♱ capítulo 11

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Barrington, New Jersey. USA

21 de julho de 2019

Bailey POV
"De novo."

Eu não aguento mais passar por situações como essa de total nervosismo e estresse. Essa cidade parece atrair coisas do tipo. Estou cansado disso.

Após chegarmos no restaurante da família Besson, escutamos os gritos que Corbyn estava falando. Eles eram pedidos de socorro.

Não sei em que momento viramos pessoas com "corações tão moles", para termos achado que seria uma boa ideia vir até, no que aparenta ser, um galpão abandonado. Antigamente, nós nunca faríamos isso.

O Bailey antigo não teria orgulho do Bailey atual, que está, provavelmente, arriscando sua vida para salvar a de outra pessoa. Digo o mesmo da Sabina, Hina, Josh e Noah, o único que se salvava era o Lamar. Ele sempre foi o que nos dava sermões quando agíamos de maneira ruim (normalmente, sem nem perceber). Eu sei que é um pouco errado dizer isso, mas são apenas verdades.

Bom, se quando chegamos aqui, ouvíamos gritos sem parar, agora, o único som existente era o dos nossos passos. É extremamente assustador, como um filme de terror.

— Gente? - escuto a voz de Joalin ecoar - O que é isso no chão? - olhamos para onde a garota estava apontando

— É sangue - Corbyn responde apavorado - Acho que vou vomitar!

— Pelo amor de Deus, Corbyn! - Sabina corre até o menino

— Nós precisamos ir embora daqui. É sério!

— Mas e a pessoa que estava gritando?

— Foda-se a pessoa que tava gritando, Lamar! São as nossas vidas que estão em risco. Você não entende? - Josh encara o moreno, que se cala

— Não precisa falar desse jeito com ele, Joshua! - agora é a vez de Hina entrar na discussão - Você estar nervoso não te dá o direito de tratar as pessoas assim!

— Calem a boca! - grito, interrompendo qualquer tipo de continuidade que a briga teria - Sério que vocês vão inventar de discutir agora? Depois vocês brigam, se quiserem, eu não me importo. Mas agora nós temos que sair daqui!

Eu realmente não aguentava mais ver eles brigando em todas as situações de nervosismo que passávamos. Será que nunca vão aprender que isso sempre dá errado?

— Caralho, aquilo era uma pessoa correndo? - Noah exclama olhando para uma das passagens daquele lugar enorme - Se sim, vamos sair daqui o mais rápido possível, por tudo o que é mais sagrado. Eu nunca pedi nada pra vocês!

Começamos, então, a "correr" em direção à saída do galpão. Porém, no momento em que entramos na primeira passagem do caminho de volta, damos "de cara" com o vulto que Noah havia visto.

A pessoa continua correndo freneticamente, não nos dando oportunidade de ver seu rosto. Conseguimos enxergar, apenas, a parte de trás de seu corpo, coberto por uma enorme capa de chuva, e sua mão esquerda, ou melhor, um gancho. Isso é terrivelmente estranho e assustador.

Continuamos correndo até chegarmos de volta no restaurante dos Besson, de onde não deveríamos ter saído.

— Nós vamos ligar para a polícia, certo? - Lamar questiona desconcertado

— É óbvio que sim! - Corbyn responde irritado, enquanto tranca a última entrada para o estabelecimento

— Foi só uma pergunta, se acalma aí! - defendo meu amigo

— Foi uma pergunta bem burra, Bailey! - wow, pelo visto ele continua nos odiando

— Como você conseguiu namorar ele por tanto tempo? Que cara chato - escuto Joalin sussurrar para a minha irmã. Essa é minha garota

— Só vamos ligar pra polícia logo! - Noah exclama

{...}

Assim que a viatura da polícia chegou, os agentes fizeram uma busca pelo galpão e, logo, nos mandaram ir embora do local. Não entendi tão bem o motivo, mas já imagino o que eles tenham achado lá. Provavelmente, seremos chamados para depor amanhã.

"Wow, olhem como minhas férias estão sendo divertidas" penso ironicamente

Estou no quarto que eu tinha, antigamente, na casa dos Morris, Lamar está comigo. Decido acordá-lo, eu precisava contar uma coisa que não saía da minha cabeça.

— O que aconteceu? - o garoto pergunta sonolento, após eu tê-lo cutucado

— Preciso contar uma coisa - respondo - Mas todos têm que estarem aqui!
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Whatsapp Messages.
(Chat: Bailey, Hina, Josh, Lamar, Noah e Sabina)

Bailey: galera
venham pro nosso quarto, agora
preciso contar uma coisa
(sabina, vem sem a Joalin)

Sabina: você tá me assustando

Lamar: só venham logo

Josh: to levando a Hina e o Noah
pelos cabelos, mas to levando
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{...}

— O que você queria nos contar, que não poderia ser na frente da Joalin? - Sabina questiona, após todos chegarem no cômodo

— Vocês lembram que quando nós demos de cara com aquela pessoa, no galpão, e começamos a fugir, eu fiquei um pouco pra trás, né? - começo a história

— Sim - exclamam em uníssono

— A questão é: quando aquele homem, ou mulher, tanto faz, estava correndo, acabou deixando cair um papel. Foi por isso que eu fiquei pra trás, pra pegar isso - mostro o bilhete que estava em meu bolso - "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado" - leio o que estava escrito no papel

"Meu Deus" foram as palavras que eu mais escutei naquele momento. Não existia, ao meu ver, outra reação possível.

— Será que a pessoa sabe daquilo mesmo, ou foi só uma coincidência? - Noah pergunta para todos - Porque ninguém, além de nós, sabe o que aconteceu

— Sim. Só que pra uma coincidência, ela foi bem específica, não? - Sabina intervém

— Cara, não é possível que a gente nunca vá ter paz - Lamar exclama

— Acho que não - Josh murmura. Ele era quem mais se culpava por toda aquela situação

Mesmo conosco dizendo que todos tínhamos culpa igualmente, Beauchamp sempre falava que se tivesse prestado atenção na estrada, nada teria acontecido.

— Acho melhor nós irmos dormir. Não acho que vá adiantar nada nós investigarmos alguma coisa, sei lá. Só vamos parecer mais suspeitos, dessa vez, por uma coisa que a gente não fez - Hina estava certa

Depois disso, fomos dormir para acordarmos dispostos. Amanhã é um novo dia, não é mesmo?

ɪ ᴋɴᴏᴡ ᴡʜᴀᴛ ʏᴏᴜ ᴅɪᴅ ʟᴀsᴛ sᴜᴍᴍᴇʀ Onde histórias criam vida. Descubra agora