ɪ ᴋɴᴏᴡ ᴡʜᴀᴛ ʏᴏᴜ ᴅɪᴅ ʟᴀsᴛ sᴜᴍᴍᴇʀ

♱ capítulo 14

Barrington, New Jersey. USA

13 de agosto de 2019

Sabina POV
A polícia, enfim, descobriu sobre os bilhetes que estávamos recebendo, não acho que tenha sido o melhor, porém, infelizmente, foi o que aconteceu. Tudo ocorreu na madrugada de ontem para hoje. Dessa vez, ao invés de deixar a pequena carta na nossa casa, a pessoa deixou-a na cena do crime de outro assassinato (se continuar dessa maneira, Barrington irá receber o prêmio de melhor cidade do ano. Terrível). Tudo aconteceu tão rápido, foi uma tremenda confusão.

FLASHBACK ON

12 de agosto de 2019

Estávamos na sala conversando normalmente, a preguiça quase nos tomava, acho que comemos demais. Eu, Hina e Joalin estamos deitadas no chão; enquanto Josh e Noah estão sentados na poltrona; Lamar e Bailey apenas brincam de darem cambalhotas no sofá, alguma hora esses dois ainda vão se machucar. Parecem duas crianças.

— Quem vai? - Josh questiona entediado, ao ouvir o som estridente do telefone

Silêncio.

Conheço-os suficiente para saber que ninguém irá se oferecer para atender o telefone.

— É a sua vez, Joalin! - Bailey exclama

Que a discussão comece. Haja paciência.

— Óbvio que não é! - a loira dá um pequeno, e agudo, grito - Quando fomos pedir comida, ontem, quem ligou pro restaurante fui eu!

— Eu não me lembro disso!

— É claro que não se lembra, né? Você estava tomando banho! - consigo ver as orelhas de Joalin esquentando, isso sempre acontecia quando ela se irritava

Me levanto, sem fazer questão de escutar o contra-argumento de Bailey, vou atender o telefonema, já que, obviamente, nenhum deles iria. Estou acostumada com essas pequenas brigas, sei que elas não os levarão à lugar nenhum.

FLASHBACK OFF

Espero que Joalin possa nos perdoar por termos colocado-a nessa confusão, nada disso que está acontecendo é problema dela. Só queria que a garota pudesse se livrar de tudo isso, como Corbyn se livrou. O problema é: ele tinha um álibi, ela não.

Agora estamos aqui, cada um em uma sala diferente, imagino que todos estejam chorosos, assim como eu (na verdade, chorosa não é uma palavra que conseguiria me definir, eu juro que poderia me afogar em minhas próprias lágrimas agora). Tenho uma sensação tão pesada, talvez um dos piores dias da minha vida.

O bilhete ameaçava Bailey com informações tão pessoais, me pergunto se a pessoa estava nos espionando, a resposta é clara e amedrontadora. Não consigo parar de chorar, só por imaginar alguma coisa ruim acontecendo com o meu irmão. Eu daria minha vida para salvá-lo, caso fosse preciso.

— Vamos come... - Pepe entra falando na pequena sala, mas para abruptamente ao ver meu estado - Sabina, ei, fica calma! - o homem se aproxima um tanto quanto desesperadamente - Quer me contar o que está sentindo? - imagino que ele esteja receoso, porém, demonstra tentar ser o mais delicado possível

— E-eu não co-consigo - gaguejo

Minha visão está totalmente embaçada pela quantidade de lágrimas que caem dos meus olhos, eu não sou capaz de fazer minhas mãos pararem de tremer. Minha situação é degradante.

— Foram as coisas que aconteceram ontem? - assinto - Vai ficar tudo bem, okay? Nós vamos proteger vocês, independente de tudo. Não iremos deixá-los sozinhos nessa! - Pepe coloca sua mão sobre a minha e entrelaça nossos dedos gentilmente, me deixando um pouco mais confortável - Eu vou pegar um copo de água pra você, enquanto isso, respira fundo - apenas confirmo com a cabeça e tento fazer o que ele pediu

23 de agosto de 2019

Sabina POV
Hoje, eu e Pepe iremos sair para jantar, estou tão nervosa, à ponto de ter um ataque do coração. Não sei por que estou assim, não é como se algo pudesse acontecer, ele seria demitido na certa.

— Ai, meu pai! - digo, ao ver sua mensagem falando que havia chegado aqui - É agora, socorro!

Vou correndo até a porta, sem fazer tanta questão de me esconder. Bailey e Joalin estão concentrados demais jogando videogame no quarto do garoto, agradeço aos céus por esse pequeno vício dos dois.

— Oi! - ele fala animado, quando entro no carro

— Oi, oi! - o cumprimento, tentando fingir tranquilidade. Tentativa falha, só demonstrei mais animação ainda - Aonde vamos?

— Surpresa! - dá um sorriso sapeca, parece uma criancinha

— Ah, nãoo! Eu odeio surpresas - reclamo manhosamente - Bem que você podia contar, né? Não custa nada - Pepe nega com a cabeça - Nem 1 diquinha?

— Nenhuma! - bufo, o fazendo rir

— Isso é tão injusto!

— É a vida - dá de ombros, enquanto eu fecho a cara

Tenho um pressentimento de que essa noite vai ser inesquecível. Nunca torci tanto para estar certa.

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um capítulo extra só pra vocês entenderem como pebina se aproximou