𝟷𝟾

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Jeon on

— Indo trabalhar? - entra no elevador antes dele fechar.

— Não. - sorrio.

— Ah verdade. Falta o terno. - aponta para o meu moletom.

— Estou indo levar esse pequeno para a casa da mãe dele. - expliquei.

— Oh...

— E isso significa que a minha casa vai estar vazia. - falo baixo e sorri.

— Certo. Quem sabe eu passo lá hoje...- deu de ombros.

— Quem sabe eu te deixe entrar. - devolvi na mesma moeda.

Desci na garagem e ficou parada me olhando, incrédula. Eu ainda tinha esse efeito, bom saber.

— Appa...

— O que, meu amor? - o coloquei na cadeirinha.

— Por que eu não posso morar com você?

— Porque...- o encarei. - porque eu e sua mãe te amamos e ela sentiria sua falta. Você não quer que a Omma fique triste, quer?

— Não. Mas lá não tem nada pra fazer e eu fico sozinho com a tia Hanna.

— Vou falar com sua Omma sobre isso, tá bem?

— Tá. - balança as pernas.

Depois que eu e Minah nos divorciamos, ela tentou tirar todos os meus bens. Não é atoa que ela mora em Gangnam e eu em Yeongeon. Eu sabia que no momento em que eu pedisse o divórcio, minha vida viraria um inferno. E, mesmo me separando, não consegui ir atrás daquilo que perdi.

— Jungkook! - me chamou e levantei a cabeça.

— Sim?

— Precisamos conversar.

— Tá bem. - me virei para Cho-Min e segurei seus ombros. - O Appa volta para te buscar daqui alguns dias. Promete que vai se comportar?

— Prometo.

— De dedinho?

— Aham. - enlaça nossos dedos. Beijo sua testa e Minah me encara impaciente, com as mãos na cintura.

— O que foi?

— Esse final de semana meus pais vem para um jantar. Se puder comparecer...

— Não. - vou até a porta e me segue.

— Jungkook, por favor.

— Eu não tenho mais nada a ver com a sua família. A única coisa que me prende a você é o meu filho. Se não fosse por ele, eu nunca mais falaria com você. - vejo que a atingi quando assente chateada.

— Desculpa.

— E para de me ligar por motivos idiotas. Se acontecer alguma coisa séria com ele e você me ligar, eu posso não atender.

— Certo.

— Ótimo. - vou até o meu carro e sigo para casa.

Lar doce lar, não é mesmo? Por mais que o condomínio da Minah fosse três vezes mais seguro que o meu, a simplicidade me cativava. Gostava de ter um apartamento pequeno, perto do trabalho e do comércio. Eu sempre fui o patinho feio da família.

— Senhor Jeon? - parei antes de apertar o botão do meu andar ao ver que já tinham apertado. - Você mora aqui? - me viro e confirmo quem falava.

— Ah...sim. - franzi o cenho. - Você não.

— Bem, pela caixa deveria deduzir que me mudei para cá. - rio soprado e assenti.

— E pelo visto é meu vizinho. - esperei chegarmos no andar.

𝚃𝚎𝚊𝚌𝚑𝚎𝚛'𝚜 𝚙𝚎𝚝Onde histórias criam vida. Descubra agora