Anahí não poderia se sentir mais realizada, tinha a família que sempre sonhou e desejou. Seu sonho tinha se realizado a cada dia era um descoberta diferente, cada momento era uma aprendizagem diferente. Ela se sentia a mulher mais amada, feliz e realizada do mundo. Alfonso estava cumprindo o que tinha prometido, era um ótimo marido e um pai presente e excepcional, a vida deles como pais e casal não poderia estar mais perfeita.Claro que tinha sido cansativo no início com a nova rotina, mas ela não reclamava, nunca reclamava, foi o que sempre desejou.
Ela tinha arrumando Dani e tinha virado costume passear as manhãs e ir até a praça pegar um pouco de sol, depois passaria no mercado, para repor algumas coisas que já tinha acabo em casa. Era um dia ensolarado como outro qualquer no Rio de Janeiro.
Ela caminhou empurrando o carrinho como de costume, cumprimentou algumas mãe que também estavam por ali com seus filhos, ela se ajeitou se sentando no banco e ficou empurrando o carrinho enquanto brincava com o filho. Ficou por ali por bons minutos, e seguiu o caminho até o supermercado, estava quando chegando, quando se assustou com uma van preta que subiu na calçada a encurralando entre a van e a parede. Ela pensou que morreria ali, mas nada foi pior do que ter seu filho arrancado do carrinho, ela gritou e recebeu um soco no rosto, uma arma foi apontada para ela, veio o choro, a angústia, o medo, o pavor e principalmente a dor. Eles não falaram nada, só pegaram o menino. As pessoas que estavam próximas olharam horrorizadas, foi tudo tão rápido que ninguém teve tempo para impedir ou reagir. Anahí não tinha forças, ela não conseguiu falar a princípio só gritar pedindo pelo filho. Pessoas vieram ajudá-la e ela acabou desmaiada. Uma moça procurou o celular dela para comunicar a alguém da família.
Alfonso seguia como de costume no trabalho, a diferença era que após mais um caso encerrado ele só queira ir embora para casa mais cedo, então imagine a reação dele ao saber que uma moça desconhecida ligava do celular da esposa para avisar que ela tinha desmaiado e o filho tinha sido levado. Ele ficou estático ainda com o celular no ouvido, mas sua mente vagando para outro lugar, foi vendo o amigo perdendo a cor e com os olhos angustiados que Paul tomou o celular da mão dele e terminou de falar com a pessoa da outra linha.
Paul: Alfonso...Cara... O chamou mais só o que viu foram as lágrimas caírem sem controle do rosto dele.
Alfonso: Meu....meu...filho...
Paul: Nós vamos encontrar quem fez isso, agora a Annie precisa de você.
Alfonso: Meu..Menino, Paul..
Paul: Eu sei.. Suspirou, estava sentido com a notícia também. Não queria imaginar estar no lugar do amigo ou sentir o que ele estava sentindo agora. Todos da delegacia ficaram sentidos com a notícia. O baque da notícia foi grande. Mas não mais do que para a família do pequeno Daniel.
Anahí: O leva-ram....le-va-ram o no-sso... fi-lho.. Disse com desespero e dor. Alfonso a abraçou sem saber o que dizer, a dor era tão grande que eles nem conseguiram pensar ou racionalizar. Eles só queriam o filho de volta.
Alfonso: O que eles fizeram com você? Perguntou ao ver o rosto dela. Ela negou com a cabeça não queria falar daquilo, não queria lembrar.
Anahí: Eu...eu..não consegui...
Alfonso: Shi... nós vamos encontrá-lo, nós vamos trazer o Dani de volta. Ele disse, mas nem sabia que se conseguiriam o medo e a dor cegava de tamanha forma que ele sentia desespero pensar que não veria mais o filho. Ele trabalhava em uma delegacia sabia dos índices, sabia da dor da família, sabia que poucas crianças sequestradas ou desaparecidas voltavam para casa. Ele não queria pensar na possibilidade de acontecer o mesmo com ele e Anahí.
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