Direito de Mãe ✓

Capítulo XXV

Alfonso achou melhor ir no dia seguinte para falar com os pais que em breve eles teriam um netinho para segurar nos braços. Ruth assim que recebeu o filho em casa preparou o que o filho mais gostava de comer. Alfonso sorria bobo, nada tirava aquele sorriso do rosto dele e Ruth já suspeitava que provavelmente ele e Anahí tinha se acertado, ela torcia para isso. Sabia quanto os dois se amavam.

Ruth: Muito bom te ver assim, feliz. Ele sorriu para mãe.

Marcelo: É verdade. Será que podemos saber o motivo desse sorriso? Os três já estavam sentados no sofá.

Alfonso: Eu vim aqui justamente por isso. Tenho uma novidade para contar.

Ruth: O que foi? Estou curiosa.

Alfonso: Calma, Dona Ruth.

Ruth: Você e a Annie.... Disse já sorrindo. E Alfonso respirou fundo.

Alfonso: Não, mãe. Eu e a Annie não voltamos.

Marcelo: Então.... Você conheceu outra pessoa? Perguntou tentando entender, a ideia não agradou a Ruth.

Alfonso: Não. Não estou com ninguém. Bom, eu vim para dizer a vocês que em breve terão um netinho ou netinha. Disse feliz. Os pais pensaram não ter escutado direito.

Ruth: Eu vou ser avó? Perguntou tentando entender.

Alfonso: Sim, a Annie está grávida. Ruth abraçou o filho emocionada.

Ruth: Não acredito. Vamos ter um Neto. Disse feliz. - Meu bebê vai ser papai. Alfonso sorriu.

Alfonso: Mãe, eu já não sou um bebê faz tempo.

Ruth: Ah meu Deus. Para mim sempre será meu bebê. A Annie deve estar tão feliz.

Marcelo: Parabéns, meu filho. Estou muito feliz por vocês.

Ruth: Como soube? Ela está de quanto tempo? Perguntou empolgada. Alfonso respirou fundo antes de contar tudo o que tinha acontecido até saber da gravidez, claro que os pais se lamentavam pelo dois não se entenderem, mas sabia que talvez só o tempo fosse ajeitar as coisas para o casal. Porém garantiram que dariam não só apoio ao filho como a nora também.

Mais tarde naquele mesmo dia Alfonso ligou para o ex sogro para saber como Anahí estava. E foi garantido que tanto Anahí como o bebê estava bem. Alfonso conversou com Otávio por mais um tempo e disse que ficaria uns dias em Niterói, para acompanhar a gravidez, principalmente nessas primeiras semanas após Anahí quase perder o bebê.

Ele aproveitou para passar o dia na casa dos pais e amarrar o que iria levar para passar aqueles dias com Anahí e o bebê. Até que Ian ligou o chamando para irem até um barzinho beber e comemorar com o novo papai da delegacia. Acabou que Alfonso não viu nada demais e aceitou. Seria bom se distrair um pouco. Quando chegou ao bar a turminha de sempre estava lá. Sherlyn, Ucker, Paul, Candice, Ian e Diana.

Alfonso: Ninguém trabalha mais não? Brincou e o lugar vago era entre Ian e Diana, que gostou de o ter por perto.

Sherlyn: O mesmo posso dizer a você que não foi trabalhar hoje. Deu corda e os demais riram.

Alfonso: Fui contar aos meus pais sobre o bebê. Disse sorrindo. - A Dul não quis vir? Perguntou a Ucker que estava calado e só negou com a cabeça.

Ucker: Brigamos e achei melhor vir para esfriar a cabeça antes que falasse besteira. Alfonso assentiu entendendo sabia que o casal de amigos passava por uma crise no casamento desde a descoberta que Ucker não podia ter filhos.

Ian: A Mai não deu para vir. A Analu não estava muito bem.

Alfonso: Saudade daquela pirralha. Lembrou da menina.

Ian: Maite vai te cobrar uma visita.

