Alfonso estranhou ao ver o amigo calado durante todo o trabalho, os dois se conheciam há quase uma década. Estudaram juntos e seguiram a mesma carreira com a diferença que Ucker decidir apenas ser policial Militar. Já Alfonso seguiu a especialização para ser investigador. Ucker se preparava para um ronda quando Alfonso foi até o amigo.
Alfonso: O que foi? O que você tem? está muito calado. Disse observando o amigo. Ucker considerava Alfonso como irmão, fora através do namoro de Alfonso e Anahí que ele conheceu Dulce. As duas amigas de infância e Alfonso apresentou seu melhor amigo para amiga da sua namorada e não deu outra, os dois se apaixonaram e acabaram seguindo os mesmo passos de Anahí e Alfonso, se casaram.
Ucker: Você sabe que há mais de dois eu e Dulce estamos tentando ter um filho. Começou e respirou fundo, ele precisava desabafar e Alfonso era seu melhor amigo. Alfonso assentiu calado deixando o amigo continuar. - Como a gente nunca conseguia começamos a fazer os exames, ela pensou que fosse ela, fez tudo que a médica orientou e mesmo assim não conseguimos, os exames dela deram perfeitamente normais. Então eu pensei: o problema deve ser comigo. Disse cabisbaixo - Hoje fomos ao médico e descobrimos que eu não posso ter filhos. Sou estéril, Poncho. Disse abalado. Alfonso ficou uns minutos sem reação.
Alfonso: Sinto muito, amigo. Mas vocês ainda podem ter filhos. Isso não impede nada que vocês tenham filhos. Você sabe disso né? Disse tentando confortar o amigo.
Ucker: Eu sei, mas dói. Machuca, sabe? Eu sei que o sangue não importante, mas quem diz que não importa está enganado. Dói saber que não poderei dar um filho a mulher que eu amo.
Alfonso: Eu sinto muito mesmo. Eu nem consigo me imaginar no seu lugar. Disse sincero.
Ucker: Se fosse a Annie? Se a Annie não pudesse ter filhos? Como se sentiria? Lógico que você iria ficar chateado e por mais que vocês pudessem adotar, nunca é a mesma coisa.
Alfonso: Eu acho que você precisa digerir a situação. No início é difícil, mas você vai ver outras alternativas.
Ucker: Eu só acho a vida muito injusta. Eu estou tentando há anos ter um filho com a mulher que eu amo e você se recusar a ter um filho com Annie, e está aí, é saudável. Disse saindo da sala e voltando a trabalhar. Alfonso sabia que o amigo tinha razão, lógico que ele queria ter um filho com a mulher que ama, por Deus! Ele poderia até imaginar bebê de olhos azuis igual a mãe, mas a recusa dele não era por não querer, era porque não era o momento certo, sabia que seu casamento estava por triz com a recusa, mas ele tinha um motivo. Por isso voltou a focar sua mente no trabalho, quanto mais terminasse aquela investigação, mas ele poderia respirar aliviado.
Anahí ligou para Maite e explicou a situação da amiga. Claro que Maite ficou de passar no apartamento dela e dar uma força para Dulce. Mas ainda precisava terminar de dar almoço a Malu e a levar para escola. A filha as vezes dava trabalho. Ela sorria cada vez que a menina fazia drama, era tão parecida com o pai. Ela suspirou ao pensar no marido. Ainda era difícil de encarar tudo o que tinha acontecido.
Ela e William tinha se conhecido no colégio. Ela no início do ensino médio e ele já terminamdo. Ela soube que foi amor a primeira vista. Os dois se aproximaram em um festival do colégio e depois veio o namoro. Quando ele já estava na faculdade e ela terminando o Ensino Médio, tiveram uma surpresa e tanto. Ela engravidou. Ele tinha sido o primeiro homem dela, lógico que os dois ainda muito novos se assustaram, na verdade ficaram apavorados. Mas assumiram a responsabilidade. Os pais dele deram muito apoio aos dois, já a família dela praticamente a escorraçou de casa, não aceitaram a filha de 17 anos grávida. Foi tudo tão rápido, em pouco tempo os dois já estavam casados e com uma filha. Ele terminou a faculdade de administração e conseguiu um emprego. Quando as coisa já estavam mais calmas financeiramente e Malu já maiorzinha, ele pediu outro filho. Os dois estavam tentando e muito até. Só que do nada tudo mudou, eles voltavam da comemoração de aniversário de casamento de Dulce e Ucker, quando um carro bateu no deles. Um motorista bêbado perdeu o controle do carro e bateu no deles. Malu teve ferimentos leves. A pancada toda do lado do motorista, William não resistiu, só então depois ela soube que tinha acabado de ficar viúva e como se não bastasse tinha perdido o filho que estava esperando. Um golpe só, perdeu marido e filho.
Foi difícil de superar, ela quase se entregou a depressão, mas se ela ainda estava de pé, era pela filha. Faziam dois anos que tinha perdido o marido, mas a dor ainda estava lá. Ela vivia pela filha. E olhar Analu e enxergar William nela, era seu alento.
Maite: Analu, filha, termina de comer. Disse vendo a filha enrolando para comer. - Vai se atrasar. Maite não negava era muito difícil criar uma filha sozinha. As vezes chegava até se anular como mulher.
Analu: Não quero mais, mamãe. Disse manhosa.
Maite: Só mais um pouquinho, meu amor. Disse carinhosa e a menina obedeceu. As duas saíram de casa um pouco atrasadas. Quando a menina chegou no colégio o portão estava quase sendo fechado. - Se comporta tá? Te amo, minha vida. Abraçou a filha.
Analu: Também te amo, mamãe. Disse carinhosa e entrou. Maite ficou ali até ver a filha seguir o corredor e se juntar aos amigos. Ela aproveitou que estava de folga naquele dia e foi até o apartamento de Anahí. Quando chegou Anahi abriu a porta.
Anahí: Oi Mai. Que bom que veio. Disse e Maite a abraçou.
Maite: Como ela está?
Anahí: Mal, não parou de chorar nem um minuto. Maite entrou e viu Dulce no sofá.
Maite: Ei Dul, não fique assim eu sei que a situação é delicada e que vocês estão sofrendo, mas pense pelo lado bom, vocês ainda têm opções.
Dulce: Eu sei, é só que...Ela voltou a chorar.
Maite: Tudo bem, está tudo bem. Nós vamos ficar aqui com você, até você se sentir melhor.
Anahí: Isso, nós vamos fazer uma tarde das meninas. Dulce riu de leve pelo jeito que Anahí falou.
Dulce: Vou ser demitida. Nem fui trabalhar e nem avisei.
Anahí Se quiser eu ligo para o escritório e aviso. Se ofereceu a ajudar a amiga. Dulce trabalha como secretária em um consultório odontológico.
Dulce: Obrigada, Annie. Agradeceu sincera. E tanto Anahí como Maite se prontificaram a dedicar aquela tarde para animar a amiga.
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