𝟸𝟺

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Jeon on

Saltei do carro e analisei o apartamento, parecia caro. Até porque ela mora em fucking Gangnam. Passaram-se seis anos e ela estava tão diferente, tão independente. Meu peito enchia de orgulho ao vê-la tão desenvolta e crítica, mesmo que usasse isso contra mim.

— Wah...você está incrível. - pressionou os lábios e escondeu um sorriso.

Vai ser difícil.

— Obrigada, Jungkook. - foi formal e abri a porta para ela entrar.

Me juntei a ela e, antes de sair com o carro, a observei. Fica um pouco sem jeito, mas acaba me olhando também.

— O que foi?

— Eu não consigo te dizer o quão feliz eu estou agora. - arranquei um sorriso dela.

— Se vamos fazer isso, melhor me convencer de que posso confiar em você. Ou melhor, que eu ainda tenho sentimentos por você.

— Certo. - comecei a dirigir.

Ela não estava muito a fim de conversar comigo ou de ouvir música. O silêncio no carro chegava a ser perturbador e eu, como uma pessoa ansiosa que sou, fiquei batucando os dedos no volante. Chega uma hora que ela agarra minha mão e rouba minha atenção.

— Está tudo bem?

— Sim...hm só estou nervoso.

— Vamos jantar e conversar. Nada que não tenhamos feito antes. - tenta me tranquilizar.

— Mas a diferença é que agora você me odeia. - riu soprado.

— Não te odeio. Só não estou cegamente apaixonada por você.

Ao entrarmos no restaurante, fomos direcionados a mesa que eu reservei. O lugar era simples e aconchegante propositalmente. Não queria impressioná-la ou induzi-la a gostar mais do encontro devido ao quanto eu estaria disposto a pagar.

— Como descobriu esse lugar? - vejo que gostou da minha escolha e sorrio.

— Pertence a filha de uma vizinha minha. É um restaurante caseiro, vamos comer a verdadeira culinária tailandesa.

— Você me impressiona, Jeon.

— Devo dizer que você fica muito sexy me provocando dessa forma.

— Não fale essas coisas a uma mulher compromissada, por favor. - me lembrou de que estava namorando e mordi meu lábio inferior.

— Como quiser, (S/N). - fiz o pedido do dia e um vinho. - Posso pelo menos dizer que está mais linda do que nunca? - sorriu.

— Me conte sobre a sua vida. Não pude deixar de notar que Minah não mora com vocês.

— Ah sim. Nós nos separamos após o nascimento de Cho-min. Não queria passar nem mais um minuto ao lado dela. - falo mais para mim do que pra ela.

— E mesmo assim escolheu não me procurar. - fala baixo e seguro sua mão sobre a mesa.

— Minha vida, depois de fazer o que fiz, foi só ladeira a baixo. A única coisa que fez isso tudo valer a pena foi poder cuidar do meu filho.

— Eu entendo.

— Minah nunca foi capaz de tomar conta dele. Incontáveis as vezes que deixou ele lá em casa porque tinha uma viagem de negócios.

— Achei que ela fazia gastronomia.

— Fez. Mas logo depois assumiu o cargo na empresa do pai, mesmo que até hoje ele tente me convencer de substituí-la.

Nosso vinho chegou e ela me observa pensativa. Deu um gole e meus olhos desviam para seus lábios rosados em contato com o cristal.

𝚃𝚎𝚊𝚌𝚑𝚎𝚛'𝚜 𝚙𝚎𝚝Onde histórias criam vida. Descubra agora