♱ capítulo 16

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Barrington, New Jersey. USA

2 de setembro de 2019

Lamar POV
Eu e Hina estávamos saindo do campus, iríamos comer em uma lanchonete aqui perto. Hoje, pelo menos, não ficaríamos até mais tarde na faculdade, teríamos o resto do dia livres.

A garota está um pouco tensa já faz um tempo, parece querer me contar alguma coisa. Talvez esteja tomando coragem, bom, espero que consiga. Não irei pressiona-lá, conheço seus limites e não os ultrapassarei.

— Uma mulher nova sentou do meu lado - Hina finalmente se vira para me olhar

— E como foi? Você conseguiu falar com ela? - pergunto tentando não demonstrar tanta empolgação, não quero que ela se magoe, caso as coisas não tenham saído como planejado

— Eu tentei, mas... - sinto a dor em suas palavras - Não acho que tenha dado certo - a garota fecha os olhos com força

— Não fica mal por isso, Hina Chan! À cada dia você melhora um pouco mais em relação à tudo isso! - seguro seus ombros - Olha ao seu redor. Você estar aqui, fazendo algo fora da sua zona de conforto, já é uma enorme evolução!

— Eu sei, mas, ah, ainda não é o suficiente

— Por agora, é o suficiente. Um passo de cada vez, lembra? Promessa de dedinho - dou um sorriso reconfortante

— Lembro! - ela entrelaça seu mindinho ao meu

— Agora vamos comer, você deve estar morrendo de fome! - mudo de assunto

— Estou mesmo! - dá um pequeno sorriso

Bailey POV
— E aí? Como foram as aulas de vocês? - digo, entrando na cozinha da casa nova

Já era noite, o dia passou muito rápido. Sabina e Joalin estavam cozinhando, coisa boa daqui não sai.

"Espero que nenhuma delas possa ler meus pensamentos."

— Ah, elas foram de boa. Tirando uma professora bem doidinha, ela falava de cada coisa. Você tinha que ver! - Joalin responde, enquanto mexe em uma panela

— Doidinha? Que palavra brega! - Sabina exclama

— Isso é sério? - a loira fala indignada

— Sim, ew! - faz um sinal como se fosse vomitar, arrancando uma expressão mortífera da espanhola

"Nossa, acho que nunca mencionei isso antes!"

— Sabina, ela tá fazendo aquele olhar de quem vai matar alguém. Corre! - no momento em que digo isso, Joalin começa a correr atrás de mim e da minha irmã

— Por que você quer bater em mim também? Eu não tenho nada a ver com isso! Bate só na Sabina! - grito, enquanto corro

— Eu não me importo. Ah, aliás, espero que seus treinos ajudem em alguma coisa, Bay Bay!

Moral da história: apanhamos.

Isso é apenas mais um dia normal nessa casa, que mais parece um hospício (sem ofensas aos hospícios, claro). Nós brigamos, mas no fundo, bem no fundo mesmo, nos amamos muito.

"Realmente espero que nenhuma delas possa ler meus pensamentos."

Heyoon POV
— Merda! - ouço Pepe exclamar

— Nada ainda? - pergunto decepcionada, recebendo apenas um 'não' como resposta - Eu não entendo, ele tem que ter deixado algum rastro. Isso não faz sentido!

"Não era possível, não é? Como alguém consegue não deixar nenhuma pista."

Não adiantava o quanto eu, Pepe e Diarra discutíamos e estudávamos o caso, toda vez nós chegávamos no mesmo lugar: a estaca zero.

— Teremos que focar em outras pessoas agora, buscar em coisas mais antigas para achar uma possível conexão entre as vítimas. Porque, aparentemente, não iremos conseguir nada com nossa atual tática! - o homem fala, olhando para todos os arquivos em
sua mesa

— Vocês já sabem o que eu acho, não preciso dizer mais nada - Diarra diz, entrando na sala

A mulher tenta nos fazer à todo custo investigar mais à fundo a turma de amigos, não é como se nós não estivéssemos fazendo isso, porque é literalmente a forma que estamos agindo. Porém, ela deixa totalmente de lado a pessoa do gancho, como estão chamando, que as 8 pessoas viram naquele dia.

Nota mental: coisas relacionadas à essa pessoa seriam um ótimo caminho para as nossas buscas.

— Sim, nós já sabemos, Diarra! - respondo irritada - Mas, até agora, nenhuma prova encontrada foi capaz de culpá-los. Então, espero que você lide, sem reclamar, com o fato de que agora, faremos do nosso jeito!

— Não tá mais aqui, quem falou. Estressadinha! Inclusive, seria bom se você tomasse algum tipo de chá pra nervosismo - ela diz de forma debochada e, então, sai da sala

— Eu não aguento mais, amigo! - sento em minha cadeira - Ela faz isso o tempo todo, fica tentando me irritar à todo custo. Não dá pra trabalhar em equipe assim!

— Yoon, você não pode ligar pra essas provocações! - ele me oferece um copo d'água, porém, recuso - Não podemos, na verdade, temos sempre que lembrar que se brigarmos, aí sim que não chegaremos à lugar nenhum

— Eu sei, eu sei. É que viver tantos anos nessa mesmice, cansa muito! - fecho meus olhos - Já era pra termos aprendido à conviver

Nota mental: dormir mais, hoje.

— Vai descansar, isso vai te ajudar à esfriar a cabeça!

— Não, vou ficar aqui e te ajudar à terminar de ler esses arquivos! - protesto

— Não vai, não. Já é tarde, você precisa dormir! - joga a chave do meu carro em mim

— Ei, eu não vou! - jogo-a de volta nele

— Vai sim! Daqui à pouco, eu vou também. Sério! - dessa vez, Pepe coloca a chave diretamente em minha mão - Amanhã, continuamos o trabalho!

— Tudo bem, eu vou. Mas, se em 5 minutos que eu tiver chegado em casa, eu não ver seu carro na garagem, volto aqui e te levo à força. Entendeu? - o ameaço

— Entendido, capitã! - me empurra para fora do escritório - Mas, agora, vai!

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gente, eu vou ficar off por, mais ou menos, 1 semana. porque eu vou viajar, então não vou conseguir arranjar tempo pra escrever

ɪ ᴋɴᴏᴡ ᴡʜᴀᴛ ʏᴏᴜ ᴅɪᴅ ʟᴀsᴛ sᴜᴍᴍᴇʀ Onde histórias criam vida. Descubra agora