesadelo. A última vez que aconteceu, minha mãe morreu no dia seguinte então eu logo estava pensando o que poderia acontecer com minha filha.

M — amada minha, você está bem? O que está me acontecendo? — Martin falava em tom preocupado.

— estou bem amor foi apenas um pesadelo, já fico melhor, o que aconteceu não me lembro de vir parar na cama, lembro-me de estar na cozinha jogando baralho com você depois de jantar — falei completamente confusa.

M — você desmaiou, enquanto Amelia, Hermione e Kalani estavam conosco, elas estavam preocupadas porque não sabiam o que era para ser feito, eu havia acabado de ir ao banheiro, quando cheguei na sala de jantar, estava caída no chão e elas perto de você.

— amor amanhã eu preciso falar com Aurora, estou com um pressentimento ruim não sei o porquê — falei já ficando ofegante novamente.

— amanhã falamos com Ela amor.. Mas por agora você precisa descansar e dormir podemos dirigir até lá e falar com ela que tal?



Mas ao marido terminar a pergunta e levantar a cabeça, sua mulher já havia dormido e tinha uma sensação relaxada, porém, abatida. Ele também não demorou a cair no sono, e logo o quarto estava repleto de criaturas, eles apenas olhavam os dois com pena, era o destino, a profecia iria se completar, independente do dia e da hora, quando fosse para acontecer iria se fazer, e nem a deusa mais misericordiosa seria capaz de impedir, Khaterine sabia plenamente disso, o que ela poderia fazer era usar o quanto desse com sua filha casula.

Pov Aurora.

Os dias têm se passado como sopro, eu não sei como não ficar encantada com a Anastácia, depois do pedido de namoro e de nossa primeira noite em um pouco mais íntima, ela parece ter desabrochando, se escreveu no ENEM, para tentar medicina, não estamos nos vendo com tamanha frequência, pois, ela passa o dia estudando, sua escrivaninha que antes era repletas pelas revistas de colorir, agora são repletas por livros, cadernos e canetas, e vai começar essa semana ir em um curso no centro da cidade, sei que é um grandioso passo para ela, mas também sei que por mais que meus sogros sejam maravilhosos, eles acabam colocando-a em uma redoma de vidro, sim a Ana é uma pessoa sensível e ela se quebra fácil, mas uma hora ou outra vai ter que sair de casa conhecer pessoas, ver esse mundo gigante que a espera, ela precisa fazer amizades. Confesso ter medo de que vá conhecer uma pessoa melhor do que eu, tenho medo de nessa jornada achar outro amor, mas se eu não fazer o melhor que posso por ela, a privar da vida, e trata-la como um cristal prestes a quebrar, nunca ira ver a luz nem conquistara a sua independência, e se para vê-la voar de minhas mãos, for o melhor estarei feliz, não me importo se vai doer.

Hoje iremos fazer seu cartão do ônibus, ela não quer sair carregando dinheiro pela cidade afora, diz se sentir mais segura, e bom fico mais descansada, e quando ela quiser, vou busca-la. Também iremos imprimir currículos, pois, quer começar a trabalhar, tive que ter muito jogo de cintura para faze-la entender e aceitar ir mais devagar, Ana tem quase 20 anos, e teve aulas em casa maior parte da vida, nunca ficou em lugares muito cheios por muito tempo. Falei pra deixar se acostumar com a rotina do curso, e depois de uma mês nos procuraríamos um emprego em uma cafeteria ou restaurante.... Parei o carro em frente a casa dela e deu uma buzinada, já estávamos atrasadas, não demorou para ela sair de casa com uma calça, jeans preta um all star cano baixo amarelo mostarda e um suéter com uma gola imitando camisa, seu cabelo solto, linda como sempre, ela veio em direção ao carro com um sorriso radiante e uma mochila na costa que foi notada por mim quando ela já havia entrado no carro.


A — Oi amor como você esta? — ela disse me chamar;

— Estou bem meu anjo, e ai preparada para hoje? — falei dando uma olhadela para mochila, de novo

a — sim, sim! Sabe o que é melhor? — seus olhos pareciam ganhar um brilho mais intenso hoje vou dormir na tua casa.

— Como assim? — sua mãe nunca deixou de fazer e do nada ela permite? — ela deixou mesmo?

— sim, eu ate fiquei chocada e com as mesmas reações que você — ela com as bochechas vermelhas pelo apelido logo se pronuncie rapidamente — mas deixa isso de lado, e ligue o carro, vamos de pressa creio que vamos chegar meio atrasadas.

Ligamos o carro e fomos, nossa sorte que o trânsito estava de boas e não estava trancado. Chegamos em vinte minutos e por nossa sorte eles também atrasam no abrir, envio o cartão em poucos minutos e logo já estávamos indo embora então eu decidi ir em uma papelaria, queria que ela pegasse o que precisasse e também olhasse como mochilas, que eu disse que queria dar a ela. Foi a pior escolha da minha vida, ela parecia criança na loja de doces, esqueci por alguns miseráveis ​​minutos que ela ama papelaria, essa menininha iria me levar a falência certeza.

— amor da minha vida todinha — disse chamando a atenção dela — você não acha que chega de pegar canetas de unicórnios e flamingos? — pronto comprei a 3 guerra mundial!


— nossa como você é ma, só porque peguei dez canetas a mais do que é preciso você esta reclamando — ela me disse de olhinhos piscando, como digo não para essa praga? — e ainda nem fomos na parte dos postá-lo

— então vamos fazer um combinado little bunny-ela me olhou corada, ansiosa pelo, o que eu diria — você tem 10 minutos para pegar o que quer, então daqui a dez minutos estão aqui no caixa, estamos entendidas?

— aff, tudo bem já que eu não tenho escolha mesmo — ela pegou o carrinho e saiu e desapareceu em meio como prateleiras.

Fui à parte de revistas para colorir, pegue três diferentes, depois fui nos lápis de cor e peguei canetinha, lápis de cor, giz de cera, massa de modelar e tinta que sei quem vai me arrepender depois, pois, minha sala vai ficar repleta de tinta guache, mas conhecendo a Ana como aconheço sei que não entra no little desde a última vez que nos vimos, então eu não tenho nada das coisas dela pequena la em casa.

Fui em direção ao caixa e ao me virar para o lado, la estava ela com os cabelos desgranhados e com o carrinho bufando de coisa, aaaaa sua consumista, mimada, patricinha, pirralha e amor da minha vida, como foi que ela encheu aquele carrinho pequeno com tanta coisa? Eu vou matar essa garota.

— meu amor vai precisar de tudo isso mesmo — eu disse sentindo meu bolso ficando vazio e eu falida-será q ...

— que nada, você disse 10 minutos, e bom cá estou amor — ela falou me dando uma língua — nos podíamos voltar aqui semana que vem né?

— Não amor, nunca mais vamos entrar nessa loja — a caixa se segurava para não dar risada enquanto passava as compras

— aff chata — ela saiu da loja e se encostou no carro enquanto eu pagava e pegava como compras e logo saindo da loja depois de pagar.

— mimadinha da minha vida — falei vendo as suas orelhas ficarem vermelhas como fogo — abre o porta-mala pra mim? — ela de contra gosto abriu e depois entrou no carro, e colocou as compras ali e entrei no carro

— coloca o cinto, mocinha — falei e ela colocou sorrindo, é ela é bipolar só pode — ei ta afim de tomar um sorvete?


— siiim, vou querer de ninho trufado com baunilha, morango e uva — ela falou muito animada

— escolha dois sabores anjo, não pode comer todos os sabores de uma vez só — eu disse dando uma risada que me foi devolvida com um careta da mesma

— Mas quero todos — ishi pronto a criança ta na área

— mas meu amor, não podemos ganhar tudo que queremos

— mas eu sim, é só fazer essa carinha — ela disse aplicar para sim enquanto escolher carinha de cachorro pidão

— pena que comigo não funciona né amor — eu disse já no caminho para uma sorveteria

Chegamos na sorveteria, ela escolheu os dois sabores com muita relutância, hoje ela esta irredutível, ela quer atenção deve ser isso, normalmente ela é bem mimada e desobediente ou faz pirraça mesmo fora do pouco, mas hoje ta difícil a coisa, ela toma o sorvete quieta, dei um aviso de basta, tenho toda a paciência do mundo com ela, e o que ela quer é me tirar a paciência, aparentemente ela gosta de fazer isso.

Depois de termos acabado de tomar o sorvete, fomos para casa com a Ana toda lambuzada e com cara de sono, antes de começar a dirigir para a casa, mandei mensagem para dona Maria se ela poderia fazer alguns bolos, e ligar a banheira do meu quarto, ela me perguntou se tinha um motivo, respondi que a Ana iria para la, ela disse que era para ter me avisado antes para poder se arrumar e fazer umas guloseimas mais elaboradas. A pronto mais uma pra mimar a queridinha!

Quando chegamos em casa, ela já estava dormindo e com muito custo acordei ela que pegou umas sacolas e peguei as outras e sua mochila, assim que entramos em casa o cheiro de comida gostosa estava em casa, e a primeira coisa que a Ana fez foi jogar tudo em cima do sofá e correr para pegar e Nala, que lambeu todo a cara dela;

— Maaa cheguei — gritei da sala tirando meus saltos, vendo ela vir da cozinha todo feliz

— oii menina Aurora como você esta? Comeu hoje — Anastácia assistia com um sorriso sapeca no rosto;

— sim e a senhora esta bem? — ela ignorou minha pergunta e foi para a Ana

— OI moça, então você é a tao famosa e falada Anastácia?

— sim sou — ela disse estendendo o braço, logo sendo puxada para um abraço


nota da autora

 Alguem já assistiu o Kdrama ''porque esta é minha primeira vida''?

 Eu to toda doída com ele, nunca achei que me fosse doer  tanto, não há nada em especifico no Kdrama, todo mundo parece saber  que quer no futuro, parece que todo mundo já se decidiu, já tem seus talentos me sinto perdida....

   Eu sempre pensei em amor como uma coisa que nunca vai acontecer comigo, que acontece com os outros mas não comigo, minha familia não é muito disso, eu escrevo sobre amor, mas não sei como é receber... Por isso, algumas vezes na estória vai ter momentos meio vazios, eu já senti, mas nunca vivenciei, o que escrevo é reflexo do que vejo em outros livros e fics. 

 Na maioria das vezes penso que se eu conseguir muito dinheiro não vai me fazer falta o amor, é triste mas eu enjoou muito fácil das pessoas, e quando começo a me envolver e gostar, me afasto ou a pessoa se afasta. Mesmo em um ''Oi'' eu já sei que não vai dar certo. Enfim não sei bem pq coloquei isso aqui kkkk  

Little angel (Em Pausa) Onde histórias criam vida. Descubra agora