Capítulo 7

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Olá meus amores, tudo bom? Me perdoem pelo atraso, espero que gostem do capítulo.

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Otávio***

Após deixar Jaqueline na casa da sua amiga, levei Duda até sua casa. Eu ainda não estava tranquilo, tinha um pressentimento de que aquele indivíduo ainda iria aprontar. Por mais que existam leis que protegem a mulher vítima de agressão, o sistema ainda é falho. Na minha concepção, o agressor já deveria ficar preso. Na maioria dos casos, eles não respeitam essa medida protetiva. Até porque, ninguém fica vigiando, para ver se a lei será respeitada ou não.

Eu veria uma forma de ajudar Jaqueline, talvez a convidasse para conhecer o projeto da empresa. Mas não queria que ela pensasse que estava me intrometendo em sua vida. Ainda não sabia como me aproximaria, e abordaria sobre o assunto, mas sentia a necessidade de ajudar de alguma forma.

No domingo, eu fui almoçar na casa dos meus pais, e mais uma vez, minha mãe começou com a ladainha, de que já estava passando da hora de me casar. O assunto era todo pautado nisso, em quando eu tomaria vergonha na minha cara, e assumiria um compromisso, que ela queria netos...conversávamos sobre outras coisas, mas ela sempre dava um jeito de voltar no assunto.

— Tio Otávio, quando nós vamos no parque de novo? — Sophia perguntou com uma carinha de pobre coitada, que não enganava ninguém.

— Filha, deixa seu tio em paz. — minha irmã repreendeu, fazendo com que a pequena cruzasse os braços na frente do peito com um bico, mostrando descontentamento.

— Eu quero ir no Shopping. — Laís pediu com olhinhos suplicantes.

— Ok, eu venho buscar vocês essa semana, tudo bem?

— Agora elas não vão te deixar em paz, fica fazendo a vontade delas.

— Tio é para essas coisas, só que primeiro, vamos ter uma conversinha. Eu quero saber, qual das duas, mexeu no meu telefone, e colocou esse som horrível aqui? — mostrei a elas o toque estridente no meu telefone. — Sabe que eu quase joguei ele na parede? — as duas olharam uma para outra, com os olhinhos arregalados.

— Não fui eu. — Sophia se defendeu.

— Eu também, não. — falou Laís.

— Sei, então algum fantasma fez isso, não é mesmo?

— É. — responderam juntas, com carinha de anjinhas sonsa.

— Então vamos ter que ficar de olho, para quando esse fantasma aparecer. Acho que preciso ter uma conversinha séria com ele. — Sophia colocou as mãos na boca, escondendo a janelinha por falta de um dos dentes. Depois de muito tagarelar, saíram correndo para o jardim.

— Otávio, eu tenho pensando, acho que já está na hora de voltar ao trabalho. — eu sabia que não demoraria muito tempo, para que quisesse voltar. Teresa sempre foi muito engajada nisso, era evidente que já não aguentava mais, ficar em casa.

— Você acha que já está preparada para voltar?

— Sim, me sinto bem, e não aguento mais ficar sem fazer nada. Preciso voltar, você sabe a que sempre gostei de trabalhar com os projetos sociais da empresa. Agora estou mais animada do que nunca, tenho muito o que fazer, voltarei a cuidar de tudo, mas darei atenção especial ao projeto Recomeçar. É muito importante para mim, depois do que me aconteceu, tenho certeza de que poderei ajudar muito mais. Eu tenho muito a contar. — Eu concordava, os projetos sempre foram importantes, e com tudo o que aconteceu com ela, por pior que tenha sido, servirá de grande ajuda e incentivo para muitas outras. Assim como serviria de alerta, de que o quanto antes denunciar, menos consequências se tem. Teresa é a prova viva, da realidade de muitas mulheres. Ela saiu viva, sem sequelas, é claro que está ainda em processo de recuperação. Mas na maioria dos casos de mulheres que passam por isso, nem saem vivas. O que se vê todos os dias na televisão, são mulheres assassinadas por seus companheiros.

Barreiras de um coração (Spin-off de Uma nova Chance ao amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora