Capítulo 14 - E se eu te pagar?

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GABI:

Eu acordei no dia seguinte e já fui tomar banho. Vesti essa roupa:

Passei na cozinha e tomei café com a minha família, depois me sentei na mesa e fiquei desenhando no meu caderninho secreto

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Passei na cozinha e tomei café com a minha família, depois me sentei na mesa e fiquei desenhando no meu caderninho secreto. Eu não gosto muito de falar sobre e nem de mostrar ele, mas eu gosto muito de desenhar temas polêmicos como a nudez, suicídio, feminicídio, machismo e aborto. É a maneira que eu achei de expressar a minha raiva. Minha mãe sabe disso, mas ela prefere respeitar o meu espaço e não olhar o que eu desenho. Ouço o telefone tocar e a minha mãe atende.

- Oi. - Fala sobre o telefone, com um pano de prato na mão. - Ele já está aí? - Fala, virando de costas pra mim. - Ok. - E coloca o telefone de volta. - O Miguel tá na portaria.

- Manda ir embora. - Indago, concentrada no corpo nú de uma mulher. - Não quero ver ele.

- Filha, você não pode fugir dos seus problemas assim. - Me responde, passando direto para a cozinha. - Ele não fez nada demais, só não quis atrapalhar a gente.

- Eu não quero falar com ele. - Completo, desenhando. - Ponto final.

- Então desce lá e fala pra ele. - Respondeu, grosseira. - Se você quer parar com tudo de vez, resolve os seus problemas sozinha, já que você é tão madura assim. - E eu bato o lápis na mesa, com raiva. - Que foi, hein, Gabriela? Você quer apanhar depois de cinco anos sem? Porque a gente resolve isso.

- É só nisso que você pensa? Sinceramente. - Fecho o caderno e saio dali, nervosa. Eu não tenho paz, que droga!

Eu desço pela escada e eu vejo o Miguel lá fora, encostado no Opala. Assim que o vejo, meu corpo se acalma. Eu caminho até ele, com os braços cruzados. Ele estava focado mexendo no celular e então eu tossi, chamando sua atenção.

- Hey. - Ele sorri, me puxando pelo braço e calando a minha boca com um beijo profundo. Meu corpo todo se relaxa e cede ao beijo. Os lábios dele acariciam os meus de maneira com que nossas línguas começam á se tocar e eu coloco uma mão na nuca dele enquanto ele entrelaça os braços na minha cintura. Depois do beijo, ele me olha com um sorrisinho. - Sabia que tu ia ceder.

- Me provoca pra você ver se eu não te largo no mundo, Miguel. -Tento me soltar e ele ri, me segurando.

- Calma, amor. - Ele me repreende, rindo. - Tô só tirando sarro contigo.

- Sei. - Faço bico, fingindo estar brava com ele e ele sorri, me roubando um selinho.

- Sabe do que mais tu sabe?

- O que? - Questiono, olhando em seus olhos.

- Que eu te amo demais. - Ele olha em meus olhos, sério. - Tu é especial pra mim, Gabriela.

- Oh, amor. - Abraço ele, acariciando ele.

Ele ficou uns dois dias por aqui e depois infelizmente teve que ir para um campeonato de surf que eu não pude ir pois minha mãe não deixou. Nesses dois dias, nós saímos, curtimos, dançamos e nos beijamos muito. É incrível como uma pessoa pode te transformar mesmo sem conhecer á muito tempo, né?

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