A Primeira Dama

Capitulo 42

TH narrando

Depois que a Rebeca levou alta, fomos para casa e eu fui o caminho todo quieto, pensando em tudo que a Rebeca tinha dito para a Giovana, ela não poderia ter dito nada disso, mas ela não sabe ficar quieta mesmo.

Rebeca: - Tá me ouvindo ? - Diz me tirando dos meus pensamentos.

Eu: - Que foi agora ? - Pergunto sem paciência.

Rebeca: - Ela sempre mexe com você, incrível isso - Diz bufando e olhando para fora do carro.

Eu: - Do que você está falando ? - Pergunto parando o carro em frente a nossa casa.

Rebeca: - Sempre que você via fotos dela você ficava assim comigo, grosso, avoado, seco. - Diz se virando para mim.

Eu: - Isso é coisa da sua cabeça. - Desço do carro e vou entrando em casa.

Rebeca: - Não tem disposição para me ouvir, foge mesmo da conversa. - Diz entrando logo atrás de mim em casa.

Eu: - Rebeca para de paranoia meu - Me jogo no sofá e passo a mão em meu rosto. - O que você está falando não tem nada a ver, e você quer render briga mesmo ?

Rebeca: - Beleza TH ! - Diz subindo para o quarto.

Fico ali na sala e vejo a mensagem do DG sobre a festa de mais tarde que ele vai dar na casa dele, óbvio que eu iria, não perco uma festa por nada. Mas logo tiro meu sorriso da cara quando ele diz que mandou mensagem chamado a Giovana pra ir também.

Subo para o quarto para ir tomar meu banho, mas trombo de frente com a Rebeca quando entro no meu quarto. Ela parece que percebeu que eu subi correndo as escadas, porque parece que ela estava me esperando.

Rebeca: - Para que a pressa ? - Diz saindo da porta e indo sentar na cama.

Eu: - Vai ter festa no DG, vou tomar um banho para tirar esse clima de hospital do corpo e me arrumar para ir para lá - Digo entrando no banheiro e tirando minha roupa. - Vai ir ? - Digo voltando para o quarto enrolado na toalha e jogando meu celular em cima da cama.

Rebeca: - Vou ! - Diz me lançando um sorriso.

Entro no banheiro e começo a tomar meu banho tranquilo, precisava daquele banho, parece que além de limpar meu corpo, eu sinto que todo o peso do dia sai, que a minha alma fica mais leve, que toda a tensão que tem no meu corpo some.

Término ele, me enrolo na toalha e volto para o quarto, sem prestar muita atenção nele, vou até o closet escolher a roupa que eu vou para o DG, pego uma bermuda jeans escura e uma camisa larga branca com detalhes em dourado.

Volto para o quarto onde iria me arrumar e vejo a Rebeca sentada na cama com meu celular na mão e me encarando com uma cara de poucos amigos, ali eu lembrei que ela tinha a senha do meu celular.

Rebeca: - Você não está indo porque ela vai não ? - Diz com a voz seca. - Por isso que você subiu correndo para se arrumar ?

Eu: - Estou indo porque o DG é meu irmão e eu vou curti com ele sim, e eu subi correndo para chegar cedo e ajudar ele a organizar. - Digo vestindo minha camisa.

Rebeca: - Porque ela foi voltar é óbvio que ela mexe com você ainda - Diz se levantando da cama e tacando meu celular em cima dele - VOCÊ NÃO TEM NOÇÃO DO QUE VIVEMOS, VAI DEIXAR ELA ESTRAGAR NOS DOIS MEMSO ?

Eu: - Para de gritar - Chego perto dela e a seguro pelos ombros - Você cria as paranóias na sua cabeça e coloca a culpa em mim ? - Pergunto ainda segurando ela.

Rebeca: - Não é paranoia, vai me dizer que seu coração não bateu mais forte quando a viu ? Vai me dizer que não a ama mais ? Vai me dizer que não vê as fotos dela ? Vai ser homem para me dizer ? - Diz arqueando sua sobrancelha.

Me afasto dela e pego um pouco de ar, coloco o resto da minha roupa e volto a encarar a Rebeca, que ainda está ali parada esperando alguma resposta da minha parte. 

Eu: - Claro que mexe - Digo baixo.

Rebeca: - Você nunca superou ela, você nunca vai sentir por mim o que você sente por ela, e eu não vou deixar isso acontecer ! - Diz vindo até mim - Não vou deixar ela ficar com você. Eu quero você ! Eu preciso de você.

Olho incrédulo para ela, desses dois anos que temos de relacionamento, eu nunca tinha visto ela assim, fora de si, possessiva, ameaçadora. Agora que ela estava mostrando a verdadeira Rebeca para mim.

Eu: - NÃO REBECA, NÃO SUPEREI ELA E NEM POR VOCÊ E NEM POR NINGUÉM VOU SENTIR O QUE EU SINTO POR ELA ! ELA É TUDO PARA MIM e eu preciso dela - Solto tudo que estava entalado na minha garganta desde que voltamos do hospital.

Eu: - Melhor paramos por aqui antes que eu fale coisa que te machuque mais - Digo me afastando dela.

Rebeca: - Você tem razão - Diz indo para o banheiro - Na volta conversamos sobre isso.

Eu: - Não ! - Digo impedindo ela de ir ao banheiro - Eu falo terminar nosso namoro. - Digo me sentando na cama.

Rebeca: - Você não... - Ela ia falar a frase típica de sempre mas logo a cortei, não gosto de drama.

Eu: - Sim, eu posso, o morro é meu ! E eu amo a Giovana demais para deixar ela escape de mim novamente - Levanto e pego meu tênis no canto do quarto - Vaza daqui e me desculpa se eu fui rude demais.

Pego minhas chaves, tanto de casa como a do carro e saio de casa, eu só precisava encher a cara hoje e esquecer do que acabou de acontecer aqui. Precisava ver ela, só ela me traz a calma e a paz.

Chego na casa do DG, coloco meu tênis antes de descer do carro, como queria sair o mais rápido da casa não deu tempo de colocar ele. Entro na casa e vejo que já tem bastante gente, pergunto para um dos meus vapores onde estava o DG e ele aposta para uma mesa rodeada de menino, óbvio que ele estaria ali.

Chego perto e posso ouvir a Giovana falando

Giovana : - Quem vão ser os próximos a perder para nós ? - Diz se sentando na cadeira e pegando o baralho.

Eu: - Eu vou jogar, mas não para perder - Digo mandando um risinho. Observo ela mais ainda, lá no fundo dos seus olhos e vejo que senti falta daquilo, daquela paz que seus olhos me trás e da sua beleza que me encanta por inteiro.

...