Capítulo 47

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Olá, meus amores! Tudo bom? Muito tempo sem postar um capítulo. A vida corrida, estou trabalhando muito. Mas... vamos lá, seguindo em frente. Senti falta de vocês! Espero que gostem do capítulo. 

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Jaqueline

Os meses estavam voando, no entanto, para mim, parecia uma eternidade. Eu só percebia o tempo correr, por ver minha barriga no espelho todos os dias, e as roupas apertadas. De fato, eu estava enorme, isso me deixava um pouco cansada as vezes. Dormir era uma tarefa muito complicada, tinha momentos até que pensava em dormir sentada. A parte sexual, já começava a se complicar, alguns momentos, chegava a ser engraçado. O tempo todo eu tentava encontrar posições confortáveis, para nossos momentos. Não que ele me exigisse, ao contrário, Otávio sempre ficava preocupado em não me machucar. Mas o fogo era tanto, que eu não me importava com os incômodos.

Mas a verdade é que eu tinha era muita sorte, por ter um homem bastante carinhoso e muito paciente. Ah sim, porque haja paciência, tinha momentos que nem mesmo eu, me aguentava. Bom, por outro lado, eu estava com a libido em alta. Então, era uma aflição, eu queria sexo o tempo todo, mesmo sabendo das dificuldades nas posições. Essa era a parte onde ele comandava com toda calma do mundo, calma até demais às vezes. Pois eu queria matar ele em determinados momentos. O meu apetite sexual estava meio que, descontrolado. Minha médica disse que era normal. Achei que estava ficando com alguma espécie de psicopatia. Ainda lembro a cara da minha psicóloga, e sua gargalhada com tantas perguntas loucas que fiz.

O ciúme também foi algo que ficou bem aflorado. Me sentia enorme e gorda, comendo o tempo todo, brigando e chorando. Ah...que momento! Meu noivo sempre calmo, mas tenho minhas desconfianças de que em alguns momentos, ele deve ter procurado algum lugar para gritar. Acredito até que ele descontava naquele saco de pancada que ele usa em seus treinos. Porque não é possível, ninguém é tão calmo assim. Recordei-me de certo dia, no final do expediente, estava próximo dos 7 meses, a barriga só crescendo. Entramos no elevador, e uma ruiva com um corpo espetacular, um vestido vermelho completamente colado ao corpo, olhou para ele, somente para ele, cumprimentou com um oi longo demais e um sorriso muito largo. Consegui ver todos os dentes, até a garganta dela.

— Oi pra você também! Ou por acaso estou invisível! Acho que não né, porque com a barriga desse tamanho aqui, — fiz um movimento circular com as mãos alisando a barriga — impossível não me ver.

— Jaqueline! — Otávio tinha os olhos arregalados. Acredito que ele não esperava por essa reação. Nem eu.

— O quê? Estou errada então? Estamos só nós dois aqui, ela entra no elevador e só fala contigo. Estou invisível por acaso?

— Tudo bem, querido! — a mulher chamou ele de querido?

— Você chamou ele de querido? — se Otávio estava assustado? Ah, ele estava, porque seus olhos praticamente saltaram, a merda estava feita. E a mulher continuou me ignorando, para piorar a situação.

— Estou acostumada com isso, não me afeta.

— Ah, sim, claro que está acostumada! Parece ser bem o seu tipo, dar em cima de homens alheios.

— Meu anjo...

— O quê, Otávio?

— Nossa, que mulher mal educada! — só vi ele colocar a mão na cabeça e bufar.

— Mal educada, eu? Você, entra no elevador, cumprimenta meu noivo com essa boca arreganhada, e eu sou a mal educada?

— Seu noivo? — vontade de rir da cara de decepção dela. Mas a raiva era maior do que a vontade de rir.

Barreiras de um coração (Spin-off de Uma nova Chance ao amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora