𝟸𝟾

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(S/N) on

Aquela pergunta claramente afetou Jungkook, até porque o pequeno estava cansado dessa briga toda. Ele pega o filho no colo e beija sua cabeça.

— Você quer mesmo morar com o appa?

— Quero.

— Então eu vou dar um jeito nisso. Tá bem? - assentiu. - Vou pôr ele pra dormir, já volto. - sorrio compreensiva.

Pensei sobre o que acabou de acontecer e passei a mão pelo cabelo, ansiosa. Eu vim pra cá com um problema e arranjo dois, é a minha cara fazer isso. Quando voltou, o abracei sem que esperasse e retribuiu.

— Se precisar de ajuda, pode contar comigo. - comentei e sorriu.

— Obrigado. Mas não precisa me ajudar com ele, estou acostumado a fazer as coisas sozinhos. - suspira.

— Mas agora você tem a mim. - acaricio seu rosto e deita a cabeça sobre minha mão. - Como ele está?

— Chateado. Ela não dá atenção a ele, mas a guarda é compartilhada. Se Minah achar que é melhor assim, eu fico com a guarda total sem problemas. Cho-min e eu nos damos muito bem aqui.

— Espero que se resolva com ela então. - encosta nossas testas e me dá um beijo carinhoso.

— Que bom que está aqui comigo. - murmurou.

A campainha toca novamente e revira os olhos. Rio soprado de sua ansiedade e vai até a porta. Dessa vez era o nosso pedido e fico aliviada por não ter que lidar com a Minah novamente. Uma vez por mês é o suficiente. O que acha? Uma vez no mês? Quem sabe uma no ano, com sorte.

— Ainda quer essa pizza? - Jungkook joga na mesa de certo e sorrio.

— Sim, estou morrendo de fome. - me abraça de lado.

Fiquei na casa dele até precisar voltar para a minha. Taehyung não ficaria nem um pouco contente em saber que passei a noite aqui. Mas só de pensar na conversa que ainda teríamos, meu coração apertou. Me despedi de Jungkook e assegurei a ele que dirigiria com cuidado. Girei a chave da porta e vejo a bolsa dele no chão da sala.

Parece que alguém chegou cedo.

— Amor? Tá em casa? - ouvi sua voz e estremeci.

— Sim! - respondi um pouco afetada e veio até mim.

— Tudo bem?

— Não. Você saiu daquele jeito e...- me acolheu em seus braços.

— Desculpa, pequena. Não foi minha intenção te machucar. Não gosto de te ver chorar. - limpa meu rosto e funguei.

— Quer conversar sobre o que aconteceu?

— Claro. Vem cá. - me puxa pela mão com carinho e sentamos no sofá.

— Voltou cedo por que?

— Porque não queria te deixar sozinha naquele estado. Quando isso acontece, eu penso em você a noite toda. Imaginando o que deve estar passando pela sua cabeça. - enfiei a cabeça em seu pescoço e sorriu. - Essa situação toda, nós três, é muito inusitada pra mim. Não estou lidando muito bem com isso.

— Eu sei. - assenti.

— E eu sei que ele te faz feliz.

— Você também me faz tão feliz, Tae. - segurei sua mão.

— Eu tenho medo dele te fazer mais feliz do que eu. - riu soprado. - É idiota, eu sei. Mas é o que sinto. Eu acho que o que vocês tiveram, eu...eu nunca apoiei aquilo. Não quero que volte a ser como antes. Vocês de um lado e eu do outro.

𝚃𝚎𝚊𝚌𝚑𝚎𝚛'𝚜 𝚙𝚎𝚝Onde histórias criam vida. Descubra agora