Capítulo 46

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Olá meus amores, tudo bom?

Vamos a mais um capítulo?

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Jaqueline

— Otavio, quem é Maya? — meu coração estava batendo tão forte, achei até que sairia pela boca, de verdade.

— Maya? — me olhou confuso, ainda com sono.

— É Otávio, Maya. — comecei a ficar irritada, meu tom de voz aumentando. Ele sentou na beirada da cama, seus pensamentos pareciam longe, ajeitou os cabelos bagunçados, se espreguiçou e me olhou novamente. De repente pareceu lembrar, então me olhou de um jeito estranho.

— Maya, é o nome da nossa filha. Quer dizer, será se você concordar. — falou com a testa franzida, sua expressão era de surpresa. — Onde você ouviu esse nome, como sabe?"

— Você sonhou, — respondi, me sentindo aliviada e, ridícula ao mesmo tempo. — falou esse nome enquanto dormia. Repetiu ele algumas vezes, parecia bastante agitado.

— Hum... — apertou os olhos — então deixa-me ver — bateu o dedo indicador na cabeça, como se pensasse — Você achou que eu estava sonhando com mulher, não é mesmo? Ahhh, agora lembrei de algo! — estalou os dedos, em seguida balançou o dedo indicador no ar — Você quase me jogou pra fora da cama. Foi sim, eu acordei assustado sem entender o motivo do terremoto, mas estava tão cansado que voltei a dormir. Mas, agora está tudo bem claro..."

— Está bem, já chega! Confesso, imaginei coisas, criei paranoias...sinto muito! — coloquei as mãos no rosto envergonhada, estava vermelha com certeza, sentia a pele queimar."

— Tudo bem, vem cá! me puxou para mais perto, fazendo carinho em minha cabeça, como sempre ele era pura compreensão, enquanto eu, não sabia o que acontecia comigo.

Não entedia o motivo de me sentir desta forma, tão insegura e ciumenta. Eu mesmo não gostava do meu comportamento. Sentia-me ridícula, mas era natural, não era? Meu medo era de com isso levar Otávio ao limite, perdendo a paciência comigo. Mas quando percebia, já estava agindo impulsivamente. Não era intencional, as emoções vinham e iam da mesma forma. Ora eu estava tranquila e confiante, outras insegura. Assim como tinha meus momentos de tranquilidade outros de estresse. Com isso, agia de modo irritativo por muitas vezes. Depois me arrependia. No que se refere ao ciúme, de verdade eu confiava nele, mas não conseguia controlar meus impulsos. Talvez meu medo de ser abandonada, traída, fosse tão grande que instintivamente eu agia assim. Cheguei a conversar com minha psicóloga sobre isso. Eu precisava trabalhar essa questão. Não é que deixaria de sentir ciúmes, mas os exageros, as paranoias, poderiam ser trabalhadas. Tinham que ser trabalhadas, porque poderiam com certeza atrapalhar nossa relação. Eu não queria causar um desgaste por conta disso. Por outro lado, sabia que a gravidez também alterava meu estado de humor. Não era somente os desconfortos físicos, havia o mental também. Eu tinha variações de humor constante, irritações, que me deixavam irritada comigo mesmo. Os raios dos hormônios que mexiam com todo meu organismo. Minha sorte que eu tinha um homem de ouro. Mais paciente do que ele, estava para nascer, ou quem sabe, nunca nasceria. Podia dizer que acertei na loteria. Ah, sim, ele é perfeito! Mesmo com suas imperfeições, porque evidentemente ele tem. No entanto, era mais que perfeito para mim.

— Mas então foi assim, através de um sonho? — minha amiga questionou perplexa.

— Bem, na verdade é muito além disso. Ele me contou que, quando fui sequestrada, teve um dia no qual estava muito triste e, ele foi andar um pouco na orla da praia. Então resolveu sentar na areia e ficou ali, sozinho, pensando...enfim, vou pular essa parte porque dói meu coração lembrar.

Barreiras de um coração (Spin-off de Uma nova Chance ao amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora