ɪ ᴋɴᴏᴡ ᴡʜᴀᴛ ʏᴏᴜ ᴅɪᴅ ʟᴀsᴛ sᴜᴍᴍᴇʀ

♱ capítulo 18

Barrington, New Jersey. USA

7 de setembro de 2019

Sabina POV
Bailey me contou o que estava acontecendo com ele, foi um choque para mim.

Acho que todos sabemos o quão é desagradável uma conversa, e uma situação, dessas, mas ele me prometeu que, hoje mesmo, ia tentar marcar um horário para uma consulta. Espero que ele cumpra a promessa.

Semana passada, eu e Pepe havíamos combinado de nos encontrarmos hoje, porém, dado aos últimos acontecimentos, não acho que eu esteja no clima de sair. Mas, sei lá... talvez ele me anime. Estou contando com isso.

Desço as escadas lentamente, em direção à porta de entrada. Joalin ainda está dormindo, Bailey e eu preparamos um café, mais que especial, para quando ela acordar. Estávamos mimando a garota, para que ela repensasse a ideia de matar-nos, após receber a notícia que a daremos hoje.

Fico sentada na calçada de casa, com o vento batendo levemente em meu rosto. Eu gostava de apreciar esses momentos em que eu ficava sozinha. Eu trato-os como momentos de paz, momentos que fazem-me refletir. Normalmente, eles não duram muito tempo (e, realmente, não devem durar), como é o caso desse.

— Hey! - Pepe diz alegre, como sempre, mas logo tem sua feição drasticamente mudada, ao ver meu estado. Eu estava tão ruim assim? - O que aconteceu? - o homem, rapidamente, abre uma das portas do carro, para que eu possa entrar.

— Meu pais... - bem, isso não era totalmente uma omissão dos fatos ocorridos. Eu realmente tinha ficado um pouco mal com o que eles haviam falado ontem, por mais que isso não fosse minimamente o motivo da minha tristeza - Apareceram... depois de muito tempo sumidos e esquecidos da minha vida

— E, pelo o que estou vendo, seria melhor se tivessem ficado sumidos, não é? - balanço a cabeça, confirmando sua "teoria"

Apenas encosto a cabeça na janela, enquanto Pepe liga o automóvel. Ficamos um tempo com o mesmo parado, apenas escutando as músicas que tocavam no rádio, em um volume bem baixinho. Ele sabia que eu não queria conversar, eu precisava desse tempo. Não era uma situação desconfortável, era só um daqueles momentos que, estranhamente, conseguem te acalmar. Acabamos ficando alguns minutos nessa nossa quietude, sem nem percebermos.

— Em que lugar você quer ir, baby? - ele quebra o silêncio que havia se instalado no carro

Tento segurar a risada, ao ouvir ele me chamando de baby. É hilário escutar essa palavra saindo de sua boca. Porque, convenhamos, Pepe não é o tipo de pessoa que fala dessa maneira.

Meu esforço para não rir claramente não dá certo; quando percebo, já estou rindo igual um porquinho. Que humilhação.

— Em minha defesa, o Noah tá me ensinando a ser descolado! - ele brinca, passando as mãos pelo seu cabelo, fingindo ser um típico heartbreaker

— Se você queria ser descolado, era só ter pedido conselhos à mim. - digo convencida - Teria sido muito mais eficaz, já que eu, claramente, sou a verdadeira destruidora de corações daquele grupo - jogo minhas madeixas morenas por cima dos meus ombros

Ele começa a rir descontroladamente, não sei como existem pessoas que dizem que esse homem é sério.

— Já sei onde podemos ir! - grito, de repente, tendo uma ideia

— Você me guia até lá? - confirmo com a cabeça, aumentando o volume do rádio

— Se prepara, porque a viagem vai ser longa.

{...}

— Um parque de diversões? - pergunta para mim, enquanto andamos pelo estacionamento do local, quase chegando à sua entrada - Eu adorei!