Barreiras de um coração (Spin-off de Uma nova Chance ao amor)

Capítulo 49 parte 1

Olá meus amores, tudo bem? Espero que sim. Para não ficar na falta com vocês, vou postar esse capítulo em duas partes porque é um pouco grande e a correria no meu trabalho não consegui corrigir. 

Logo posto a parte 2 

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Jaqueline

Dormi e acordei com o entra e sai de visitas dos meus amigos e familiares. Todos querendo ver Maya, querendo estar perto de mim, oferecendo apoio e carinho. E claro, todos, sem exceção, apaixonados pela nossa princesinha. E não tinha como ser diferente, eu sei, todos os bebês são fofos e encantadores, nos despertam algo diferente, talvez pelo fato de serem sempre um milagre da vida, ou pela pureza, não sei ao certo, mas o sentimento que um nascimento causa na gente é indescritível. Alguém próximo a nós, que vai fazer parte da nossa vida, do nosso cotidiano. Normal esse sentimento tão grandioso. E se meus amigos e familiares estavam tão apaixonados, imagine Otávio e eu. Nem tenho palavras para definir a grandiosidade do sentimento.

No dia seguinte, logo após todas as visitas irem embora, senti meu corpo pesado, os olhos cansados, por mais que eu quisesse me manter acordada já não conseguia, o cansaço me venceu. o dia foi bem movimentado então era normal, porém, queria ficar admirando nossa filha, a forma como Otávio a admirava, encantado com ela e eu, encantada com ele, com esse momento mágico, com a energia que emanava. Era esplêndido! Mas o cansaço falou mais alto e o autocontrole dos meus olhos já não me pertenciam. Aos poucos fui apagando, e lentamente relaxei meu corpo, na certeza de que ao acordar eles estariam ali. Viveríamos um novo tempo, um recomeço.

A coisa mais linda da vida, além da própria dádiva de viver, era a fé e a esperança de que tudo sempre vai dar certo. Fé na vida, nas coisas maravilhosas que podemos ter, em nossos sonhos...fé no futuro. E nosso futuro estava ali, nossa família. O amor e a cumplicidade que tínhamos um pelo outro.

Acordei com silêncio acolhedor, e uma sensação de que tinha dormido por dias. O corpo estava leve, descansado. Tentei levantar os braços para esticar um pouco o corpo, porém, senti uma pontada e me recostei com medo de fazer qualquer movimento brusco e colocar a perder a possibilidade de ir para casa o quanto antes arrebentando algum ponto. Esbocei um sorriso ao lembrar que logo receberia alta. Que emoção pensar em todos os acontecimentos, saber que tudo valeu a pena, apesar dos sofrimentos que passei. Iria para casa, meu lar! Minha família! Geralmente o tempo de internação gira em torno de 2 a 3 dias, dependendo da situação de cada paciente e de como foi o parto. mas no geral, não passam de 3 dias. Eu tive um parto complicado, porém, no final, tudo correu bem e minha recuperação estava além das expectativas médicas. Tudo não passou de um susto. segundo o próprio médico que cuidou do meu parto eu tinha um organismo forte e teria uma boa recuperação, mas precisava de cuidados como qualquer mulher que acabou de dar a luz.

A ansiedade me consumia por estar logo fora daquele ambiente de hospital. Não via a hora de ir para casa com minha filha, no conforto do nosso lar, louca para viver esse novo tempo, era tudo que eu queria. Subi um pouco mais o corpo, consegui ficar praticamente sentada, não era tão confortável, mas já conseguia sem sentir que minha barriga fosse abrir. Que sensação horrível! Olhei em todos os cantos do quarto, foi então que percebi que estava sozinha. Quando adormeci, Otávio estava no sofá ao lado do bercinho de Maya, admirando a nossa pequena que dormia tranquilamente.

Tentei mover-me um pouco mais na cama, mas os pontos da cirurgia estavam doloridos. Apesar de estar bem, não dava para abusar. Fiz um movimento descuidado, e nessa hora a cabeça girou, respirei fundo, me recostei novamente, comecei a sentir uma tontura. Fiquei por uns segundos com os olhos fechados e respirando profundamente, tentando controlar aquela sensação horrível. Não conseguiria levantar sozinha, iria precisar de ajuda. Tudo parecia ir tão bem, mas não podia esquecer que passei por uma cesariana, minha barriga foi aberta e costurada, óbvio que sentiria tudo isso.