♱ capítulo 17

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Barrington, New Jersey. USA

6 de setembro de 2019

Bailey POV
— May, posso falar com você? - sr. Fitz, um dos meus professores, se direciona à mim

— Claro, só vou pegar uma coisa e já volto aqui!

No nosso quadro de horários, as sextas-feiras haviam ficado agendadas para nossas aulas práticas, porém, ainda tínhamos uma aula teórica neste dia (a última, ou seja, a que eu estava).

Vou correndo até a parte externa do local, eu havia esquecido um dos meus cadernos lá. Tento voltar o mais rápido possível, após pegar o objeto, não queria perder muito tempo aqui.

— Com licença, sr. Fitz! - entro de volta na sala - Sobre o que o senhor queria conversar?

— Eu vi o que aconteceu hoje, Bailey - sua fala direta me assusta - Nem tente me enganar dizendo que foi algo normal, porque eu sei que não.

— Eu tenho outra opção, além de contar? - pergunto soando meio entediado?

— Bailey Hidalgo May, sem grosserias! - me repreende

— Perdão! - abaixo a cabeça em sinal de rendição - Vou ter que falar de qualquer jeito, né?

— Não irei te obrigar à nada, só quero lhe ajudar. Pense que eu sou um dos seus amigos, e não seu professor - fala calmamente - Bom, se quiser começar, sou todo ouvidos!

Sendo bem sincero, não estou preocupado por ter que contar sobre a minha Fibromialgia, vai ser até melhor ser aconselhado por uma pessoa que entende do assunto; e sim, pelo "esporro" que levarei em seguida, ao contar toda a história.

— Bem, tudo começou em 2017... - explico a história, do começo ao fim, para o homem presente em minha frente

— Você está fazendo o tratamento?

— Então, sobre isso... - me preparo para puxão de orelha que receberei

— Bailey, você não pode agir assim! - exclama - Fibromialgia é uma doença séria, que deve ser tratada!

— Em minha defesa, aconteceram tantas coisas desde que eu descobri sobre isso, que elas tiraram totalmente a importância desse fato. - ele me fuzila com o olhar - Tudo bem, tudo bem. Eu me rendo, vou procurar o tratamento o mais rápido possível! - levanto as mãos

— Sua família sabe? - Ezra questiona, recebendo um sorriso amarelo meu como resposta - Assim não dá pra te defender...

Depois de sair da faculdade, vou direto para casa. Estou decidido à abrir o jogo com Sabina. Mesmo sabendo o quão preocupada ela ficará, minha irmã merece saber sobre o que está acontecendo comigo.

Eu até poderia esperar para dar a notícia, após eu começar o tratamento, para a garota não ficar tão aflita e nervosa. Porém, acabei decidindo aproveitar hoje mesmo, porque sei que Joalin não estará em casa (ela havia me falado que ia em um "encontro"). Acho que essa é uma conversa delicada demais, que deve ser feita apenas entre nós dois, por enquanto.

Entro em casa silenciosamente, Sabina está vendo um programa culinário qualquer. Ela ama ver programas culinários. Tanto faz, continuo sendo o melhor cozinheiro da casa (o que não é um grande mérito, mas finjam).

— Oi! - diz, ao me ver encostado no batente da porta - Quer? - me oferece as uvas que estavam num pote em suas mãos

— Sem caroço? - dou um sorriso brincalhão

— E eu como de outro jeito? - pergunta retoricamente, rindo

— Não, porque você é chata! - mostro a língua

ɪ ᴋɴᴏᴡ ᴡʜᴀᴛ ʏᴏᴜ ᴅɪᴅ ʟᴀsᴛ sᴜᴍᴍᴇʀ Onde histórias criam vida. Descubra agora