Barreiras de um coração (Spin-off de Uma nova Chance ao amor)

Capítulo 33

Olá meus amores, tudo bom? Espero que sim. 

Antes de continuar, queria dizer que não esqueci do livro Felizes para sempre. Falta pouco para Barreiras do coração, chegar no mesmo período. Logo, teremos capítulo novo. 

Agora vamos a mais um capítulo?

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Jaqueline

A semana passou se arrastando. Eu tinha uma consulta agendada para sexta feira, já havia dado início ao pré-natal. Otávio, também tinha marcado para o mesmo dia, o exame que confirmaria se realmente era pai, do filho daquela mulher. Eu estava muito nervosa, o que alterou um pouco minha pressão. A minha doutora aconselhou repouso durante o final de semana, apesar de na ultra sonografia, tudo parecer bem. Fiquei um pouco chateada, pois, o exame que meu noivo faria, fora marcado para o mesmo horário da minha consulta. Ele até disse que adiaria, mas eu não aceitei. Queria logo resolver essa questão, tirar a dúvida que me angustiava. Outras ultras viriam, então, não tinha porque fazer um drama em cima disso. Lógico que por dentro, eu não estava bem, mas fazia de tudo, pra ele não perceber. Eu não queria ser aquela mulher queixosa, que reclamava de tudo. Já bastava estar com meus hormônios alterados, por conta da gravidez.

— Como foi a consulta? — ele pergunta, quando entro no carro.

— Minha pressão, subiu um pouco.

— Sério?

— Calma! Está tudo bem com o bebê. — o acalmei — Só preciso fazer um pouco de repouso. E com você, tudo bem?

— Sim. Agora é só aguardar, o resultado ficará pronto em uma semana.

— Você viu o menino?

— Não. Eu prefiro esperar o resultado. Não quero bagunçar a cabeça dele, mais do que já deve estar.

— Entendo. Mas você não tem curiosidade?

— Tenho, mas acho melhor assim. Porque se ele não for meu filho, não crio ilusões, não me apego. E o menino também não sofre. — era bem sensato da parte dele, pensar assim — Não consigo entender, como ela foi capaz de uma coisa assim. Ainda não entrou na minha cabeça.

— Eu também não entendo. É tudo muito louco!

Eu tinha planejado ir no final de semana na casa dos meus sogros. Conversaríamos sobre os preparativos do casamento, data, vestido...mas tive de remarcar. Precisava mesmo descansar, essas duas últimas semanas foram desgastantes. Sei que logo minha barriga começaria a aparecer, mas também não dava para fazer tudo correndo. Chegamos em casa, fui tomar banho. Quando terminei, ele estava na cozinha, aquecendo uma torta de frango que Simone havia deixado na geladeira. Eu estava morrendo de fome, cortei um pedaço, coloquei em meu prato. Ele me serviu um pouco de suco, sentamos ali mesmo na cozinha. Enquanto comíamos, conversávamos sobre nosso dia, nossos planos. Tentamos deixar de lado todos os problemas, e apenas relaxamos. Eu imaginava como estava sua cabeça, a ansiedade por saber o resultado daquele exame. Era algo bem complicado.

— Amor?

— Hum.

— Você gostaria que esse menino fosse seu filho? — ele ficou me olhando por um tempo, talvez surpreso por minha pergunta, ou por não saber o que me responder.

— Sinceramente, não sei. A única coisa que eu posse te afirmar com certeza, é que se ele for meu filho, eu vou fazer de tudo, para recuperar o tempo perdido. Vou tentar ser o melhor pai para ele.

— Tenho certeza que sim.

Nem sempre, entendemos as coisas que acontecem em nossa vida. Os motivos, pelo qual passamos por determinadas situações, somente Deus sabe. Tem batalhas que são duras demais, outras mais leves. Vivi algumas situações difíceis; mas, sempre procuro pensar, que existe alguém, passando por coisa pior do que eu. Não gosto de reclamar da vida, ficar se lamentando não traz resultados. Tudo o que tivéssemos de enfrentar, enfrentaríamos juntos. Apesar de tudo isso, algo realmente me deixava mais tranquila. Fábio, por fim, parecia ter me deixado em paz. Não ligava, e muito menos mandava mensagem. Eu queria acreditar, que essa página, tinha sido virada. A vida é assim, uns problemas se vão, outros surgem. Cada um com um peso diferente em nossas vidas.