Capítulo 6 - Primeiro porre

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MIGUEL:

Eu não consigo acreditar no que vejo...ela parece ainda mais linda do que da última vez. Ela me entrega um lindo sorriso e se senta na cadeira ao meu lado.


Milena Rodrigues



— Faz tanto tempo, né? — Ela pergunta, me olhando atentamente. Esses olhos castanhos..

— Sim, Milena. — Eu passo a mão em meu cabelo e o amarro em um coque meio frouxo. — Mas tu quer me dizer alguma coisa?

— Não, só queria ver como tu tá. Te vi de longe e...uau, tu se superou. — Ela sorri, colocando uma mexa do meu cabelo no dedo indicador, enrolando o cabelo.

— Não sei como não te vi de longe. Tu tá muito gata, sério. — E ela sorri, passando o dedo pelo meu ombro bem lentamente.

— Já chega. — Ouço a Gabi se levantar e pegar suas coisas e começa á bater os pés na areia, se afastando da gente.

— Gabi? Para onde tu vai? — Eu me levanto e tento alcançá-la, até que a mesma para e se vira para mim.

— Foi por isso que você me beijou tantas vezes aqui na praia? Porquê você viu ela e quis mostrar que você não estava mais na mão dela? — Ela pergunta, com os olhos já marejados.

— Claro que não, Gabriela. Eu te beijei porque eu tô mol afinzão de ti. — Eu tento me aproximar dela, mas a mesma dá uma ré, balançando a cabeça, incrédula. Oh, mas que merda que eu fiz?

Ela saiu correndo, sem mesmo me deixar explicar. Droga.

Eu não pensei duas vezes. Peguei meu chinelo e a chave do carro, sinalizando um "tchau" para meus amigos na água. Vejo Pedro tentar me alcançar, mas eu aumento a velocidade, alcançando meu Opala. Eu entrei no carro, bati a porta e liguei o mesmo. Eu passei a tarde toda procurando por Gabriela, mas eu não a vi em lugar algum. Perguntei a tanta gente que perdi a conta. Eu passei a tarde toda sem comer e nem beber nada. Eu estava preocupado. Onde ela foi parar?

Sem sucesso, decidi parar no bar do meu tio. Estava tudo uma desgraça, que diferença ia fazer se eu bebesse uma tasquinha de cerveja?

Eu me sentei sobre aquele banco alto de madeira mal iluminado sobre o balcão do bar e eu comecei a rodada. Fiquei das sete da noite ás nove e meia bebendo de tudo um pouco sem parar e ainda voltei pra casa de carro.

Era por volta das dez da noite quando cheguei em casa. Eu deixei o carro na rua mesmo e saí do mesmo, deixando-o sem a capota sobre aquele céu lotado de estrelas. Eu entrei em casa, caindo encima da porta, abrindo a mesma.

— Miguel?? — Sílvia se levanta do sofá, vindo me segurar. — Ah, você bebeu demais. — E eu me apoio nela, quase derrubando a mesma no chão. — Pedro, cola aqui. — E o meu amigo apareceu.

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