capítulo 42

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Olá meus amores, tudo bom? Vamos a mais um capítulo? 

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Teresa

Cheguei em casa à noite, com um sorriso bobo no rosto, e mesmo tentando controlar, não conseguia. Eu me sentia leve, feliz, apaixonada. Apaixonada, eu estava mesmo apaixonada! E nada seria capaz de estragar meu momento. Um momento que eu merecia viver. Eu me permitiria viver. Sorrindo sozinha, lembrando da minha tarde maravilhosa, fui surpreendida por umas das funcionárias da minha casa. Meu rosto esquentou na hora, de vergonha. Ela não sabia, não podia ler meus pensamentos, ainda assim, me senti constrangida. Minha euforia era tão grande, talvez fosse até mesmo possível perceber. Era bem provável que alguém olhasse para mim, e pensasse: essa mulher acabou de transar. E não foi uma transa qualquer. Fernando era espetacular, um deus do sexo. Exagero? Ah, não, de maneira nenhuma. Aquele rapaz era um espetáculo. Em todos os sentidos. É bonito, ou melhor, lindo. Sabe como agradar uma mulher, sabe fazer gostoso. Sexo bom, quente, apaixonado...não me arrependia de nada. Tudo foi tão delicioso e prazeroso, porque me arrependeria.

Tão louca estou ficando, que até mesmo falando sozinha estava. Me recompus, tentei disfarçar, era capaz dos empregados acharem que eu tinha ficado louca, rindo sozinha.

— Meus pais onde estão? — indaguei ao passar por ela.

— Eles saíram à tarde. Tentaram ligar para seu telefone, mas não conseguiram.

— Aconteceu alguma coisa? — abri minha bolsa, a procura do meu telefone. — Telefone descarregado. — resmunguei para mim mesma. Como fui deixar isso acontecer?

— Sim, ela não deu muitos detalhes; mas foi algo relacionando a seu irmão e a noiva.

— Meu Deus, será que a encontraram? Eles não falaram mais nada? Que horas saíram de casa?

— Eu não sei bem o que aconteceu. Eles saíram após o almoço, e pediram para a senhora entrar em contato com eles assim que chegasse.

— Tudo bem, vou ligar imediatamente. Obrigada! E as meninas?

— Estão na sala, assistindo TV.

Quando coloquei meu telefone para carregar, tinham várias mensagens na caixa postal. Mais de 10 ligações perdidas. Pensei apenas em mim, acabei deixando meus pais preocupados. Quando consegui falar com eles, já passavam das 9 horas da noite. Tinha colocado as meninas na cama. Fiquei angustiada, pensando na besteira que fiz. Acabei me sentindo culpada; por minhas filhas, meus pais, meu irmão.

Tantas coisas aconteceram e, eu incomunicável. Agora, a única coisa a se fazer, era pedir a Deus que tudo ficasse bem. Antes de dormir, recebi uma mensagem de Fernando. Senti uma alegria, e de volta a sensação de adolescente apaixonada. Ele era fofo, e sua mensagem me reconfortou. Fez-me esquecer por alguns instantes de toda a tragédia. Conversamos durante um tempo, contei a ele sobre o ocorrido. Ele se ofereceu para ir junto comigo visitar meu irmão. Mas não achei prudente. Como eu explicaria aos meus pais? Não, apesar de ter ficado muito feliz com a preocupação dele, eu não podia fazer isso. Ainda não tínhamos uma relação, nem sabia como seria na verdade. Apenas queria aproveitar o momento, e deixaria o tempo nos mostrar se era mesmo uma relação, ou apenas momentos.

Pela manhã, dei café as meninas, tive que explicar a ausência dos avós. Só não contei em detalhes, mas disse que seu tio estava passando mal, por isso precisava ficar uns dias no hospital. As duas ficaram reclamando, por não poderem ir visitá-lo. Saí de casa já se passavam das 8 horas da manhã. Eu pretendia sair mais cedo, porém, precisava conversar com minhas filhas. Apesar de serem pequenas, eram bem espertas. Como a Cidade era um pouco afastada do Rio, eu demoraria pelo menos umas duas horas para chegar. Fiquei durante muito tempo sem dirigir, para onde eu ia, era com motorista, mas já faziam uns três meses que resolvi tomar coragem, e voltar com minha rotina. Tomar as rédeas da minha vida. A terapia, havia me ajudado bastante a vencer meus medos. E o trabalho com a fisioterapeuta também trouxe um excelente resultado. Porque até pouco tempo atrás, eu tinha tanto dificuldades na fala, quanto para me locomover. Usei muletas por um longo período. Durante o percurso até o hospital, fiquei pensando na liberdade que eu tinha recuperado. Como era bom me sentir livre e plena. Dona das minhas decisões e da minha vida. Custei muito para entender, e o preço que paguei foi alto, por me deixar seduzir e intimidar por um covarde manipulador.

Barreiras de um coração (Spin-off de Uma nova Chance ao amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora