0.5

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POV Anastácia.

M — Charles, sabe quem estava de papinho, com uma moça muito bonita e ainda ficou emburradinha na hora de irmos embora? — Minha irmã se sentou no banco ao seu lado, falando alto, chamando a atenção das pessoas ao redor.


C — a Anastácia? — ela concorda de leve — a meu deus! Nosso bebê está crescendo! — Charles se levanta e põem suas mãos grandes na cintura, com uma feição indignada.


— aí gente, vocês não têm o que fazer não? Eu em! — sai andando em direção ao cinema, de braços cruzados pisando firme.


M — ei mocinha, volta aqui — disse Melanie, correndo atrás de mim.


C — Anastácia, nos espera — fingi não dar ouvidos e eles logo vierem atrás de mim, logo me alcançando!


M — mandei a senhorita me esperar, está com o ouvido sujo por acaso? — disse me repreendendo de leve.


— não, estou com o ouvido sujo, não sou porquinha — falei, enquanto revirava os olhos — eu só não quero ficar ouvindo essas porcarias que vocês estão falando!


C — esta bem! Não falo mais nada, vamos logo para a sala de cinema, se não, vamos perder o filme!


Caminhamos pelo corredor largo do cinema, seu teto era alto, nas paredes estava sendo exibido os cartazes de filmes, tanto, os já tinha sido e os que iriam ser exibidos, entramos na sala 5, que por ser a seção da noite não havia mais tantas pessoas. Sentamos nas nossas cadeiras e quando o filme estava quase começando duas pessoas, se sentaram ao meu lado. Logo reconheci a que estava na cadeira ao meu lado, era ela, a Aurora! A moça do cabelo bonito, quando ela me reconheceu, logo veio falar comigo.


A — oi anjinho, que coincidência né — falou calma enquanto comia sua pipoca. Seu cheiro.... Bom, muito gostoso!
— verdade, pensei que nunca mais te veria — falei, sendo um pouco sincera de mais, o que está acontecendo? Essa ânsia de falar com ela, o que é?


A — aliás, se você quiser, é claro, eu queria pedir seu número, para combinar alguma coisa.... um piquenique, tomar um sorvete. — seu olhar confiante, por alguns segundos, falhou, mas com um colocar de mexas do cabelo para atrás da orelha, sua pose voltou ao normal.


— sim, sim podemos sim — falei eufórica, já exibindo meu número, para que ela anotasse o mesmo em seu telefone


— aí, te chamo então, anjo — ela falou me olhando fundo nos olhos, me arrepie todinha e meu estômago ficou esquisito — olha que fofa ficou corada.


— não fiquei não — aí meu deus, aonde vou enfiar minha cara agora senhor? — vamos olhar o filme — tentei desconversar, mas minha voz saiu trêmula e ela soltou um risinho


— ok tomatinho — é, não tinha jeito mesmo! Tão bonita, mas era tão implicante, porquê?


Voltei minha atenção e foco o máximo que pude só para o filme, mas era meio impossível! O cheiro dela era como um ímã, puxava minha atenção, mas com um grande esforço prestei a atenção, na tela gigante até o final. Já estava cansada e com sono, já havia se passado, duas horas da minha hora de dormir! Minha irmã me pegou no colo colocando minha chupeta na minha boca, só aí lembrei que a Aurora estava ao meu lado, tentei esconder meu rosto, mas era tarde! Ela já havia enxergado a chupeta quando olhei para ela. Por um momento eu tinha esquecido disso, do meu jeito.
Aurora não estava com um olhar de ódio, nojo ou alguma coisa do tipo, confesso que isso me deixou mais aliviada. Seu olhar carregava adoração ou algo do tipo. Nós levantamos das cadeiras e saímos da sala de cinema, eles pararam e começaram a conversar sobre fazer algo, mas como estava tendo muitas tempestades de verão resolveram fazer lá em casa, eu estava alheia na conversa até que a Aurora vem até mim e pergunta:


— anjo, posso te pegar no colo? — ela falou meio sem jeito, bom, não me julgou, nem faz mal para mim certo? Certo, então, porque não né?


— pode — estava morrendo de vergonha, mas queria sentir seu cheiro mais de perto — mana, larga eu! — minha voz saiu mais manhosa do que pretendia.


M — porquê? Não, esta mais com sono? — Ela me perguntou confusa
— é que a Aurora quer me pegar no colo, mana — falei e ela deu um sorriso, não é todo mundo, que reage bem com o fato de eu regredir.

M — ok, meu anjo, vai lá — ela falou piscando para Aurora que estava com um sorriso enorme no rosto.


A — vem pequena — falou me pegando em seus braços e fui, o colo dela é bom, gostei — está tudo bem, Anastácia?


— você é cheirosa, e seu colinho é bom — falei meio embolado por conta da chupeta


— você também é cheirosa, anjo e muito — disse fazendo carinho nos meus cabelos, tão bom, o carinho dela era muito bom!


M — vocês duas, vem? — minha irmã perguntou e boiei na conversa!


— a onde mana, desculpa, eu não ouvi — falei meio envergonhada e eu não estava entendendo nada.

C — nos vamos a uma cafeteria — ele apontou para ele, pra mana e para a Léa — vocês vão vir junto ou vão ficar na bolha de vocês?

A — vamos sim, mas que bolha? — ela também estava meio confusa, mas seguiu eles até a cafeteria comigo em seu colo.


POV Aurora.
Ana está aninhada em meu colo, ela é muito fofa e é diferente sabe, mas um diferente bom, lá no cinema pude notar que ela estava com sono, mas não falei nada, então quando acabou o filme a irmã dela a pegou no colo e logo botou a chupeta na boca da menina, achei tão fofo! Lógico que é meio chocante, mas não um choque ruim, é só que não vejo isso com frequência, na verdade, nunca vi.. Me sinto estranha com ela, apenas quero estar perto de Ana quero conhecer ela melhor, parece ser uma menina tão doce, mas confesso que ela é meio pesadinha e cansa de ficar com ela no colo andando.


A — você quer que eu desça do colo? — ela anda lendo mentes por acaso? — sei que é meio ruim andar comigo — ela disse sem jeito e tive vontade de morde-lá de tão fofa que é!


— se não for incomodo para você tudo bem, mas se quiser ficar, pode ficar sem problemas — ela logo desceu — prometo te dar colo lá na cafeteria ok.


A — sim titia — ela disse sem jeito e sua irmã logo falou para ela.


M — da, a mão para a Aurora, ou para mim, não quero que você se perca novamente — ela falou em tom brincalhão e Ana logo estava com a mão entrelaçada na minha.


— mana a cafeteria é muito longe eu tá com fome — ela disse fazendo um biquinho — quer dizer, quero comer — ela se corrigiu quando percebeu que tinha falado errado.


M — chegamos meu amor — ela falou para Ana que comemorou batendo palminhas e pulando.
— boa noite — disse o garçom lançando um sorrisinho nojento para Anastácia, que apertou minha mão inconscientemente, ele entregou os cardápios e nos levou até a mesa.


— obrigada — falou Léa, ela também não gostou dele, na verdade, ninguém gostou.
Eu me sentei no canto do lado da janela a Melanie do meu lado, charles e Léa na frente e eu logo chamei a Anastácia que cochichava algo no ouvido da sua irmã.


— Anastácia, vem eu te prometi que te pegaria no colo aqui no café vem — ela olhou para baixo meio decepcionada — se você não quiser, não precisa Ana


— não, não é isso é que eu to com vergonha — falou ela olhando para seus sapatos lustrado dela


— porquê? Por que está com vergonha? — quando eu ia continuar a Melanie se intrometeu.
M — é que ela quer tomar, mama — continuei sem entender, aí a mel apontou para a mamadeira — entendeu?



Puxei a Ana para meu colo e peguei a mamadeira mostrei meu melhor sorriso e o mais sincero para que ela pudesse se sentir segura, eu não entendo nada disso que ela tem, porém, deve ser bem chato algumas situações assim, pois, ela não está fazendo nada de errado, mas as pessoas... As pessoas podem ser bem intrometidas e maldosas. Sei pois senti isso na própia pele.


— Anastácia, olha para mim — falei e ela olhou meio sem jeito — você quer que eu dê mama para você? — pude ver seus olhinhos brilhando


— é que eu tem medo que você ache eu, uma aberração e depois deixe eu, e achei você legal e não quero que você vá embora, quero que você seja amiga de eu — era fofa a forma com que ela tentava se explicar, mas acabava se embolando e ficava vermelha


— Ana sei que você não me conhece que estamos nos falando primeira vez, mas uma coisa tu podes ter certeza eu nunca vou te fazer mal! Muito menos te deixar por coisas tão simples assim...

Little angel (Em Pausa) Onde histórias criam vida. Descubra agora