Capítulo 2 - Estou num sonho?

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  GABI

  Como o esperado, adormeci no início da viagem e só acordei com os gritos da Sílvia no meu ouvido. Bem típico de uma brasileira.

- ACORDA, GAROTA. - E eu acordo no susto. - Chegamos.

- É. - Eu olho ao redor, onde muitas pessoas desciam do ônibus. - Eu posso ver.

- Vamos. - Puxa minha mão e com a outra, eu enrolo os fones no celular. Nós caminhamos ambos os três até a parte externa do ônibus, pegamos nossas malas e caminhamos em direção á saída da rodoviária.

- Como iremos sair daqui? - Pergunto, recebendo uma mensagem da minha mãe.

"Já chegaram? Pelo amor de Deus, já são sete da manhã, preciso ter notícias suas."

  Eu não posso evitar de sorrir com a preocupação de minha mãe e logo a respondo.

"Chegamos na rodoviária agora pouco, mamãe."

- Um colega do Pedro virá nos buscar. - Diz, caminhando até um banco onde haviam vários taxis ao redor. -Nós vamos nos hospedar na casa dele.

  Espera, como? Eu vou me hospedar na casa de um homem que eu nunca vi na vida e pior, sem meus pais por perto? Por que Sílvia não me avisou antes?

- Como? - E ela me olha, sarcasticamente.

- Que parte do "vamos nos hospedar na casa do amigo do Pedro" você não entendeu, querida? - Ela levanta os óculos escuros até a raiz dos cabelos.

- Eu entendi. Quero saber como você não me avisou antes. - E ela ri. Cadê a graça, Brasil?

- Eu sabia que você não viria se te dissesse isso. - E eu peso a mão sobre a minha testa. O pior é que eu não tenho dinheiro o suficiente para me hospedar em um hotel. Droga. E se eu for estuprada?  - Fica tranquila, nós dormiremos juntas num quarto trancado, isso eu te garanto. - E eu suspiro forte, podendo observar o namorado da minha amiga olhar torto para a mesma. É mole? Chega agora e já quer sentar na janela?

  Enfim, nós ficamos cerca de uma hora esperando aquele tal moço chegar. Meu celular está com dois porcento de bateria. Se esse desgraçado não chegar antes que meu celular desligue, eu juro que eu surto.

  De repente, ouvimos uma buzina de um tom antigo soar por nossos ouvidos. Levantei a cabeça e....








                                                                             Miguel Arantes

    Vejo um deus grego do cabelo cumprido no banco de motorista de um Chevrolet Opala azul escuro 1980 conversível e rebaixado

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    Vejo um deus grego do cabelo cumprido no banco de motorista de um Chevrolet Opala azul escuro 1980 conversível e rebaixado. Ah. Meu. Pai. Amado.

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