Alfonso: Eu sei que ando ausente. Mas vou aparecer.

Paul: Mas diz aí, a Annie está de quanto tempo?

Alfonso: Tem um tempinho já. Ela descobriu quase completando o terceiro mês.

Paul: Então logo dará para saber o sexo do bebê.

Alfonso: Confesso que estou ansioso.

Candice: Tem preferência?

Alfonso: Não, só quero que venha com saúde. Eu vou amar tanto se for uma menina como menino. É meu filho, meu e da mulher que eu amo. Disse feliz. E Diana já estava incomodada com aquele assunto.

Sherlyn: E quando você voltam? Perguntou direta.

Alfonso: Não sei... Disse sincero.

Paul: Você vai ter bebê eu acho que deveriam voltar, dá mais uma chance ao casamento de vocês.

Alfonso: Vamos deixar o tempo passar e vê no que dá. No momento nossa prioridade é o nosso filho. Disse incomodado com o assunto. Ucker foi o primeiro a mudar o rumo da conversa ao perceber como o amigo ficou desconfortável. E Diana deu graças a Deus assim conseguiu interagir mais e se aproximar de Alfonso. No fim alguns beberam um pouco mais que os outros. Ucker ficou de levar Sherlyn em casa que já estava soltinha por causa da bebida. Candice e Paul acabaram saindo mais cedo e acabaram aos beijos quando chegaram a casa dela, ela o convidou para entrar e bom, ele aceitou. Que mal teria?

Pouco mais da meia noite. Ian se despediu dos amigos e Alfonso ficou de dá uma carona a Diana, que estava radiante com a possibilidade de ficar sozinha com ele. No caminho os dois conversaram. Ele não havia bebido por estar dirigindo e ela só tinha bebido dois copos de cerveja. Os dois estavam mais que sóbrios. Quando ele estacionou em frente ao prédio onde ela morava. Ela sorriu.

Diana: Obrigada.

Alfonso: Não a de que. Não me custava nada te dá uma carona.

Diana: Mesmo assim, obrigada pela carona e pela noite. Foi muito ter você lá. Disse sorrindo e se aproximou dele.

Alfonso: Diana....eu acho... Ela colocou o dedo nos lábios dele.

Diana: Não diz nada. Ela o beijou. Ele se assustou com o rumo que as coisas estavam tomando, ela colou os lábios no dele pedindo passagem para língua e a Alfonso a afastou com gentileza.

Alfonso: Diana, eu acho que você está confundido as coisas. Disse sem graça.

Diana: Eu pensei que você quisesse. Poderia ter dito que não queria. Disse com raiva pela rejeição.

Alfonso: Eu estava para dizer isso quando você me beijou. Eu amo a minha esposa. Não estou pronto para me envolver com ninguém.

Diana: Eu não estou te pedindo nada, podemos ficar sem compromisso e  ver no que dá.

Alfonso: Desculpa, eu não posso. Na verdade, eu não quero. Não é nada pessoal. Eu só estou muito ligado a minha esposa.  Eu só quero ser seu amigo.

Diana: Eu não estou pedindo que namore comigo.

Alfonso: Diana, eu não vou usar você. Porque seria isso que eu estaria fazendo. Estaria com você, mas pensando nela. Eu amo a minha mulher, é ela que eu quero.

Diana: Ela te largou. Disse indignada.

Alfonso: Bom, isso é assunto meu e dela, Diana não me faça ser indelicado com você. Eu também errei, eu sei disso. Mas não posso permitir que você se envolva ou crie expectativas. Só existe uma mulher para mim. A única que desperta desejo em mim. Desculpa se te dei a impressão errada.

Diana: Mulher de sorte ela. Disse com raiva. - No dia que perceber que ela não te quer mais, lembra que estarei aqui te esperando. Disse saindo do carro com raiva. - Maldita Anahí!

Alfonso: É cada uma! Disse passando a mão no rosto. - Sherlyn tinha razão. Disse voltando a dirigir.