Barrington, New Jersey. USA
21 de setembro de 2019
Lamar POV
Depois de identificarmos quem era a vítima, tudo aconteceu muito rápido. Heyoon e Pepe ligaram para a delegacia contando sobre o ocorrido — torço para que eles tenham uma ótima desculpa para estarem aqui antes dos outros — e, logo, vários outros policiais já se encontravam na minha casa. Alguns policiais investigavam o interior do local; outros, a área externa; e os que sobraram estavam conosco na calçada da frente da porta de entrada.Ninguém sabia se teríamos que dar nossos depoimentos na delegacia ou se faríamos isso aqui mesmo. Eu desejava, do mais profundo do meu ser, que fizéssemos isso aqui. Eu juro que se passasse mais uma madrugada na delegacia eu surtaria. E eu não surto. Tipo nunca. Ok. Quase nunca. Mas esta era uma ocasião especial para qual eu abriria uma exceção.
Um policial mais jovem se aproximou de mim e pediu que eu o acompanhasse, para pegar meus pertences mais importantes. Era óbvio que Hina e eu não poderíamos ficar aqui por, pelo menos, alguns dias. Eu imaginei a longa busca que fariam por esta casa. Espero que não toquem em nada que pertencia ao meu pai. Por um segundo, desejei ter feito esse pedido, porém, não o fiz. Isso não estava ao meu alcance.
Peguei as primeiras cinco trocas de roupas que encontrei no guarda-roupa e algumas cuecas. Talvez, eu houvesse exagerado um pouco na quantidade. Ou talvez tenha pegado roupas de menos. Nunca dá para saber o que esperar de uma situação dessas — mesmo depois de ter passado por várias outras semelhantes.
Eu tentava não demonstrar a minha raiva em relação à tudo que estava acontecendo. Isso só pioraria as coisas, se é que isso é possível — e sempre era. Guardem essa informação e levem para à vida.
Desci para a sala e fiquei esperando Hina vir ao meu encontro. Em pouco menos de dois minutos, ela apareceu com uma mochila abarrotada de roupas. Consegui identificar algumas minhas no meio daquele amontoado, que quase escorregava para fora da bolsa.
Chegamos lá fora e nos juntamos à Bailey, Josh, Noah e Sabina. Os quatro com os braços cruzados e caras cansadas. A minha deveria estar igual.
— Vocês vão ficar na minha casa e de Sabina, então? - Bailey pergunta para mim e Hina.
— Acho que sim. E Joalin? Falou algo com vocês enquanto estávamos pegando nossas roupas? - minha namorada questiona.
— Nem um mísero olhar.
— Cara, que merda. - Josh murmura, piscando os olhos por um período demasiado longo. - Podemos ficar junto com vocês? Tenho medo de acontecer alguma coisa... - ele diz, parecendo pensar em outra coisa também. Em outra pessoa. Apenas não sei qual.
— Claro. - Sabina responde. - Quanto mais juntos ficarmos, melhor.
E era verdade.
Não podíamos nos afastar agora, mesmo com as desavenças.
— Vocês não acham estranho a pessoa não ter deixado nenhum bilhete? - Hina questiona. - Fiquei pensando nisso o tempo inteiro.
— Fale baixo! - Bailey sussurra. - Tinha um por cima da caixa e eu o peguei para ler. Mas ler só por cima, sabe?
— E o que estava escrito? - Noah pergunta.
— Não consegui terminar de lê-lo. Ele era maior do que os outros e eu já estava demorando. Vocês iam perceber. Mostro quando chegarmos em casa. - ele diz, por fim.
{...}
Só tivemos que esperar mais alguns minutos e responder algumas perguntas básicas e Heyoon nos liberou, avisando que deixaria as outras garotas em casa. Achei, particularmente, bem estranho termos sido liberados tão rápido assim. Normalmente, tínhamos que dar depoimentos bem mais "elaborados".
VOCÊ ESTÁ LENDO
ɪ ᴋɴᴏᴡ ᴡʜᴀᴛ ʏᴏᴜ ᴅɪᴅ ʟᴀsᴛ sᴜᴍᴍᴇʀ
Fanfiction❝Isso é uma promessa, vocês entenderam? Até o dia das nossas mortes!❞ ❝Toda ação tem uma reação. Todo ato feito tem uma consequência. E, agora, vocês terão as suas.❞ Onde 1 ano após a pior noite de suas vidas, 6 adolescentes correm o risco de ter se...