𝟷𝟽

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(S/N) on

— Quando que ele chega mesmo?

— Hoje de manhã. - mexe na bolsa do hospital. - Tara foi buscar ele no aeroporto.

— Wah...faz tempo que eu não vejo o Park. - me olha.

— Saudades? - sorriu.

— Claro! Ele é nosso amigo. - o abracei.

— É, admito que também senti falta do pigmeu. - revirei os olhos.

— Se ele é pigmeu, eu sou o que?

— Minha fadinha. - toca a ponta do meu nariz e rio soprado.

— Isso quer dizer que te joguei um feitiço e que nunca vai me deixar. - finjo assoprar pozinho mágico.

— Até sem feitiço eu ficaria. - me puxa pela cintura e me beija.

Taehyung e eu tínhamos os melhores momentos. Me lembro até hoje de quando fomos visitar sua mãe no natal e ficamos a tarde toda brincado com seus sobrinhos. Aquele dia ainda me vinha a cabeça quando pensava em ter filhos. Tae seria um pai incrível, mas me preocupo com o tempo que daríamos ao nosso pequeno.

— O que foi?

— Nada. Só...pensando. - assentiu devagar, querendo mais detalhes. - Somos muito ocupados e sinto que isso não vai mudar. - me distraio com sua blusa.

— Desculpa. - segura meu rosto e franzi o cenho, confusa. - Eu estou muito tempo no hospital e...- suspira.

— Ei, é o seu trabalho. Normal querer se dedicar a isso.

— Mas não posso te deixar sozinha. Não quando precisa de mim.

Ele ainda se culpa por isso?

— Tae, eu te amo. Vou sempre te esperar de braços abertos.

— Eu sei, mas ainda assim quero que saiba que estou pronto para qualquer passo que esse relacionamento tem pra dar. - assenti.

— Eu também. - o beijei.

— Bem, eu tenho algumas cirurgias de rotina. Quer vir?

— Sim. Eu também tenho algumas coisas para resolver no hospital.

— Marcaram cirurgia?

— Aham. Uma reconstrução de seio. - pego minha bolsa.

— A paciente estará em boas mãos. - segura meus ombros e fomos até a garagem.

— Ah não é pra tanto.

— O que? Como não? Você é disputada em todos os hospitais, inclusive no meu.

— Não é uma coisa boa. Me faz sentir como um pedaço de carne.

— Que exagero.

Chegamos em cinco minutos no hospital e eu já esperava a atenção que o casal formosura causaria na entrada. Toda vez que eu o acompanhava, era uma comoção.

Taehyung era gravado como um bom partido aonde trabalhava, sempre sorridente e simpático. Vice-chefe da pediatria, adorável com crianças, com idosos e com mães desesperadas.

Um cavalheiro.

— (S/N)! Quanto tempo! - Kimi corre até mim e me abraça.

Apesar de termos frequentado a mesma sala até o final da faculdade, Kimi e eu nos distanciamos bastante. Ela era muito próxima da Kiara e eu não suportava aquela garota. Mas, agora, lá estava ela sozinha e com um barrigão.

𝚃𝚎𝚊𝚌𝚑𝚎𝚛'𝚜 𝚙𝚎𝚝Onde histórias criam vida. Descubra agora