Capítulo 44

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Olá meus amores! Tudo bom?

Vamos ao capítulo de hoje?

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Otávio

Antes de irmos embora, fizemos a ultra sonografia para saber o sexo do nosso bebê. Eu cheguei até a pensar em deixar para depois, quando estivéssemos mais tranquilos e, com minha médica. Mas já que estávamos ali, aproveitamos e, Otávio insistiu muito, estava ansioso. Entramos no consultório da obstetra, ele ficou sentado em uma cadeira de rodas, para não se esforçar muito, ao lado da cama. A médica colocou aquele gel gelado em minha barriga, logo começou o procedimento. Ouvimos o coração do bebê. Olhei para ele, estava emocionado, seus olhos marejados e brilhando.

— Estão preparados? — a doutora perguntou

— Sim. — respondemos juntos

— Aqui está. — ela apontou para a tela.

— E então doutora, o que é? — perguntou não contendo a ansiedade.

— Uma menina.

— Uma menina. — ele repetiu deixando as lágrimas descerem. A médica confirmou.

Todo o tempo, ele segurava minha mão, e ao receber a confirmação, a levou aos lábios e beijou. Otávio ficou tão eufórico, tive que pedir que se controlasse para não correr o risco de prejudicar sua cirurgia. Choramos emocionados, eu pensava que ele ficaria feliz se fosse um menino. Mas ao vê-lo daquele jeito, entendi que o resultado o agradou muito. Otávio chorava tanto, que eu chorei de vê-lo chorar. Não que eu não estivesse emocionada, mas sua emoção me contagiou de uma forma diferente. Parece até que ele já sabia do resultado, como se ele sentisse e, a confirmação fosse uma espécie de refrigério para ele. O sorriso junto ao choro, o suspiro de alívio, não sabia bem dizer ao certo o que era. Mas senti algo especial, que queimou forte dentro de mim. Me sentia imensamente feliz e abençoada.

Confesso, eu fiquei mesmo satisfeita por estar grávida de uma menina. Claro que eu amaria de toda forma se fosse um menino. Mas o fato de ser uma menina, foi o máximo para mim. Já começava a imaginar toda a decoração do quarto, as roupinhas...aqueles vestidinhos fofos com lacinhos. Era um sonho!

Quando chegamos em casa, minha cunhada já havia contratado a enfermeira, e para minha alegria, era uma senhora com aproximadamente uns 50 anos. Minha expressão de contentamento não passou desapercebida, meu suspiro de alívio me entregou, e Otávio não se conteve. O homem começou a rir em provocação. Dei de ombros sem me importar. Seguimos para o quarto, depois dele tomar banho e ter seu curativo trocado, foi a hora da comida. Simone já tinha preparado tudo. Fez uma sopa de legumes, ele só não reclamou porque estava muito boa. Até eu comi, ainda repeti. Passamos a tarde vendo filme deitados na cama. Matando a saudade.

No hospital, não tínhamos como ficar desta forma, porque a cama era pequena demais, além de não ser permitido. Não podíamos fazer grandes esforços, mas só o fato de estamos juntos, fazendo carinho um no outro, no conforto de nossa cama, era o suficiente para ficarmos contentes e principalmente aliviados. O único inconveniente, era lembrar daquela cena. Aquela mulher nua em nossa cama, agarrada a ele, também nu. Um desconforto, e um nó se formou em minha garganta. Uma raiva e tristeza ao mesmo tempo. Quando penso que deveria ter agarrado aquela mulher pelos cabelos e expulsado ela da nossa cama, me dá raiva. Só que não adiantava sentir-me assim, de toda forma, eu não conseguiria resolver muito. Tudo estava armado. Não havia o que fazer, talvez somente piorasse as coisas.

— Um beijo pelos seus pensamentos.

— Só um?

— Todos o que você quiser. — tentou virar de lado, e logo sua expressão mudou.

Barreiras de um coração (Spin-off de Uma nova Chance ao amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora