:: título: "cólicas menstruais"
:: tamanbo: curto - médio
{S/n narrando}
——— ☎️ 💊 😓 🛌 🥔 ———-
Eu me contorcia na cama em posição fetal esperando que o remédio fizesse efeito e me livrasse daquela terrível cólica. Se eu não a tivesse, estaria bem mais feliz.— Dustin! - grito, mas não obtenho respostas, o que era estranho, pensei que ele estivesse com os amigos dele em casa.
Até que escuto passos e logo vejo uma juba que eu conhecia bem e lindos olhos cor de mel, até tinha esquecido da cólica da vergonha que senti de estar com pequenos shorts e uma blusa regata.
— Oi, posso entrar? - tento parecer pouco envergonhada e apenas assinto com a cabeça, fazendo Steve dar um passo para dentro. - está tudo bem? Dustin saiu com o pessoal e eu fiq-
Ele é interrompido com o meu rápido movimento de me contorcer e colocar o rosto no meu travesseiro para conter os murmúrios de dor.
— Você está bem? - diz quando eu relaxo meus músculos, ele tinha uma voz carinhosa. Ele caminha até mim e coloca a mão quente em minhas costas, me ajudando a focar naquele ponto morno.
— Sim, apenas cólicas.
— Entendi. Dustin saiu com os meninos para comprar porcarias e me deixaram pra trás dormindo... - ele resmunga. - só porque eu queria algumas Pringles.
Eu rio com seu tom de brincadeira.
— Sorte sua, meu caro, abre a última gaveta. - ele aponta e eu aceno ja sentada na minha cama.
Ele ergue uma Pringles como uma criança que ganhou pirulitos e caminha sentando ao meu lado.
— Escondo do Dustin, senão ele oferece para os amigos e até pros anões do jardim. - eu viro meu corpo para ele, apoio meu cotovelo na cama segurando minha cabeça e descanso meu braço na lateral de minha barriga.
— Bom ponto. - ele sorri abrindo elas e logo ergue para mim.
— Valeu. - pego e como, já sentindo a dor aliviar mais.
— Foi mal, eu não sei lidar com essas coisas. Sabe, sem irmãs na casa Harrington. - ele coça a nuca levando algumas Pringles à boca.
— Acontece. Já está melhorando, gosto de falar com você.
— Oh. - eu vejo seu rosto se avermelhar.
— Estava precisando me distrair para aliviar a dor, geralmente Dustin fala demais, então é só perguntar sobre seu gibi favorito e já tenho 20 minutos ocupados.
— Ah, eu sei bem disso. Ontem ele falou por uns 40 minutos sobre D&D, eu não aguentava mais. - ele ri.
Passamos um tempo ali, apenas conversando e eu já nem lembrava da cólica. Era difícil esconder os sentimentos por aqueles lindos olhos e sorriso fofo. Ele tinha cheio de perfume masculino refrescante que me remetia as praias da califórnia, mas ele tinha um ar de interior com seus tênis incrivelmente brancos e camisetas de uma cor.
Chegou em um ponto da conversa em que estávamos na mesma posição, um de frente para o outro com joelhos se encostando. Seus olhos vacilavam em algumas conversas, mas tentavam seguir firmes nos meus.
— Eu nem ao menos entendo o que aquela velha fala, a matéria dela parece ser escrita em grego. - gargalho pelas suas expressões exageradas.
— Meu Deus, e quando ela- a porta abre de leve
— S/n, você viu o Steve? - O moreno abre um sorriso imenso vendo o desgosto do amigo ao ver sua irmã e seu grande amigo na mesma cama.
— Oh, Oi Dus. - Steve sorri nervoso se levantando. Não contenho a pequena risada que sai de minha boca.
— Não me vem com "Oi Dus" - faz uma vozinha engraçada - SAI DO QUARTO DA MINHA IRMÃ! - Steve corre não querendo ter um sabre de luz em sua cabeça mais tarde.
— Tá pegando o Steve, S/n? - Lucas comenta rindo e Dustin lhe dá um olhar mortal.
— Talvez... - ergo a sobrancelha e depois gargalho - Cala boca, Lucas! - jogo meu travesseiro no moreno sorridente, o qual o amigo cacheado reclamava ao lado sobre seu melhor amigo estar dando em cima de sua irmã.
— Deixa de ser dramático, Dustin.
— Eu não quero nem saber- sua voz vai ficando abafada enquanto ele sai com o amigo do quarto.
Rio e pego uma revista a escrivaninha, logo vendo a porta ser fechada e Steve trancar enquanto Dustin batia freneticamente na mesma.
Steve caminha até mim recebendo meu olhar de confuso. Tira uma caneta do bolso e anota na ponta da revista um número de telefone, suponho que era o dele.
— Me liga, linda. - ele deixa um selar em minha bochecha me deixando vermelha tal como ele.
— Claro, mas, me diz, por que você carrega uma caneta no bolso? - eu rio da ação de tiozão dele.
— Nunca se sabe quando vai dar um número para uma garota linda. - ele pisca.
— HARRIGTON!! - Dustin grita.
— JÁ VOU!! - ele pisca e abre a porta com cuidado, tentando desviar dos tapas de Dustin.
Eu rio e corto o número da revista deixando debaixo do meu telefone de fio cor maçã-verde.
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Com amor, lua
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𝒊𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔 | s t r a n g e r t h i n g s & i t - 𝒑𝒂𝒓𝒕 2
Rastgele{ 🚐 🧇 🎃 🎈 🎞️ 📼 } "A leitura é o fim do preconceito." - a livraria mágica de Paris, Nina George. Com amor, lua.